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TRABALHO DE INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS

Por:   •  3/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  857 Palavras (4 Páginas)  •  157 Visualizações

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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

DANIELA GALVÃO PIZARRO VIANNA

LAELIO FIGLINO GUIDI DE ORNELLAS RONCONI

TRABALHO DE INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS

Rio de Janeiro

2016


Esse trabalho tem como objetivo discutir, sob a ótica marxiana, “de que forma podemos analisar o avanço tecnológico da indústria para os trabalhadores, aplicando os conceitos de mais-valia absoluta e mais-valia relativa”.

O materialismo histórico é um dos pilares para o entendimento da teoria marxiana. Para Marx, a história não é apenas fruto do espírito absoluto, ela é fruto do trabalho humano. Dessa forma, o trabalho é o fundamento da economia e esta, por sua vez, o fundamento do estudo da sociedade humana.

Outra discussão inicial que se faz necessária é o surgimento do capitalismo e alguns de seus desdobramentos.

A gênese do capitalismo é marcada pela coerção e o surgimento de duas classes antagônicas: burguesia e proletariado.

Por burguesia entende-se os proprietários dos meios de produção enquanto que proletariado são os não detentores desses meios, ou ainda, os detentores da força de trabalho.

A força de trabalho assume papel de mercadoria “as relações de produção capitalista implicam na existência do mercado, onde a força de trabalho é negociada por um certo valor.”(QUINTANEIRO, p.87, 2000)

Ainda de acordo com Quintaneiro (2000, p.87) “o produtor vende sua força de trabalho pelo valor de um determinado salário”, que segundo Marx (apud QUINTANEIRO, 2000) é determinado por meio do “valor dos meios de subsistência requeridos para produzir, desenvolver, manter e perpetuar a força de trabalho”.

No entanto, a mercadoria produzida (não a força de trabalho, mas o produto comercializado) é apenas um meio de valorização do capital e, por isso, deve ser gerado o lucro.

Para entendermos a origem do lucro um novo conceito surge, o de mais-valia.

Em sua obra O Capital, Karl Marx explica tal conceito tomando por base o exemplo de um fiandeiro que para atender aos artigos de primeira necessidade indispensáveis necessita de um valor diário de 3 xelins obtidos com 6 horas de trabalho. O fiandeiro poderia, então, vender sua força de trabalho a um capitalista que teria a seu dispor não apenas as 6 horas, mas até 10 – 12 horas do dia do fiandeiro. Assim:

Se repete, diariamente, essa operação, o capitalista desembolsará 3 xelins por dia e embolsará 6, cuja metade tornará a inverter no pagamento de novos salários, enquanto a outra metade formará a mais-valia, pela qual o capitalista não paga equivalente algum. (MARX, p. 101, 1996)

A mais-valia torna-se, portanto, a origem do lucro tão desejoso do capitalista.

Ainda de acordo com a teoria marxiana, o lucro pode ser maximizado de duas formas, o que origina os conceitos de mais-valia absoluta e relativa.

Na “Apresentação” incluída na versão analisada de “O Capital”, o estudioso do marxsismo, como ele mesmo se denomina, Jacob Gorender, destingue claramente esses dois importantes conceitos:

 Nos primórdios do regime capitalista, quando as inovações técnicas avançavam

com lentidão, o aumento da quantidade de mais-valia por operário ocupado só era possível mediante criação de mais-valia absoluta, isto é, mediante prolongamento da jornada de trabalho ou intensificação das tarefas, de tal maneira que o tempo de sobretrabalho (criador de mais-valia) aumentasse, enquanto se conservava igual o tempo de trabalho necessário (criador do valor do salário). No entanto, a característica mais essencial do modo de produção capitalista não é a criação de mais-valia absoluta, porém de mais-valia relativa. Esta resulta do acúmulo de inovações técnicas, que elevam a produtividade social do trabalho e acabam por diminuir o valor dos bens de consumo nos quais se traduz o valor da força de trabalho, exigindo menor tempo de trabalho para a reprodução desta última. Por isso, sem que se alterem o tempo e a intensidade da jornada de trabalho, cuja grandeza permanece a mesma, altera-se a relação entre seus componentes: se diminui o tempo de trabalho necessário, deve crescer, em contrapartida, o tempo de sobretrabalho. (MARX, p.41, 1996)

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