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Trabalho De Ciencias Sociais

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Por:   •  16/11/2014  •  1.524 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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A nossa idéia contemporânea de verdade foi construída ao longo de séculos, desde a antiguidade, misturando a concepção grega, latina e hebraica.

Em grego, a verdade (aletheia) significa aquilo que não está oculto, o não escondido, manifestando-se aos olhos e ao espírito, tal como é, ficando evidente à razão.

Em latim, a verdade (veritas) é aquilo que pode ser demonstrado com precisão, referindo-se ao rigor e a exatidão.

Assim, a verdade depende da veracidade, da memória e dos detalhes.

Em hebraico, a verdade (emunah) significa confiança, é a esperança de que aquilo que é será revelado, irá aparecer por intervenção divina.

Em outras palavras, a verdade é convencionada pelo grupo que possui crenças em comum.

A união destes conceitos fez com que Tomás de Aquino terminasse definindo a verdade como expressão da realidade, a concepção em voga entre nós no senso comum até hoje.

1. Dogmatismo: Baseado no racionalismo de Descartes, afirma que o conhecimento adquirido é seguro e universal, alguns inclusive inatos, conferindo certeza absoluta às decisões.

2. Ceticismo: Oposta ao dogmatismo, originado a partir do empirismo, afirma que o verdadeiro conhecimento é fornecido pelos sentidos e pela experiência, sendo impossível construir uma verdade segura; portanto toda decisão é provisória e sujeita a constantes reajustes.

3. Relativismo: Atitude filosófica originada a partir do criticismo kantiano, a qual defende a idéia de que cada indivíduo possui uma verdade, um ponto de vista e uma perspectiva, para qual as decisões só podem ser tomadas em conjunto, analisando os diversos ângulos e pontos de vista.

Platão

Usa muito do relativismo. Principalmente no mito da caverna em que a verdade se torna relativo de quem esta dentro ou fora dela

O que é o mito

O Mito da Caverna, também conhecido como “Alegoria da Caverna” é uma passagem do livro “A República” do filósofo grego Platão. É mais uma alegoria do que propriamente um mito. É considerada uma das mais importantes alegorias da história da Filosofia. Através desta metáfora é possível conhecer uma importante teoria platônica: como, através do conhecimento, é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido somente através da razão).

O Mito da Caverna

O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.

Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.

O que Platão quis dizer com o mito

Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.

A verdade, segundo Platão é que ela precisa estar sempre sendo buscada. A verdade não é algo concreto, palpável. Não se pode dizer dela: essa, a verdade. Ou a verdade das verdades. Tudo é relativo. Antes de Einstein Platão já sabia disso.

Essa realidade mostrada na telinha pode ser vista como a sombra atualizada da caverna de Platão. As pessoas voltadas para a contemplação dos acontecimentos sombrios se isentam da responsabilidade de se movimentarem rumo a alteração dessa realidade da sala de jantar globalizada por interesses que, presume-se, não são os delas. A telinha, cada vez maior (41, 51 polegadas) está cada vez mais prestigiada, violenta, corrompida pelos que tiram proveito dessa corrupção das vontades (individual e coletiva) enquanto entretenimento sombrio para os observadores passivos dessas sombras semoventes da realidade do horário nobre da sala de jantar.

A pessoa que se satisfaz em contemplar a violência visível, amplamente divulgada pela mídia, e a aceitação desta contemplação, representa, numa visão atualizada da Caverna de Platão, a sombra inconsciente do sofá da sala de jantar, olhando os terrores que se sucedem na telinha, como se não fossem parte dela: sombra de uma realidade sombria.

René Descartes (1596 - 1650)

Descartes visualizou a filosofia como uma árvore onde a metafísica são as raízes, a física é o tronco e as outras ciências são os galhos. Percebia desta forma o conhecimento como uma unidade, todos os saberes estão interligados. A filosofia é também algo útil na vida cotidiana das pessoas, a árvore filosófica dá frutos que são colhidos

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