Libras Licenciatura em Matemática
Por: Diasseleste • 22/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.535 Palavras (7 Páginas) • 223 Visualizações
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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
[pic 3] | Avaliação a distância (AD) |
Disciplina: Libras
Curso: Licenciatura em Matemática
Professor:
Nome do aluno: Glauco Marcelino Dias da Silva
Data: 28/10/2013
Orientações:
- Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
- Entregue a atividade no prazo estipulado.
- Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
- Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Leia com atenção as questões abaixo e responda:
1. Como requisitos para compreensão da Língua Brasileira de Sinais (LBS), o conhecimento sobre a história e a cultura que envolve seu padrão de comportamento e de crenças que se manifestam em um coletivo. Estes se tornam relevantes, norteadores e reguladores nas relações. Leia o Capítulo 1 do Livro Vendo Vozes, disponível na midiateca.
Analisando a complexidade do texto que você leu, construa um texto argumentativo entre 15 a 20 linhas que contemple deficiência, surdez, discriminação e isolamento. Na elaboração de seu texto inclua uma citação direta pertinente ao texto. Lembro que a avaliação desta atividade será feita com base na consistência de sua argumentação. (2,5 pontos)
A vida dos surdos nos séculos anteriores
Período cruel, implacável, destruidor, que registrou até onde a ignorância a respeito de um assunto, pode alterar, arrasar a vida de várias pessoas. Caminhos tortuosos, que os surdos viveram, devido a surdez ser considerada uma deficiência que impossibilitava a pessoa de se interagir, relacionar-se com a sociedade, bem como, de terem uma vida de condições igualitária, de direitos iguais, pois, os ouvintes tinham seus diretos preservados, enquanto os surdos, eram tratados como seres anormais, aberrações incapazes de adquirirem algum conhecimento. Fato registrado que, de forma preconceituosa, evidenciou que o surdo na época, não tinha capacidade, condição alguma de adquirir determinado conhecimento, onde Aristóteles, afirmou que a surdez comprometia a inteligência e que a audição e a fala oral eram indispensáveis à compreensão das ideias. Uma discriminação muito severa que levou muitos surdos a viverem como animais irracionais e, pior ainda, a serem sacrificados, por serem incapazes de sobreviverem, abandonados à própria sorte, onde eram isolados do grupo, do direito de viverem, tudo, por causa da ignorância, preconceitos, que até nos tempos atuais, ainda persistem em existir nas ideias de alguns.
2. De acordo com L. S. Vygotsky 1969 “Uma palavra não se refere a um único objeto, mas a um grupo ou classe de objetos. Cada palavra, portanto, já é uma generalização. A generalização é um ato verbal de pensamento e reflete a realidade de um modo bem diferente do refletido pela sensação e pela percepção”. Baseado na afirmação acima, explique a importância e a necessidade da Língua de Sinais na constituição da cultura surda. (2,5 pontos)
Conforme estudo feito, não existe cultura sem língua. E diante da afirmação, sem a Língua de Sinais, a cultura surda não teria base, estrutura para sua consolidação, ou seja, não existiria, pois, por meio da comunicação, da troca de experiências é que se constrói uma cultura. E a comunicação dos surdos, se dá pela língua de Sinais, essa, que é uma marca da cultura surda.
3. Faça uma pesquisa em artigos científicos disponíveis em bases de dados como Scielo, BVSaúde sobre língua natural, língua materna e língua nativa e explique-os, em um texto de no mínimo 8 linhas, sobre o aspecto da primeira língua (L1) e segunda língua (L2). É preciso apresentar o título do artigo pesquisado, data de acesso ao artigo e base da dados utilizada. Fundamente seu texto a partir do artigo pesquisado. (2,5 pontos)
Línguas
A língua, em geral, se faz presente desde o início dos tempos, fator indispensável à comunicação, onde a linguagem é desenvolvida naturalmente pelo ser humano, de forma não premeditada, como resultado da facilidade inata para a linguagem possuída pelo intelecto humano. Dentre os tipos de línguas, destacamos as línguas: - maternal, que é a primeira língua dos surdos, no caso do Brasil, a Língua Brasileira de Sinais – Libras, a primeira que o surdo tem possibilidades de desenvolver e compreender o mundo que o cerca e, como segunda língua, o português, Língua oficial do Brasil, no caso de residir nesse, sendo essa segunda língua, desenvolvimento básico, onde o surdo só pode ser cobrado na L1, ou seja, na sua primeira língua.
Referências
REDE, SACI. Libras como primeira língua dos deficientes auditivos. Disponível em: <>. Acesso em: 28 out. 2013.
WIKIPEDIA. Língua Natural. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_natural>. Acesso em: 28 out. 2013.
Leia a reportagem abaixo
Os sotaques dos Sinais
Mesmo sem som, a Libras (Língua de Sinais Brasileira) também tem variações regionais, a ponto de ser possível identificar um surdo do nordeste ou do sul só com base no seu gestual |
Rachel Bonino Paola Ingles Gomes cursa a 8ª série em São Paulo numa tradicional escola municipal para deficientes auditivos no bairro da Aclimação, a Helen Keller. Como outros colegas adolescentes, costuma ir à festa junina promovida pelo Instituto Santa Teresinha, um evento que virou referência entre estudantes surdos de todo o país. Paola conversava com um amigo de outro estado numa dessas comemorações anuais quando, entre risos, sinalizou que ele era um "palhaço", um tolo. O sinal usado indicava uma bola no nariz, assim como usam os palhaços. O rapaz não entendeu a "gíria" e coube a Paola indicar o contexto da palavra, por meio de outros sinais. Casos assim se repetem a cada interação entre deficientes auditivos de regiões diferentes, mas que adotam a mesma gramática gestual adotada pela Libras, sigla para Língua de Sinais Brasileira. Nesse universo sem sons, há gírias, regionalismos e até mesmo o que podemos chamar de sotaques. De fato, determinados termos possuem variações maiores ou menores quando "pronunciados" por gestos. Só a palavra "abacaxi", no sortido espectro de variantes em forma de gesto, tem ao menos cinco sinais diferentes em todo o país, com pequenas mudanças de movimentos entre os compartilhados por Bahia e Pará e os usados no Mato Grosso ou em Santa Catarina. A Libras é reconhecida desde 2002 por lei federal (ver quadro). Tem como base cinco parâmetros: a direcionalidade (para onde as mãos e o rosto se dirigem), o ponto de articulação (de onde parte o movimento), a configuração de mão, o movimento propriamente dito e as expressões faciais e corporais. A variedade linguística dos sinais ocorre, em alguns estados, quando se modifica ao menos um desses parâmetros. - É como se houvesse uma "pronúncia" diferente. É um tipo de sotaque, só que sem som - afirma a linguista Tanya Amara Felipe, professora da Universidade de Pernambuco (UPE) e coordenadora do Programa Nacional Interiorizando a Libras. Dizer sem falar Quase não existem pesquisas sobre variações regionais em Libras, mas já há base empírica para os estudiosos arriscarem configurações. A psicóloga Walkiria Duarte Raphael, uma das autoras do Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira (Edusp, 2001), diz conseguir identificar um r arrastado nos sinais dos surdos cariocas. - Eu, lidando com os diferentes sinais, percebo que no Rio eles soletram mais arrastado, embora não exista estudo com base científica sobre o assunto. Os surdos que oralizam bem [que reproduzem com os lábios as palavras sinalizadas] acabam falando junto com o sinal. E aí também se consegue perceber o sotaque. É possível sentir claramente isso, no sinal - diz. Embora não haja equivalência entre o verbo e os gestos de cada lugar, os sotaques dos sinais parecem acompanhar as sutilezas das falas de cada região. Para Walkiria, é possível perceber a diferença regional pela observação da mão de apoio - é comum que os surdos destros façam o movimento com a mão direita e a esquerda sirva de suporte. No Rio de Janeiro, segundo a estudiosa, a maioria dos sinais é feita com a mão de apoio fechada. Em São Paulo, a mão de apoio é aberta. - Essa é uma diferença que notei quando estava juntando os sinais para o dicionário. Isso pode ser considerado um sotaque? Pode - diz Walkiria. Sueli Fernandes, linguista, assessora técnico-pedagógica do Departamento de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, concorda: - Sejam faladas ou sinalizadas, é próprio das línguas a pluralidade de manifestações. A unidade linguística é um mito mesmo na linguagem por sinais - analisa a profissional, que também é colaboradora do Libras é Legal, projeto de difusão da língua coordenado pela seccional do Rio Grande do Sul da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis-RS). http://www.vendovozes.com/2011/02/libras-e-variacao-linguistica.html Acesso em 06 de julho.
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De acordo com o texto acima, as variações linguísticas também estão presentes na língua de sinais e dizem respeito ás diferentes formas de realizar um sinal. As variações linguísticas acabam por dar margem à constituição de mitos referente à língua de sinais. Descreva, de forma fundamentada, o mito que se constitui a partir das variações linguísticas. (2,5 pontos)
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