Sociologia de Emile Durkheim
Tese: Sociologia de Emile Durkheim. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rnthideki • 22/11/2014 • Tese • 2.781 Palavras (12 Páginas) • 654 Visualizações
Plano de Aula: Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS - CCJ0001
Título
Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
7
Tema
A sociologia de Émile Durkheim (II)
Objetivos
Estudar a sociologia científica de Èmile Durkheim.
Identificar os fatos sociais e suas características.
Problematizar as ideias de normalidade e patologia.
Estrutura do Conteúdo
Antes da aula, leia o Capítulo 4 de seu Livro didático de Ciências Sociais da página 88 até a 96.
A sociologia cientifica de Émile Durkheim
Sociólogo francês, natural de Épinal, (1858 – 1917) herdeiro do positivismo. Partindo da afirmação de que o fato social é o objeto da sociologia, desenvolveu diversos conceitos que mostram a influência do social sobre o indivíduo. Através da célebre frase “ a sociedade é nosso cárcere, se dela nós não nos sentimos prisioneiros é porque a ela nos conformamos”. Evidencia-se toda sua vocação coletivista.
Para Durkheim, é preciso delinear com clareza os fatos que podem e devem ser objeto de estudo da sociologia. Eles Não se confundem com fenômenos orgânicos, pois consistem em representações e ações coletivas; nem com os fenômenos psíquicos que tem por substrato o indivíduo.
2- O processo de socialização
O crescimento de um indivíduo é acompanhado de outro processo simultâneo, a socialização, sem a qual ele não se integraria à sociedade. Por socialização se entende “os processos pelos quais os seres humanos são induzidos a adotar os padrões de comportamento, normas, regras e valores do seu mundo social são denominados socialização. Começam na infância e prosseguem ao longo da vida. A socialização é um processo de aprendizagem que se apoia, em parte, no ensino explícito e, também em parte, na aprendizagem latente – ou seja, na absorção inadvertida de formas consideradas evidentes de relacionamento com os outros. Embora estejamos todos expostos a influências socializantes, os indivíduos variam consideravelmente em sua abertura deliberada ou involuntária a elas, desde a mudança camaleônica em resposta a toda e qualquer situação nova até a completa inflexibilidade” (Marie Jahod, in Outhwaite, William & Bottomore, Tom (org), 199. Dicionário do pensamento social).
Durkheim afirmará que "...a educação tem justamente por objeto formar o ser social...A pressão de todos os instantes que sofre a criança é a própria pressão do meio social tendendo moldá-la à sua imagem, pressão de que tanto os pais quanto os mestres não são senão representantes e intermediários." Émile Durkheim em “ As regras do método sociológico”
Mais uma vez esta frase pode sugerir a existência de uma entidade sociológica superior quando diz que os responsáveis pelos processos de socialização, os pais e mestres, são meros intermediários. Mas Durkheim está querendo dizer que eles também não inventaram as instituições sociais, que eles também foram formados sob a sua influência e que agora estão repassando este conhecimento, este conteúdo social.
3- Que é Fato Social? Qual a importância de se definir um fato social?
Em primeiro lugar Durkheim procura demonstrar que existe toda uma ordem de fenômenos que devem ser explicado através do que ele denomina "fato social". É porque estes tais "fatos sociais" existem que a sociologia existe. Do contrário poderíamos explicar a ação humana e a ordem social através de outras disciplinas.
O que seriam, então, estes "fatos sociais"?
"É fato social toda maneira de agir, fixa ou não , suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter."
A primeira observação importante é que a sociologia deve explicar apenas os fatos sociais e não todo e qualquer fenômeno que tenha "algum interesse social". Assim Durkheim enumerará fatos de importância social mas que não fazem parte da província explicativa sociológica, como comer, dormir e beber, enquanto atos fisiológicos, isto é, a necessidade de comer, beber e dormir para manter-se vivo.
A educação é um componente primordial para entendermos os fatos sociais. Pois é principalmente através da educação que os fatos sociais, que são externos e coercitivos, se impõem a nós.
Nas palavras de Durkheim, “quando nascemos nos deparamos com uma infinidade de instituições que nós não criamos, por exemplo, "os sistemas de sinais de que sirvo para exprimir meus pensamentos, o sistema de moedas que emprego para pagar as dívidas, os instrumentos de crédito..., as práticas seguidas na profissão. Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências individuais."(As regras do método sociológico)
Mais uma vez, a consciência individual é aquela que é apenas do indivíduo tomado isoladamente e o fato dele, já ao nascer, se encontrar emergido nesta profusão de instituições previamente existentes faz com que a sua consciência se torne social.
Vejamos estes exemplos:
Crime contra Índio Pataxó comove o país
(...) Em mais um triste “Dia do Índio”, Galdino saiu à noite com outros indígenas para uma confraternização na FUNAI. Ao voltar, perdeu -se nas ruas de Brasília ( . . . ) . Cansado , sentou -se num banco de parada de ônibus e adormeceu. Às 5 horas da manhã, Galdino acordou ardendo numa grande labareda de fogo. Um grupo “insuspeito” de cinco jovens de classe média alta, entre eles um menor de idade, (...) parou o veículo na avenida W/2 Sul e, enquanto um manteve-se ao volante, os outros quatro dirigiram-se até a avenida W/3 Sul, local onde se encontrava a vítima. Logo após jogar
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