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Tradição E Inovação

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Por:   •  4/11/2013  •  2.064 Palavras (9 Páginas)  •  172 Visualizações

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O tema proposto parece não se apresentar como objecto de grande interesse no campo educacional, pois enquanto muito se discute sobre políticas educacionais, tecnologia educacional, metodologias, o papel político da Educação, a competência técnica e o compromisso político do professor, as teorias educacionais mais em voga e tantos outros de igual complexidade, vão ficando esquecidos, actuados no canto da sala de aula, aqueles que são na verdade o núcleo gerador de qualquer prática educacional: professor e aluno.

Pouco vem à tona sobre a interação dos dois no processo ensino - aprendizagem, mas, ao serem analisados, não podem ser entendidos como entidades autónomas, uma vez que um depende do outro para dar sentido às suas razões de ser: não há aluno sem professor, nem professor sem aluno. Este facto já nos induz ao carácter antropológico fundamental do fenómeno humano - a encarnação: homem, ser inacabado, que tem a necessidade do outro para dar forma a sua realidade pessoal.

“A escola não é responsável pela origem sociais no sucesso escolar nem as anula. A escola interfere na estrutura da estratificação social. As desigualdades sociais mantêm-se, acentuam-se ou esbatem-se.

Há Factores que Influenciam os Alunos Antes de entrarem na Escola.

Podemos questionar a eficácia das instituições educativas. As teorias da reprodução social e cultural apresentam a escola como uma instituição que selecciona os indivíduos, reproduzindo assim as estruturas sociais de classe.

Existe uma relação entre os factores internos à escola e a origem social e cultural dos alunos. As desigualdades de aproveitamento não possuem uma distribuição aleatória. Culpa do aluno? Culpa das instituições

Existem três tipos de variáveis que na sua confluência, influenciam o desigual desempenho dos alunos: O insucesso escolar : políticas educativas e práticas sociais

1. Enquadramento social dos alunos.

2. Estrutura e organização escolar.

3. O género.

Enquadramento Social dos Alunos

•Relacção entre a origem social e o aproveitamento

1.1. Condições sócio-económicas e culturais

•Distância entre a cultura que os alunos possuem e a cultura que a escola transmite.

•Ao ser igualitária, a escola ignora as diferenças culturais dos alunos.

Necessidades Básicas

Muitos alunos iniciam um dia de aulas em jejum ou com um insuficiente pequeno-almoço, fruto de carências económicas, falta de tempo ou défice cultural familiar (desconhecimento dos padrões alimentares

Ao invés, valorizam-se as dimensões lúdicas no consumo de comidas e bebidas assim como os objectos de tecnologia moderna.

Incapacidade de suportar custos

•A gratuitidade não consegue abarcar alguns encargos decorrentes da frequência escolar. Ex: vestuário, taxas e emolumentos.

Necessidade de aumentar o nível de rendimentos

•Ingresso precoce no mercado de trabalho; necessidade de independência financeira ou de aumentar o rendimento familiar.

•Mobilização familiar para a sobrevivência.

Habitação

Diferentes condições de vizinhança e de qualidade dos alojamentos (espaço e conforto). Nas zonas rurais o isolamento físico traduz-se em isolamento social e cultural. 1.6. Percurso casa/escola Distância da escola, barreiras físico-geográficas, qualidade e morosidade do trajecto, situações de espera pelos transportes. Diferença de oportunidades entre o meio rural e o meio urbano As vivências culturais dos alunos rurais não vão além dos limites das localidades isoladas onde vivem.

Nas escolas pequenas situadas em zonas isoladas: deficiente qualidade dos edifícios e equipamentos; Menor estabilidade docente; Inadequação entre as aspirações dos jovens e a oferta de trabalho. Existência de barreiras geográficas e culturais; Para Benavente a diferença de oportunidades não se verifica apenas entre meio urbano e meio rural; estende-se a todos os grupos desfavorecidos. Os limites do universo destes alunos são muito estreitos, se nascem no campo não conhecem a cidade, se vivem na cidade nunca saíram do bairro, ou seja, “medem o mundo a partir do que conhecem”.

Aspirações e atitudes face à escola. O nível de instrução da família condiciona as aspirações, as escolhas e o sucesso académico. As famílias com capital cultural elevado facultam aos filhos orientações relacionadas com o prestígio e a qualidade decorrentes de um diploma escolar. As famílias com baixo capital cultural incutem aos filhos uma perspectiva de futuro próximo, procurando diminuir os custos e adquirir proventos imediatos. Evidenciam o desconhecimento (ou a impossibilidade) face aos benefícios da escola. Existe uma correlação entre as habilitações literárias dos pais e o insucesso escolar.

Relações Escola/Família

As famílias têm diferentes atitudes de distanciamento/aproximação face à escola consoante a proximidade entre os seus valores e os que a escola veicula. As famílias socialmente desfavorecidas conhecem mal a escola e o seu funcionamento. A visão que tem dela é pouco positiva. Não se sentem à vontade e geralmente não comparecem às reuniões. Nas famílias socialmente favorecidas os pais seguem a escolaridade dos filhos, informam-se e falam com os professores.

Estrutura e Organização Escolar

A escola unificada e democrática, embora se destine a todos, permanece selectiva e elitista, pois não consegue facultar o sucesso a todos os alunos. Este facto permite equacionar a sua eficiência. Muitos conhecimentos socialmente úteis não são ensinados

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