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Grandes Temas da Historia do Jornalismo Portugues

Por:   •  9/4/2016  •  Ensaio  •  1.685 Palavras (7 Páginas)  •  328 Visualizações

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Grandes Temas da História do Jornalismo Português

RENASCIMENTO

  • Nova atitude: escolástica dá lugar ao humanismo e ao racionalismo, à experimentação, ao vínculo à realidade
  • Reforma (Lutero, Calvino…)
  • Novo sistema: feudalismo dá lugar ao centralismo régio e ao capitalismo; advento da ideia do Estado-Nação; ascensão da burguesia.
  • Novas ideias, descobertas, invenções, formas de expressão, técnicas e engenharias, ciências…
  • Tipografia permite divulgação/expansão

SÉCULO XV

  • Tipografia e indústria do papel
  • Folhas volantes

CONJUNTURA (SÉCS. XV-XVII)

  • “Globalização económica”: colonização
  • Descobrimentos
  • Guerras
  • Novas ideias, descobertas, invenções
  • Capitalismo financeiro, manufactureiro e colonial
  • Empreendedorismo
  • Expansão das indústrias da tipografia e do papel
  • Alfabetização
  • Ilustração/ Iluminismo [Bases]
  • Ascensão da burguesia
  • + Urbanidade e - Ruralidade

As publicações noticiosas ocasionais: cartas novas, folhas volantes…

[a iniciativa privada no jornalismo desde os séculos XV e XVI]

[pic 1]

As publicações noticiosas periódicas [séculos XVIXVII]

[finais do séc. XVI – meados do séc. XVII]

[pic 2]

EM PORTUGAL: DAS PUBLICAÇÕES OCASIONAIS ÀS PERIÓDICAS

Século XVII: as gazetas 

  • Pluralidade de informações/notícias [pic 3]
  • Textos expositivos e narrativos e não poéticos
  • Finalidade informativa (e não moralista) revelada na factualidade e na menção das fontes
  • Informação por vezes selecionada com fins propagandísticos
  • Notícias seguem-se umas às outras sem grande preocupação de ordem ou lógica e menos ainda de hierarquia, paginadas a uma coluna
  • Periodicidade definida e frequente (normalmente semanal e depois bi e tri-semanal, até chegar a diária, ainda ao longo do século XVII)
  • Textos simples e fáceis de ler (a generalidade da população era analfabeta e, por isso, não possuía quaisquer hábitos de leitura regular nem tão pouco competências de leitura)
  • Modelo principal: narração cronológica ou exposição
  • Primeira página titulada e, por vezes, ilustrada, mencionando ainda a data e o local de impressão/edição e, por vezes, também o nome do editor e do tipógrafo
  • Inclusão de várias notícias sobre diferentes assuntos (da política, das guerras e do comércio à ciência, passando pela sociedade e fenómenos maravilhosos ou insólitos) e de diferentes proveniências (algumas das quais das colónias ultramarinas dos países europeus
  • Notícias obtidas por tradução de notícias de gazetas estrangeiras e por produção própria
  • Publicação de notícias do dia anterior, o que reconstruiu a noção de atualidade – mudava, graças à imprensa noticiosa periódica, o horizonte de atualidade da humanidade
  • Em certos lugares, existência de indivíduos (normalmente um ou dois) dedicados em exclusivo à redação, paginação e impressão das gazetas, os primeiros “jornalistas”;
  • Inclusão de anúncios pagos (principalmente a partir de meados do século XVII, com o pioneirismo a pertencer, provavelmente, à Gazeta de Veneza). A inclusão de publicidade diminuirá o preço por exemplar, tornando as gazetas acessíveis a mais pessoas.

[pic 4]

Século XVII: A imprensa chega à América   

Século XVII: Primeiros diários (publicados mais de 4 dias por semana)

Um novo ofício ou uma nova ocupação: o gazeteiro (até ao século XIX):

  • Tipógrafos que produziam conteúdos
  • Editores empresários que produziam conteúdos
  • Profissionais contratados para produzirem conteúdos
  • Eruditos (normalmente nobres, clérigos, intelectuais ou burgueses) que faziam da escrita de gazetas uma ocupação, por prazer, por encomenda política, por obrigação, por necessidade política (caso dos jornais de partido) ou ainda para obterem lucro (o jornalismo como ocupação e não como profissão e ofício: o “escritor de jornal”)

Quem foram os pioneiros do jornalismo em Portugal?

Manuel Severim de Faria

• Doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra, foi cónego e chantre da Sé de Évora.

• Não teve actividade política, mas como historiógrafo e analista publicou, entre outras obras, Discursos Vários Políticos e Notícias de Portugal

Manuel de Galhegos (1597-1665)

• Tornou-se religioso depois de enviuvar.

• Terá sido o promotor e primeiro editor e redator do primeiro periódico português, a Gazeta alcunhada “da Restauração”

• Poeta e propagandista da Restauração, redigiu, eventualmente, a Relação de Tudo o Que se Passou na Feliz Aclamação do (…) Rei D. João o IV .

João Franco Barreto (1600-?/Ainda vivia em 1674)

• Fez parte da expedição militar que em 1624 se dirigiu à Baía para resgatar a cidade aos holandeses, tendo escrito uma história manuscrita da expedição.

• Estudou Teologia na Universidade de Coimbra, na qual foi professor

• Adere à causa da Restauração da Independência, em 1640. Foi secretário do embaixador D. Francisco de Melo, tendo-o acompanhado a França, em 1641. Também deixou uma história dessa missão: Relação da Viagem que a França… (1647)

• Tornou-se religioso após enviuvar, tendo produzido obras historiográficas, literárias e uma gramática.

• Teve alvará régio para “traduzir e imprimir as relações de França e suas gazetas” a 29 de Julho de 1642, pelo que se supõe ter sido o principal redator da 2ª fase da Gazeta, pelo menos até 1645.

Frei Francisco Brandão (1601-1680)

• Monge e doutor em Teologia, escreveu a quinta e sexta partes da Monarquia Lusitana..

• Publicista e propagandista da Restauração, com alguma certeza pode afirmar-se que colaborou na redação da Gazeta, pelo menos a partir de Julho de 1645.

• Prolixo, redigiu várias relações de novas gerais (folhas ocasionais) de propaganda da causa da Restauração da Independência, como sejam:

       Discurso Gratulatório Sobre o Dia da Feliz Restituição e Aclamação da Majestade de El-Rei D. João IV… (1642)

       Relação do Assassínio Intentado por Castela Contra a Majestade de El-Rei D. João IV, Impedido Miraculosamente (1647).

António de Sousa de Macedo (1606-1682)

• Político e diplomata, pequeno fidalgo, é o primeiro político e jurista a redigir um jornal em Portugal (antes dele apenas clérigos o tinham feito, apesar de serem clérigos com envolvimento político).

• Doutor em Direito (e não em Teologia, como os seus antecessores), jurista, adere à causa da Restauração da Independência, tendo exercido actividade diplomática em Inglaterra e na Holanda.

• Foi secretário das Mercês e secretário de Estado de D. Afonso VI, sob a égide de Castelo Melhor.

• Publicou, entre outras, a obra jurídica Lusitania Liberata ab Injusta Castellanorum Dominio (…), na qual argumenta a favor da causa restauracionista e da legitimidade de D. João IV (1645), uma Carta ao Papa Urbano VIII, sobre o mesmo tema, discursos…

• Tomou, na Corte, o partido do jovem (e incapaz) rei, D. Afonso VI, e do conde de Castelo Melhor, contra o partido do infante D. Pedro (futuro regente e rei) e da rainha D. Maria Francisca de Sabóia (futura rainha consorte, também, de D. Pedro).

• Um desentendimento com a rainha levou ao seu afastamento da Corte, cessando igualmente a sua actividade enquanto redator do Mercúrio.

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