Sistematizaçao Do Objeto

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - ULBRA

REFLEXÕES ACERCA DO PROCESSO DE TRABALHO

Trabalho Acadêmico da disciplina de Estágio em Serviço Social II

Professor(a) Regente: Iarani Augusta Soares arani Galucio. Professor(a) Tutor(a) Virtual: Daniela Almeida Ortacio. Professor(a) Tutor(a) Presencial: Jane Mércia Lima Barbosa.

Educando(a): Cleidijane Cavalcante de Barros.

Pernambuco.

Setembro de 2013.

SUMÁRIO:

1- Serviço social na instituição...............................................................................2

2- Expressões da questão social percebidas no campo de estágio...............................................................................................................3

3- Demandas institucionais para a profissão.........................................................5

4- Demandas da população usuária......................................................................6

5- Instrumentos articulados pelo profissional de serviço social em sua intervenção na realidade institucional................................................................8

6- Reflexão acerca dos objetos de intervenção identificados no campo de estágio...............................................................................................................9

7- Objeto eleito para elaboração projeto..............................................................11

8- Referências......................................................................................................12

1. SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO.

O CRAS representa um campo de desafios e possibilidades, tanto para a assistência social, enquanto política pública, quanto para o serviço social, enquanto profissão que se compromete com o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. A instituição possui profissionais de serviço social, que atuam em programas e projetos de proteção social básica e especial. É atribuído também a esse profissional o papel de intervenção direta nas relações sociais, o que pressupõe mudanças, a partir do conhecimento técnico, para que sejam traçadas ações de atendimento. O desafio enfrentado pelo assistente social é o de estruturar uma prática profissional que relacione direitos, necessidades das famílias em situação de vulnerabilidade social e a busca pela qualidade de vida.

O princípio da intervenção do serviço social na instituição é iniciado com o estudo de informações que contribuam para a criação de um diagnóstico institucional, como forma de estruturar sua prática e intervenção profissional. Hoje, a prática do serviço social compreende analisar e propor ações que visam à emancipação social e consolidar a assistência social como direito de cidadania. O compromisso ético, político e profissional do assistente social não se pauta pela defesa de interesses específicos de uma profissão ou de um segmento.

Suas lutas são fundamentadas no reconhecimento da liberdade, autonomia, ampliação e consolidação da cidadania, visando a garantia dos direitos socioassistenciais, no posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegurem universalidade de acesso aos bens e serviços. Nesse âmbito é possível afirmar que o assistente social não é um mero executor de tarefas, e sim um agente transformador que deve estar comprometido com as necessidades coletivas.

2. EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL PERCEBIDAS NO CAMPO DE ESTÁGIO

A história do Serviço, bem como seu objeto de trabalho, está ligado aos fatos históricos dentro do contexto geral da sociedade, isto é, através dos processos econômicos, culturais e sociais, estabelecidos pela expansão capitalista, onde as questões sociais surgem a partir das desigualdades, pano de fundo atrelados ao processo da má distribuição da riqueza produzida, provocando efeitos negativos na vida das famílias e indivíduos, onde atualmente percebe-se grande parte da população vivendo em situações de vulnerabilidades e fragilidades, expostos à riscos sociais, onde a intervenção do assistente social se faz necessária, e onde o reconhecimento de seu objeto de trabalho se define. O objeto do Serviço Social nem sempre foi visto e analisado desta forma, no início da história do Serviço Social, o seu objeto era o “homem”, acreditava-se que o homem era culpado por sua incapacidade em vivenciar certas situações, pensamento esse fundamentado por princípios cristãos da época embasados sob o olhar da filosofia neotomista, ou seja, o objetivo do Serviço Social era moldar esse objeto “o homem”, especificamente, o pobre, desempregado, desajustado, analfabeto, aos valores e costumes da sociedade, doutriná-lo de acordo para que se adequasse ao que a sociedade impunha. Com as transformações do capitalismo, em meio à ditadura militar, movimentos populares, mobilização das classes, movimento da re-conceituação, visão Marxista, contradições entre proletariado e trabalhadores, em meio a essas transformações, o objeto se reconstrói, onde o serviço social que moldava o homem (ser humano) de acordo com as normas cristãs de respeito à autoridade, começa a enxergar esse mesmo homem (ser humano) como autoridade máxima a ser respeitada, percebendo-os como sujeitos de sua história, ou seja, passando a compreensão e o reconhecimento do objeto de seu processo de trabalho se reconstruindo, sob um conjunto de situações decorrentes de um sistema capitalista inadequado, não justo, explorador, desenvolvendo através das desigualdades, as questões sociais, expressas sob a forma de desemprego, fome, miséria, falta de oportunidades, isolamento afetivo e social, condições precárias de moradia, o não acesso a serviços de saúde, educação, vínculos fragilizados, jovens envolvidos com drogas, baixa autoestima, violência doméstica, abandono, negligência, privação, onde o serviço social reconhece diante do exposto, sua prática, através da

implantação do CRAS, preconiza ações atuando diretamente com as famílias e seus membros, em seu contexto comunitário, inserido nesse espaço visa fortalecer, potencializar, reconhecendo seu objeto e trabalhando com objetivos que levem a superação das vulnerabilidades, tendo uma postura teórico-metodológica, técnica operativa e ético-política bem embasada, com respeito às diversidades e à liberdade, buscando