Objetos da Comunicação

RESENHA – O OBJETO DA COMUNICAÇÃO / A COMUNICAÇÃO COMO OBJETO Vera Veiga França Vera Veiga França começa tratando da dimensão empírica na comunicação, em sua existência sensível, sendo um fato concreto de nosso cotidiano. Ela diz que firmar a comunicação como um conjunto de objetos empíricos é equivocado e enganoso, pois "os "objetos" do mundo são recortados por nosso olhar e nossa compreensão". A autora trata das mídias, da diversidade dos produtos e dos hábitos dos espectadores, e afirma que há uma nova realidade com a criação desses muitos meios de comunicação. O ponto que França ressalta é que "a modernidade transformou a comunicação em problema", ou seja, a comunicação sempre existiu, desde os primórdios, porém nesse momento se torna mais complexo estudá-la. França separa a busca pelo objeto e o conhecimento, e trata 'conhecer' como um problema ou objeto que necessita atenção. A forma mais prática e confiável de adquirir um conhecimento é através da pesquisa e estudo - conhecimento científico -, porém outra forma de conhecimento vivo e espontâneo acontece na comunicação, que vem através da experiência do homem e de seu aprendizado diário. Mas deve-se ressaltar que este último conhecimento citado tem seus limites, que só podem ser quebrados com o método científico. A ciência é importante para refinar o conhecimento, "por que problematiza, instiga e coloca questões". Vera Veiga França trata de tudo isso para explicar por que é tão importante para a comunicação ser reconhecida como ciência, e como teorias podem ajudar os nossos estudos a alavancarem. Teoria, ela explica, é "um corpo organizado de ideias sobre a realidade ou sobre um certo aspecto da realidade", portanto não é criada somente por conhecimento científico, mas também por nosso própria convivência na comunicação. Vera Veiga França diz sobre a diferença no princípio dos estudos de Ciências Sociais e da Comunicação: antes de criarmos teorias, já existiam cursos profissionalizantes para a comunicação, ao contrario de outras disciplinas nas ciências sociais. Por isso a comunicação anseia esse "primado da prática", quase operacional. Isso por um lado ajuda bastante, pois "uma teoria que se coloca fora do horizonte da prática que a fundamenta se converte em pura abstração." Por outro lado se torna um grande problema: há uma mutação rápida das atividades na comunicação, revoluções tecnológicas acontecem o tempo todo, e a academia não consegue acompanhar esse dinamismo tão particular de cada prática. Por fim, França ressalta que o objeto da comunicação, mesmo não estando claro ainda, não está especificamente em nenhum outro campo, mas que podemos pensar o campo de estudos da comunicação como um domínio interdisciplinar. Ao final do texto, a autora mostra o histórico da comunicação, desde os antigos gregos até a modernidade, passando pelas escolas de estudo, como a Escola de Chicago, Palo Alto e Frankfurt, suas teorias e orientações e como elas influenciam a comunicação estudada hoje. Paradigmas da Comunicação: Conhecer o quê? O texto da autora Vera Veiga França nos traz uma reflexão a respeito de alguns aspectos da comunicação. Entre os principais aspectos, qual é o principal objeto da comunicação, algumas correntes de estudo, o papel do comunicador e dos comunicólogos, a interdisciplinaridade que o campo da comunicação abrange, os paradigmas da comunicação, etc. A autora também realiza uma crítica expressa ao descaso dos alunos de comunicação com as disciplinas de teorias da comunicação, que muitas vezes passa-se por desinteressante. Aprender a teoria é de fundamental importância para o aluno entender

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