Sistema De Informações Gerenciais
Exames: Sistema De Informações Gerenciais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 25/8/2014 • 1.186 Palavras (5 Páginas) • 796 Visualizações
Conquistando vantagem competitiva com os sistemas de informação.
Os sistemas de informação gerenciais são integrados e estão inseridos dentro do ambiente organizacional. Em uma organização, os serviços dos sistemas de informação são responsáveis pela manutenção dos equipamentos, dos softwares, dos bancos de dados e das redes.
Liderados pelo CIO - designação em inglês do cargo de diretor de informática de uma organização - que supervisiona as atividades de Tecnologia da Informação (TI), os gerentes de sistemas de informação são os líderes das equipes de desenvolvedores, de telecomunicações, de infraestrutura e demais equipes de TI.
Os programadores são técnicos de alto nível que escrevem e implementam instruções de software, desenvolvidas pelos projetistas. Os analistas de sistemas são a ligação entre a organização, os usuários e os serviços, traduzindo os problemas e as necessidades da organização em sistemas de informação.
Seus resultados e serviços são utilizados principalmente pelos executivos dessa organização, que transformam essas informações em ferramentas para gestão e tomada de decisões estratégicas.
A estratégia de negócio de uma empresa determina quais produtos e serviços que a empresa produzirá, os setores econômicos e industriais em que ela atuará, quem serão seus concorrentes, fornecedores e clientes e quais serão as suas metas de longo prazo.
Existem algumas estratégias competitivas comumente utilizadas para aumentar as chances de uma empresa sobreviver no mercado, como tornar-se o produtor de menor custo e poder trabalhar com margens para negociações. Diferenciar seus produtos e serviços é também uma maneira de se destacar entre os concorrentes, inovando em produtos e soluções para atender novas demandas. Por vezes, é preciso ainda modificar sua concorrência e expandir no seu próprio mercado com outros produtos e serviços ou até mesmo reduzir-se a um pequeno seguimento de atuação e negócios.
Uma ferramenta para análise de processos de negócio é o Modelo da cadeia de valor, que destaca as atividades que mais agregam valor aos produtos e serviços da empresa. Ele envolve dois tipos de atividades: primárias e de apoio. As atividades primárias estão diretamente relacionadas à produção e distribuição de produtos e serviços da empresa que cria valor para o cliente. As atividades de apoio garantem que as atividades primárias sejam possíveis, incluem a administração e gestão, suprimentos, recursos humanos e tecnologia.
As empresas observam seus concorrentes e procuram aumentar sua participação no mercado e obter lucros. A melhoria de cada etapa de produção e distribuição tem como objetivo principal a redução de custos, e por meio de inovações tecnológicas, procura aumentar a produtividade e a qualidade de seus produtos. A correta gestão de uma cadeia de valor se torna um diferencial competitivo, pois identifica e elimina atividades que não adicionam valor ao produtor, melhorando a rentabilidade da empresa.
A concepção do modelo de cadeia de valores foi desenvolvida em função de pesquisas sobre custos, políticas comportamentais, oportunidades entre outras características relacionadas às atividades estratégicas de empresas produtivas. Esse modelo de cadeia de valores da indústria apresenta as atividades primárias e atividades de apoio definidas.
Na estrutura da cadeia de valor da empresa, as atividades primárias abrangem as seguintes áreas e seus respectivos sistemas:
Logística: sistemas automatizados para armazenamento.
Operações: sistemas de usinagem controlados por computador.
Vendas e marketing: gestão informatizada da entrada de pedidos.
Serviços: sistemas de manutenção de equipamentos.
Logística Externa: automação e programação de entrega.
As atividades de apoio:
Administração e gestão: diários eletrônicos e sistemas de e-mail.
Suprimentos: sistemas informatizados para fornecimento e compras.
Recursos Humanos: sistemas de planejamento para mão de obra.
Tecnologia: sistemas computacionais para gestão de projetos e desenvolvimentos.
O sincronismo da cadeia de valores é favorecido por ações interdependentes entre seus elos, desde os sistemas de seleção de fornecedores e contratos que colaboram para a escolha dos melhores produtos, prazos e formas de pagamento, até o CRM ou sistema de relacionamento com o cliente.
A Tecnologia da Internet pode melhorar e estender a cadeia de valor, promovendo a cooperação entre a empresa e seus parceiros. A Internet pode contribuir para fortalecer os elos e para coordenar essas cadeias de valor de várias empresas independentes para a produção coletiva de um bem ou serviço, aumentando a vantagem competitiva de uma empresa no mercado.
A utilização de Tecnologias da Informação auxilia no marketing e na inovação, criando produtos e serviços únicos, diferentes da concorrência e difíceis de copiar. Quando falamos sobre diferenciais e inovação, temos sempre que nos lembrar de empresas que se destacam no mercado por serem inovadoras, como a Google, Wall-Mart, Dell, Amazon entre outras.
Os sistemas que suportam a estratégia de diferenciação do produto devem constantemente coletar e analisar dados de seus clientes para melhor conhecê-los e oferecer produtos de seus interesses, além de ser capaz de desenvolver novos mercados para produtos e serviços especializados.
A sinergia é uma das estratégias que deve ser considerada quando tecnologias da informação são utilizadas para melhorar as cadeias de valores e criar inovações, pois compartilhar experiências e mercados pode reduzir custos e aumentar os lucros. A competência distintiva é atividade pela qual a empresa se destaca dos seus concorrentes. Os sistemas de informações colaboram com o compartilhamento de conhecimento entre as unidades de negócios, melhorando suas habilidades.
As empresas operam em um grande ambiente composto por outras empresas, governos e até outros países. As parcerias fornecem alianças de cooperação empresarial por meio do compartilhamento de informações para obter uma vantagem estratégica, além de ajudar as empresas a conseguir novos clientes, encontrar oportunidades de fazer vendas cruzadas e definir metas para seus produtos.
Michael Eugene Porter, professor da Harvard Business School e autor de vários livros sobre estratégias de competitividade, propôs o modelo das cinco forças competitivas: barreiras à entrada de concorrentes; poder de barganha dos compradores; poder de barganha dos fornecedores; bens substitutos e, talvez, a mais significativa entre elas, a rivalidade entre concorrentes.
A Tecnologia da Informação e da Internet pode afetar o impacto das forças competitivas. Ela facilita e, de certa forma, incentiva a entrada de novos concorrentes no mercado, aumenta o poder de barganha dos clientes e também dos fornecedores. Dependendo do tipo de negócio, promove a diminuição de empresas, agregando valor a produtos e serviços, ou mesmo pode provocar sua substituição.d
Conceitos Fundamentais
CIO: (Chief Information Officer) - designação em inglês do cargo de diretor de informática de uma organização.
Competência distintiva: atividades reconhecidas como diferenciadoras de uma empresa e que provêm vantagens competitivas sobre seus concorrentes.
CRM: (Customer Relationship Manager) – sigla em inglês, comumente utilizada para designar o sistema de relacionamento com o cliente.
Sinergia: um estado no qual duas ou mais pessoas trabalham juntas, de maneira particularmente produtiva, causando um efeito maior do que a soma de seus efeitos individuais.
Telecomunicações: troca de informações por meios eletrônicos. Consiste basicamente em um circuito e duas estações, cada uma equipada com um transmissor e um receptor. O meio de transmissão de sinais pode ser fio elétrico, por cabo, fibra ótica ou campos electromagnéticos (sem fio).
Referências
DE OLIVEIRA, André Luis Belini; CARREIRA, Marcio Luis; MORETI, Thiago Moura. Aprimorando a Gestão de Negócios com a utilização de Tecnologia de Informação. Revista de Ciências Gerenciais, Brasil, v. 13, n. 17, p. 141-160, 2009. Disponível em: <http://sare.anhanguera.com/index.php/rcger/article/download/806/642>. Acesso em: 22 ago. 2010.
GOMES, Carlos Francisco Simões; RIBEIRO, Priscilla Cristina Cabral. Gestão da cadeia de suprimentos integrada à tecnologia de informação. 1.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
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