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Resenha de Getúlio O Filme

Por:   •  11/11/2018  •  Resenha  •  1.794 Palavras (8 Páginas)  •  231 Visualizações

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GETÚLIO O FILME NACIONAL

O filme começa com Getúlio Dornelles Vargas narrando brevemente sobre sua passagem na presidência da república brasileira. Vargas foi presidente do Brasil durante dois mandatos, 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. O primeiro mandato foi marcado pela ditadura, onde Vargas instalou o chamado Estado Novo (1937), após liderar a Revolução de 1930.

Getúlio Vargas foi o presidente que ficou por mais tempo no poder. Nasceu em 19 de abril de 1882, na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. Sua vida antes de assumir a presidência era marcada por escolas militares, onde ingressou no 6º Batalhão de Infantaria de São Borja, sendo promovido posteriormente a Sargento.

Entrou para Escola Preparatória e de Tática, de Rio Pardo. Logo após, ingressou no 25º Batalhão de Infantaria de Porto Alegre. Em 1903, ingressou na faculdade de Direito na capital do Rio Grande do Sul, graduando em 1907 e atuando como advogado em São Borja.

Sua carreira política começa em 1909, onde Getúlio ingressa na política como Deputado Estadual até 1923. Em seguida, foi eleito para Deputado Federal assumindo cargo em 1924 até 1926, quando foi convidado pelo presidente da época Washington Luís para assumir o Ministério da Fazenda. Já em 1927, Vargas abandona o cargo para se candidatar para prefeito do Rio Grande do Sul, tomando posse em 1928.

Em 1929, Vargas perde a eleição de candidato a presidência da República pela Aliança Liberal (nome dado aos aliados mineiros, gaúchos e paraibanos), comandando a então chamada “Revolução de 1930”, na qual, desapossou o presidente Washington Luís e proibiu a posse legal do sucessor Júlio Prestes, de quem havia acabado de perder as eleições, alegando que esta vitória era decorrente de fraude.

Vargas assume o governo provisório, que tinha como objetivo reorganizar a vida política do país. Nesse período, Vargas consegue eliminar os órgãos legislativos (federal, estadual e municipal) dando início ao processo de centralização do poder. O governo provisório se prolonga até a promulgação da nova Constituição da República em 1934, quando finalmente é eleito pela Assembleia Constituinte.

Seu primeiro governo foi marcado pelo nacionalismo e populismo, governando de forma controladora e centralizada. Desse modo, perseguiu opositores políticos, partidários e simpatizantes do socialismo.

Criou o Departamento de Imprensa e Propaganda para censurar e controlar manifestações opostas ao seu governo e, também, o Ministério do Trabalho modernizando a economia.

Em 1937, Vargas conseguiu anular a nova eleição presidencial que estava prevista, implantando a ditadura do Estado Novo dissolvendo a constituição de 1994, dissolvendo o Poder Legislativo passando a governar com amplos poderes mesmo com fortes repressões políticas.

A existência de opositores comunistas que tinham como objetivo derrubar o ditador do poder através do Plano Cohen, Vargas fecha o Congresso Nacional e impõe ao país uma nova constituição, inspirada na Constituição da Polônia com tendências fascistas que seria conhecida depois como “Polaca”.

O golpe orquestrado por Getúlio Vargas foi possível através do apoio dos militares e uma grande parcela da sociedade, visto que, em 1935 o governo reforçava propagandas anticomunistas visando obter o apoio da classe média para que sua medida de centralização política fosse instaurada.

Getúlio Vargas tomou as primeiras atitudes em relação ao bem-estar dos trabalhadores brasileiros, onde uma grande parcela da população vivia de forma precária, sem possuir nenhum direito e muito menos a garantia de um salário digno.

Por consequência, em novembro de 1937 o ditador tomou medidas de repressão a atividade política, impôs a censura aos meios de comunicação, perseguiu e prendeu seus inimigos políticos, adotou medidas econômicas nacionalizantes e deu continuidade a sua política trabalhista com a criação da CTL (Consolidação das Leis do Trabalho), publicou o Código Penal e o Código de Processo Penal.

Vargas ainda implementou a Carteira de Trabalho, da Justiça do Trabalho, do salário-mínimo, das férias remuneradas, leis de proteção ao trabalhador e a aprovação do controle do petróleo pelo Estado, a Petrobrás. Por conta disso, era amado pelo povo e chamado de “Pai dos Pobres”.

Muitas das mudanças implementadas pelo governo de Vargas são vistas na organização social de hoje, como o voto feminino, voto de pessoas maiores de 18 anos de idade, criação da Justiça Eleitoral, o voto secreto, a legislação trabalhista, a previdência social, a aposentadoria, o ensino primário público e o concurso público.

Na área de infraestrutura, Vargas implementou seu projeto nacionalista, resultando na criação de empresas que viriam a ser de grande importância para o desenvolvimento do país. São elas: o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) criado em 1938, a Companhia Siderúrgica Nacional em 1940, a Vale do Rio Doce em 1942 e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco em 1945.

Também devemos lembrar do maior conflito da história da humanidade que acontecia entre 1939 e 1945, a Segunda Grande Guerra, que contava com o envolvimento das grandes potências mundiais, como Reino Unido, Estados Unidos, União Soviética, Alemanha, Japão e Itália como protagonistas.

O Brasil teve participação na guerra durante a década de 30, na qual, Estados Unidos e Alemanha travaram uma disputa pelas relações comerciais com o Brasil. O objetivo da grande Alemanha Nazista era aprimorar os laços comerciais e diplomáticos com o governo brasileiro para que pudesse ter maior influência política na América Latina.

Essa relação rendeu alguns acordos econômicos entre Brasil e Alemanha, na qual, destacou-se a troca de algodão brasileiro por produtos industriais e militares alemães.

Entretanto, à medida que o conflito na Europa aumentava, o atual presidente brasileiro Getúlio Vargas, aumentava os fluxos comerciais e diplomáticos com os Estados Unidos, o objetivo de Vargas era de somente obter o melhor acordo possível para a economia brasileira.

Os Estados Unidos vendo a influência que Alemanha estava atingindo na América Latina, lançou a estratégia conhecida como política da boa vizinhança para aumentar sua influência na região. Essa política, visava fornecer acordos econômicos entre os países sul-americanos e, também, incentivar laços culturais entre Estados Unidos e América Latina.

Com a guerra ainda em andamento, Vargas conseguiu um grande acordo com os Estados Unidos, que consistia no fornecimento de matéria-prima, principalmente a borracha, além de fornecer as bases aéreas do litoral do Nordeste para uso do exército americano. Em troca, os estadunidenses forneceram equipamentos militares e financiaram a construção da primeira siderúrgica do país.

Por conta do grande investimento estadunidense no país, em 1942 Vargas declara o rompimento das relações brasileiras com os membros do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), consolidando de vez o acordo entre Brasil e Estados Unidos.

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