Trajetória Histórica Brasileira: Faces Do Período De 1960 A 1980 Sob O Enfoque Das Políticas Sociais E Do Desenvolvimento Do Serviço Social.
Monografias: Trajetória Histórica Brasileira: Faces Do Período De 1960 A 1980 Sob O Enfoque Das Políticas Sociais E Do Desenvolvimento Do Serviço Social.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Uarlas • 3/11/2014 • 1.709 Palavras (7 Páginas) • 418 Visualizações
Introdução
O presente trabalho aborda as reflexões sobre o desenvolvimento histórico do Brasil entre os anos de 1960 a 1980, com ênfase para os desdobramentos das políticas sociais, aprimoramento do serviço social, as suas caracteristicas e politicas frente aos acontecimentos da epoca. Falarei sobre a eleição presidencial brasileira de 1960 que foi a décima-sétima eleição presidencial e a décima-quinta direta. Foi a última eleição antes do Golpe Militar de 1964 que instaurou uma ditadura no país. A próxima eleição direta ocorreria apenas 29 anos depois. Abordaremos tambem sobre a ditadura militar que tambem podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
Sera abordado sobre O golpe militar de 1964 e que crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria. Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.
Desenvolvimento
Golpe militar
Na madrugada do dia 31 de março de 1964, um golpe militar foi deflagrado contra o governo legalmente constituído de João Goulart. A falta de reação do governo e dos grupos que lhe davam apoio foi notável. Não se conseguiu articular os militares legalistas. Também fracassou uma greve geral proposta pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) em apoio ao governo. João Goulart, em busca de segurança, viajou no dia 1o de abril do Rio, para Brasília, e em seguida para Porto Alegre, onde Leonel Brizola tentava organizar a resistência com apoio de oficiais legalistas, a exemplo do que ocorrera em 1961. Apesar da insistência de Brizola, Jango desistiu de um confronto militar com os golpistas e seguiu para o exílio no Uruguai, de onde só retornaria ao Brasil para ser sepultado, em 1976.
Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente a presidência, conforme previsto na Constituição de 1946, e como já ocorrera em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros. O poder real, no entanto, encontrava-se em mãos militares. No dia 2 de abril, foi organizado o autodenominado "Comando Supremo da Revolução", composto por três membros: o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e o general Artur da Costa e Silva, representante do Exército e homem-forte do triunvirato. Essa junta permaneceria no poder por duas semanas.
Nos primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os setores politicamente mais mobilizados à esquerda no espectro político, como por exemplo o CGT, a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas e grupos católicos como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP). Milhares de pessoas foram presas de modo irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum, especialmente no Nordeste. O líder comunista Gregório Bezerra, por exemplo, foi amarrado e arrastado pelas ruas de Recife.
Sem o apoio da UDN, dos grandes empresarios e dos grandes grupos que dominavam a imprensa, o presidente tomou uma atitude inesperada: renunciou ao cargo de presidente da republica, em 25 de agosto de 1961. Deixou apenas um rapido bilhete onde escreveu: Se permanecesse, nao mataria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas e indispensaveis ao exercito de minha autoridade... a mim nao falta a coragem de renuncia. (COTRIM, 1999, p. 431.)
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
MOVIMENTO ESTUDANTIL
O Movimento Estudantil hoje passa por uma grande dificuldade de atuação, de pensar sua própria ação, passando por três crises para além da crise de direção: a crise de estratégia, crise de prática e a crise de valores. A crise de estratégia é um reflexo da própria esquerda, que após a vitória de Lula em 2002, se encontra fragmentada, não conseguindo traçar um horizonte, ficando somente nas questões pontuais e pautas imediatas, além de não conseguir atuar de maneira unitária. A crise de prática é marcada por disputas, que não conseguem traçar um rumo, não conseguindo trabalhar valores de uma sociedade sem exploradores e explorados.
O movimento se perdeu em suas próprias práticas, ficando nas pautas econômicas por si só, e só poderá dar um salto de qualidade quando conseguir compreender a realidade e projetar a transformação da sociedade com uma estratégia política bem definida casada com outros setores da classe trabalhadora. Quando temos uma crise de estratégia não conseguimos ter uma pauta que aglutine as lutas, se colocando sempre em resistência ao capital e nunca como avanço na luta. Não podemos
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