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SURGIMENTO DA CIÊNCIA

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Por:   •  31/5/2014  •  1.902 Palavras (8 Páginas)  •  242 Visualizações

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Maria Célia Simon

Galileu Galilei.

Forma Geral do Argumento: A ciência moderna tem seu marco de surgimento vinculado ao uso de instrumentos e ao método experimental desenvolvido pelo Físico, matemático e astrônomo, Galileu Galilei.

1) Características da época em que se dava o renascimento:

*Desenvolvimento da navegação, do comércio, da manufatura.

*Lenta afirmação da burguesia mercantil (que estava por trás da maioria dos grandes investimentos da época), e da burguesia manufatureira.

*Fortalecimento dos burgos, especialmente aqueles localizados em regiões portuárias, que se afirmam como lugar dos homens livres.

*Formação dos Estados Nacionais e a posterior centralização do poder e a conseqüente afirmação das línguas nacionais.

*(Renascimento) Sistema Pluralista de valores morais: dinamiza as noções de homem existentes até então e também permite perceber que a “realidade” está em transformação constante.

*(Renascimento) O homem passa a ser o dentro das atenções (antropocentrismo) em detrimento da visão religiosa, dando os primeiros passos para o entendimento de que o homem se faz por si mesmo.

*(Renascimento) Valorização do trabalho em detrimento das formas contemplativas consideradas mais elevadas, glorificantes, etc., de se relacionar com o mundo. Trata-se de não mais contemplar a natureza, mas de nela intervir. Daí os rápidos desenvolvimentos de técnicas de navegação, artilharia, minas, imprensa, etc.

*Época de transição entre o modo de produção feudal e o capitalista, onde se forjavam as pré-condições para o advento do sistema capitalista.

Galileu Galilei:

A autora diz que Galileu não é o único a contribuir com a ciência moderna, nas tem sido considerado o que primeiro a formular o método experimental, o problema crítico do experimento.

Biografia: Galileu Galilei (Pisa,15/02/1564 — Florença, 08/01/1642) Físico, matemático e astrônomo italiano. Filho mais velho do músico e alaudeiro Vincenzo Galilei, na mocidade dedicou-se às mulheres, escrevendo sobre Dante e Tasso. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da Inércia. Por pouco Galileu não seguiu a carreira artística. Um de seus primeiros mestres, Orazio Morandi, tentou estimulá-lo a partir da coincidência de datas com Michelangelo (que havia morrido três dias depois de seu nascimento). O seu pai queria que fosse médico e estudou na Universidade de Pisa para seguir essa profissão. Mas era um grande aluno e só pensava em fazer experiências físicas (que, na época, era considerada uma ciência de sonhadores).

Desistindo da medicina e sendo já proficiente em música e pintura, dedicou-se à matemática. Aos 21 anos, dificuldades econômicas forçaram-no a deixar os estudos formais. Entretanto, atraiu a atenção do Marquês del Monte, um patrono que conseguiu fazer com que fosse admitido para lecionar na Universidade de Pisa e depois na de Pádua (1592), onde passaria os 18 anos seguintes. Foi nessa época que descobriu como fazer a balança hidrostática, que originaria o relógio de pêndulo.

Tendo sabido da construção do primeiro telescópio, na Holanda, a partir de um folheto, construiu, em 1609, em Veneza a primeira luneta astronômica e fez com ela observações astronômicas: a composição estelar da Via Láctea a partir de 1610, os satélites de Júpiter, os “braços” de Saturno (não chegou a discernir os anéis), as manchas do Sol e as fases de Vênus. Todas essas descobertas foram comunicadas ao mundo no livro Sidereus nuntius (Mensageiro das estrelas) em 1610. A observação das fases de Vênus, levaram-no a adotar o sistema de Copérnico (Heliocêntrico).

Invenções: luneta astronômica, balança hidrostática, compasso geométrico e militar, 1° mecanismo pendular.

2) Visão de mundo da época de Galileu

A visão de mundo na época de Galileu, que era passada nas universidades e também no meio social mais amplo, era profundamente marcada pela teoria aristotélica que foi incorporada à teologia católica:

Visão que distingue uma natureza celeste e uma natureza terrestre – o mundo supralunar e o mundo sublunar. Dois mundos que se opunham tão completamento quanto a perfeição se opõe ao imperfeito.

Explicação da cosmologia Aristotélica por Marco Antonio Franciotti

Segundo o modelo aristotélico, o universo é composto de inúmeras esferas concêntricas, a menor delas sendo a Terra e a maior, a das estrelas fixas. Cada um dos planetas, o sol e a lua estão contidos numa esfera. A esfera da lua divide o universo em duas regiões completamente diferentes, povoadas de diferentes tipos de matéria e sujeitas a leis diferentes. A região terrestre ou mundo sublunar na qual vive o homem é imperfeita, sujeita a mudanças e variações. A região celeste ou mundo supralunar é eterna, imutável e perfeita. As esferas celestes movem-se natural e eternamente em círculos, ocupando sempre a mesma região do espaço.

Para entender melhor essa distinção, é preciso considerar a teoria aristotélica do movimento. Todo movimento simples é ou retilíneo (para longe do e em direção ao centro) ou circular (em torno do centro). No que diz respeito ao mundo sublunar, o conceito básico para se entender o movimento é o de lugar natural, que é aquele no qual naturalmente um .corpo está ou ao qual volta quando dele é afastado. O movimento que coloca esse corpo numa trajetória em direção ao seu lugar natural é chamado de movimento natural. O movimento produzido por um agente que retira um corpo de seu lugar natural é chamado de movimento violento. Assim, os quatro elementos que compõem o mundo sublunar movem-se de acordo com seu peso ou leveza sempre em linha reta, a água e a terra cm direção ao seu lugar natural que é o centro da Terra, c o fogo e o ar, em linha reta para longe do centro da Terra.

Aqui é preciso observar que a noção de lugar natural traduz uma concepção puramente estática de ordem cósmica. Se todas as coisas estivessem em ordem, elas restariam imóveis em seus respectivos lugares naturais. Ao mesmo tempo, pode-se dizer que todo movimento no mundo sublunar implica uma desordem cósmica, uma ruptura de equilíbrio, seja devido a uma causa externa que pôs em movimento um corpo qualquer (movimento violento), seja devido à necessidade desse corpo de retornar à ordem

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