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Transformações no mundo do trabalho

Por:   •  26/3/2016  •  Bibliografia  •  1.064 Palavras (5 Páginas)  •  350 Visualizações

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AULA 10 - As transformações no mundo do trabalho

A classe trabalhadora não é a mesma de meados do século passado. Ela é mais ampla que o proletariado industrial produtivo do século passado.

A classe trabalhadora hoje compreende a totalidade dos assalariados, homens e mulheres que vivem da venda da sua força de trabalho e que são despossuídos dos meios de produção.

No mundo do trabalho, observa-se que vem ocorrendo uma redução do proletariado industrial, fabril, tradicional, manual, estável e especializado, herdeiro da era da indústria verticalizada de tipo taylorista e fordista.

Esse proletariado vem diminuindo com a reestruturação produtiva do capital, dando lugar a formas mais desregulamentadas de trabalho, reduzindo fortemente o conjunto de trabalhadores estáveis que se estruturavam por meio de empregos formais.

Grosso modo, a reestruturação produtiva significou uma profunda mudança na forma de gestão/organização da produção (passagem do taylorismo/fordismo para o toyotismo -ohnoísmo ou produção flexível-) e  na base técnica (incorporação de máquinas automatizadas – informatizadas -  na produção).

O taylorismo

Em 1911, o engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da administração científica”. Ele propunha:

  1. uma intensificação da divisão manufatureira do trabalho, ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas.
  2. diferenciar o trabalho intelectual do trabalho manual.
  3. fazer um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização dos movimentos, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo.
  4. concessão de bonificações ao trabalhador que produzisse mais em menos tempo.

Tudo isso para aumentar a produtividade com economia de tempo, suprimir gastos desnecessários e comportamentos supérfluos.

Foi com a grande indústria que a separação concepção/execução atingiu o seu auge. No taylorismo, o trabalhador apenas executa, não concebe nada.

O fordismo

O fordismo pode ser considerado como um aperfeiçoamento do taylorismo, da chamada "organização científica do trabalho". O fordismo conseguiu racionalizar ainda mais a produção, aumentar o controle do processo de trabalho com tempos impostos pela velocidade do transporte da linha de montagem. Como o taylorismo, o fordismo também não significou inovação na base técnica capitalista.

Ford criou este sistema em 1914 para sua indústria de automóveis.

O Toyotismo

Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de produção só se consolidou na década de 1970.

Principais características do Toyotismo:

- Mão-de-obra multifuncional (polivalente), podendo atuar em várias áreas do sistema produtivo da empresa. (no entanto, não é uma mão-de-obra qualificada).

- Sistema flexível de produção, que deve ser ajustada a demanda do mercado.

- Uso de controle visual em todas as etapas de produção, como forma de acompanhar e controlar o processo produtivo. (kanban)

- Implantação do sistema de qualidade total em todas as etapas de produção. Busca-se evitar ao máximo o desperdício de matérias-primas e tempo.

- Aplicação do sistema just-in-time, ou seja, produzir somente o necessário, no tempo necessário e na quantidade necessária.

- Uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências dos clientes.

- O trabalho em células favorece a indústria, uma vez que torna o processo de trabalho e o comportamento dos trabalhadores mais transparentes, na medida em que os erros são mais rapidamente identificados e os operários mais diretamente responsabilizados.

- Os CCQ (Círculo de Controle de Qualidade) podem ser definidos como um grupo de trabalhadores (operários de “chão de fábrica”, líderes de seção e técnicos) que se reúnem periodicamente. A participação dos trabalhadores nos CCQ é teoricamente voluntária, uma vez que são oferecidos tratamentos especiais por parte das indústrias àqueles que participarem desses círculos (evita-se demiti-los em época de recessão; são convidados a fazerem treinamentos profissionais exclusivos; possuem maiores possibilidades de serem promovidos, etc.).

Os CCQ buscam, através dessas reuniões, identificar problemas de toda a ordem na produção (desde o problema em alguma máquina até uma discussão ou indisposição entre operários) e apresentar sugestões para a solução desses problemas.

- Outro princípio utilizado no toyotismo chama-se kaisen (princípio do melhoramento contínuo), que almeja o maior grau de eficiência possível de produtividade, delega aos trabalhadores a responsabilidade de contribuírem com sugestões e participações que possam melhorar continuamente a produtividade e a qualidade.

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