Sociologia E Educação
Exames: Sociologia E Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 199990 • 21/4/2014 • 1.000 Palavras (4 Páginas) • 232 Visualizações
Texto crítico/ analítico sobre as relações entre a Sociologia e a Educação e as questões do multiculturalismo, das relações de gênero e da escola na sociedade contemporânea.
Desde o início da Sociologia, os sociólogos têm refletido muito sobre o comportamento humano para tentar compreender o funcionamento da sociedade, Durkheim, Max Weber e Karl Marx, autores clássicos que empreenderam suas análises sobre o processo educacional no contexto histórico das sociedades em que viviam. A preocupação de Durkheim foi com a ordem social, afirmava que a raiz de todas as mazelas da sociedade era a fragilidade moral, incapaz de conduzir a conduta dos homens. Para ele a escola é uma instituição fundamental para a preservação dos valores morais que são capazes de neutralizar as crises econômicas e políticas. Não é somente um meio de instrução e transmissão de conhecimento, mas um instrumento capaz de garantir integração do homem com o sistema social. Cada sociedade possui um sistema de educação, é determinado e desenvolvido pelo modelo como a sociedade se organiza e estrutura atuando coercitivamente sobre as vontades individuais, ela sempre será um reflexo da sociedade.
Segundo Max Weber os sistemas escolares e as práticas sociais construídas em seu interior consolidam a imposição das ideologias dos grupos em diferentes instituições, a dominação ocorre inclusive na escola que é um espaço de reprodução e legitimação de certos padrões de conduta, cultura e comportamento específicos de um grupo social. A educação não se encontra disponibilizada igualmente no interior da sociedade, existe para todos e é negada para alguns que vivenciam formas distintas de ensino e aprendizagem, uma educação segmentada.
Em suas obras Marx não verificou um espaço de destaque para o tema educação, em diferentes momentos delineou uma critica a submissão da escola ao sistema capitalista. Sua principal preocupação foi analisar o desenvolvimento e as relações socioeconômicas e políticas de um modelo específico da sociedade capitalista.
A história da sociedade tem sido marcada pelo conflito entre aqueles que concentram em suas mãos poder e riqueza. O estado surge como estruturador e controlador dos aparelhos (polícia, exército, tribunais), tem o papel de garantir predominantemente pela força as condições políticas para a reprodução das relações de produção a sujeição do trabalhador e através da ideologia dominante para manter o controle de toda sociedade. A educação não deve assumir o papel de reprodutora das desigualdades sociais e ser contribuinte da classe dominante reforçando as relações de exploração e fortalecendo a interiorização da ideologia que caracteriza a reprodução do sistema capitalista.
Alguns sociólogos em seus estudos afirmam que a escola é um espaço que auxilia na formação do ser humano. Sendo a Sociologia uma ciência que estuda o meio social, as formas de convívio entre diferentes grupos, bem como as intervenções dessas relações, esta se torna uma forte aliada da educação, uma importante ferramenta na promoção da consciência social frente aos diferentes comportamentos. A educação é consideravelmente o meio que promove a emancipação, transforma pensamentos e capacita quem está em seu processo preparando para o futuro. Sujeitos que desenvolve uma postura crítica suas ações são autônomas na vida social e educacional, convivem socialmente respeitando as diferenças. Os educadores são peças fundamentais dessa engrenagem, tendo como papel fundamental de ser orientador de um processo educacional multicultural capaz de transformar pensamentos e questionar os conflitos sociais.
Simone Beauvior afirmou no final dos anos de 1940 que “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”, partindo desse princípio podemos concluir que apreendemos a viver como homem ou mulher de acordo ao meio em que estamos inseridos tendo como base a cultura, as crenças e valores. Portanto, gênero e sexualidade se fazem ao longo da existência, sofrem transformações e variam de acordo a cultura de cada um, são socialmente construídos. Historicamente ser mulher significava estar submissa ao sexo oposto, este
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