Pigmalião
Por: DaltonHector • 10/5/2015 • Artigo • 298 Palavras (2 Páginas) • 147 Visualizações
Pigmalião: a amor por uma estátua
Era de Chipre o escultor Pigmalião. Artista que não gostava de mulheres, porque, em suas considerações elas eram imperfeitas e passíveis de muitas censuras. E tão convicto estava do acerto de suas opiniões que resolveu nunca se casar e passar o resto da vida sem a companhia feminina.
Mas, como não suportasse a completa solidão, o artista de Chipre esculpiu uma estátua de marfim tão bela e perfeita como, julgava ele, nenhuma mulher poderia ser. E, de tanto admirar sua própria obra acabou apaixonando-se por ela. Eis que lhe comprava as mais belas roupas, jóias, flores e os mais caros presentes. Todos os dias passava horas a fio a contemplá-la; de quando em quando, beijava-lhe ternamente os lábios frios e imóveis.
Numa festa a deusa Afrodite, o escultor ofereceu sacrifícios e elevou aos céus ardorosas súplicas: “Vós, ó deuses, a quem tudo é possível, suplico-vos que por esposa me deis – não se atreveu a dizer minha virgem de marfim – uma donzela que se pareça com minha virgem de marfim”.
Atenta, a deusa ouvi-lhe o pedido, e para mostrar a Pigmalião que estava decidida a atendê-lo, fez subir a chama do altar do escultor três vezes mais alto do que as chamas dos outros. Mas o infeliz artista não percebeu o significado desse sinal.
Saiu do santuário e, entristecido, tomou o caminho de casa. Ao chegar, foi contemplar sua estátua perfeita. E, depois de horas e horas de muda contemplação, foi beijar-lhe os lábios. Teve então uma surpresa: ao invés do frio marfim, encontrou uma pele macia e uma boca ardente. A estátua despertou e ganhou vida como uma bela mulher real, que se enamorou profundamente de seu criador.
Para completar a felicidade do artista, Vênus abençoou-lhe a união e do casamento nasceu um filho, Pafo.
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