Uma sociedade sem classes
Abstract: Uma sociedade sem classes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bielgaby • 31/3/2014 • Abstract • 2.891 Palavras (12 Páginas) • 398 Visualizações
FACULDADE PITÁGORAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
FABIEL GONÇALVES FIGUEIREDO
UMA SOCIEDADE SEM CLASSES
Contagem
2013
FABIEL GONÇALVES FIGUEIREDO
UMA SOCIEDADE SEM CLASSES
Trabalho apresentado à disciplina Homem, Cultura e Sociedade, do 1° período do curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras Contagem.
Prof° Wantuil
Contagem
2013
UMA SOCIEDADE SEM CLASSES
1. MASSAS
Pág. 355. Stálin conseguiu legitimar-se como herdeiro de Lênin à custa de amargas lutas intrapartidárias e de vastas concessões à memória do antecessor.
Pág. 355. Permaneceu no poder por trinta anos e dispunha de uma máquina de propaganda para imortalizar seu nome, até então desconhecida naquela época.
Pág. 355. O mesmo se aplicou a Hitler, que durante toda a vida exerceu um fascínio que supostamente cativava a todos, e que hoje, depois de derrotado e morto, já quase esquecido, que mal representa alguma coisa.
Pág. 356. Essa impermanência tem certamente algo a ver com a volubilidade das massas e da fama, mas seria talvez mais correto atribuí-la à essência dos movimentos totalitários, que só podem permanecer no poder enquanto estiverem em movimento e transmitirem movimento a tudo o que os rodeia.
Pág.356. A ascensão de Hitler ao poder foi legal dentro do sistema majoritário, e ele não poderia ter mantido a liderança de tão grande população, sobrevivido a tantas crises internas e externas, e enfrentado tantos perigos de lutas intrapartidárias, se não tivesse contado com a confiança das massas.
Pág. 357. A atração que o mal e o crime exercem sobre a mentalidade da ralé não é novidade. Para a ralé os “atos de violência podiam ser perversos, mas era sinal de esperteza”.
Pág.358. Os movimentos totalitários objetivam e conseguem organizar as massas e não as classes, como o faziam os partidos de interesses dos Estados Nacionais do continente europeu.
Pág. 358. Todos os grupos políticos dependem da força numérica, mas não na escala dos movimentos totalitários, que dependem da força bruta, a tal ponto que os regimes totalitários parecem impossíveis em países de população relativamente pequena, mesmo que outras condições lhe sejam favoráveis.
Pág. 360. Em todos os países menores da Europa, movimentos totalitários precederam ditaduras não totalitárias, como se o totalitarismo fosse um objetivo demasiadamente ambicioso.
Pág. 361. De qualquer modo, foi só durante a guerra, depois que as conquistas do Leste, forneceram grandes massas e tornaram possíveis os campos de extermínio, que a Alemanha pôde estabelecer um regime verdadeiramente totalitário.
Pág. 361. Somente onde há grandes massas supérfluas que podem ser sacrificadas sem resultados desastrosos de despovoamento que se torna viável o governo totalitário, diferente do movimento totalitário.
Pág. 361. Os movimentos totalitários são possíveis onde quer que existam massas que por um motivo ou outro, desenvolveram certo gosto pela organização política.
Pág. 361. O termo massa só se aplica quando lidamos com pessoas que, simplesmente devido ao seu número, ou a sua indiferença, ou uma mistura de ambos, não se podem integrar numa organização baseada no interesse comum.
Pág.361. Potencialmente, as massas existem em qualquer país e constituem a maioria das pessoas neutras e politicamente indiferentes, que nunca se filiam a um partido a raramente exercem o poder do voto.
Pág. 362. O sucesso dos movimentos totalitários entre as massas significou o fim de duas ilusões dos países democráticos em geral e, em particular, Dos Estados-nações europeus e do sistema partidário.
Pág.362. A primeira foi a ilusão de que o povo, em sua maioria, participava ativamente do governo e todo indivíduo simpatizava com um partido ou outro. A segunda ilusão democrática destruída pelos movimentos totalitários foi a de que essas massas politicamente indiferentes não importavam, que eram realmente neutras e que nada mais constituíam senão um silencioso pano de fundo para a vida política da nação.
Pág.363. A sociedade competitiva de consumo criada pela burguesia gerou apatia, e até mesmo hostilidade, em relação à vida pública, não apenas entre as camadas sociais exploradas e excluídas da participação ativa no governo do país, mas acima de tudo entre sua própria classe.
Pág.363. É difícil perceber onde as organizações da ralé do século XIX diferem dos movimentos de massa do século XX, porque os modernos líderes totalitários não diferem muito em psicologia e mentalidade dos antigos líderes da escória, cujos padrões morais e esquemas políticos, aliás, tanto se assemelham aos da burguesia.
Pág.364. As massas têm em comum coma ralé apenas uma característica, ou seja, ambas estão fora de qualquer ramificação social e representação política normal. As massas não herdam, como faz a ralé, os padrões e atitudes da classe dominante, mas refletem, e de certo modo pervertem, os padrões e atitudes de todas as classes em relação aos negócios públicos.
Pág.365. O primeiro sintoma do colapso do sistema partidário continental não foi a deserção dos antigos membros do partido, mas o insucesso em recrutar membros dentre a geração mais jovem e a perda do consentimento e apoio silencioso das massas desorganizadas, que subitamente deixavam de lado a apatia e marchavam para onde vissem oportunidade de expressar a sua violenta oposição.
Pág.366. Eminentes homens de letras e estadistas europeus predisseram, a partir do começo do século XIX, o surgimento do homem da massa e o advento de uma era da massa.
Pág.366. As massas, contrariamente ao que foi previsto, não resultaram da crescente igualdade de condição e da expansão educacional, com a sua consequente perda de qualidade e popularização de conteúdo, pois até os indivíduos altamente cultos
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