A melhor receita
Por: beatrizbenassi13 • 7/10/2019 • Trabalho acadêmico • 509 Palavras (3 Páginas) • 152 Visualizações
A melhor receita
A dinâmica contemporânea é regida por uma sociedade com resquícios patriarcais, na qual é notório um pensamento achincalhado oriundo do gênero masculino ao considerar a mulher com sexo frágil. Essa concepção é visível ao deparar-se com números alarmantes de mulheres agredidas e assassinadas anualmente no Brasil. Diante disso, a presidenta Dilma Rouseff promulgou, no dia 8 de março de 2015, a Lei do Feminicídio, que impõe como crime hediondo a violência/assassinato em razão de gênero. Nesse sentido, a violência contra a mulher no Brasil precisa ser erradicada, pois sua persistência estimula a infração à Declaração Universal dos Direitos Humanos e gera atos errôneos e desumanos.
Após a Primeira Revolução Industrial, na década de 1780, a mulher abandonou o posto de personagem coadjuvante dentro de casa e passou a exercer o papel de protagonista nas fábricas, como operárias. No entanto essa evolução não trouxera benefícios a ela, pois, ao chegar exausta em casa era obrigada a exercer a função de doméstica, e quando não exercia de acordo com os critérios do marido era agredida verbal e fisicamente. No panorama brasileiro atual nota-se que ainda há altos índices de violência doméstica. Logo, esses atos que ferem a liberdade e ética humana necessitam de ser extirpados, uma vez que infringem a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), a qual afirma em seu Art. III que ”todas as pessoas tem direito a vida, liberdade e segurança pessoal”.
Ademais, o processo histórico brasileiro atua como embaçador da atual desigualdade de gênero. Essa situação é visível pela subordinação das mulheres perante o sexo masculino, resquício do machismo arraigado na sociedade. Tal aspecto infrator é relatado pelas mulheres brasileiras em diferentes tipos de violência, dentre elas: a física, a psicológica, a verbal, a sexual, o que de acordo de acordo com a Psicologia acarreta em problemas futuros. Dessa forma, ancorar no pensamento da autora chilena Gabriela Mistral, ganhadora do prêmio Nobel de Literatura e “Humanizar a humanidade” para que o número de atos errôneos e desumanos entre em decréscimo, é uma necessidade, não uma opção.
Depreende-se, portanto, que a questão da violência contra mulher no Brasil demanda intervenções. Dentre elas pode-se destacar: a implantação de parques nos centros das cidades, pelas prefeituras municipais, para estimular o espirito solidário e cooperativista nas crianças de diferentes gêneros, com intuito de que a próxima geração não sofra com o machismo. A criação de palestras, em âmbito escolar, promovidas pelos professores de Sociologia, que visem conscientizar os adolescentes sobre seus direitos. Além disso, resta ao Governo Federal a criação de casas de apoio para mulheres que sofreram algum tipo de agressão, a fim de reinseri-las na sociedade de forma pacífica. Só assim será possível se obter a melhor receita para uma democracia civilizada e sem violência.
Beatriz Benassi Pereira
Escola Estadual Benedito Ferreira Calafiori 3ª B
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