Platão - Górgias
Por: pistache900 • 18/7/2016 • Resenha • 867 Palavras (4 Páginas) • 1.106 Visualizações
27/03/2015
PLATÃO - GÓRGIAS
Resumo:
O texto de Platão retrata um longo diálogo entre Sócrates, Górgias, Polo, Cálicles e Querefonte a respeito da natureza da retórica, seu poder na sociedade, justiça e a índole de um governante.
O diálogo começa com Sócrates e Querefonte, defensores da filosofia, com a presença de Górgias e Polo - sofistas.
Quando o encontram, procedem a lhe questionar sobre a sua arte, e a qual nome deve-se usar para se referir ao profissional de tal território. Polo, discípulo de Górgias, dispõe-se a responder em seu lugar, dando início a uma discussão entre e Sócrates. Polo começa por atribuir à tal arte uma série de adjetivos (“A mais nobre das artes”), sem responder à pergunta original, o que é ressaltado por Sócrates, que passa assim a se dirigir a Górgias. Ao ser indagado com a mesma pergunta, Górgias responde que a arte é a retórica, fazendo-o orador.
Sócrates então começa a discutir com Górgias qual seria a finalidade dela, e, passando por outros ofícios como exemplo, chega à conclusão que esta seria a persuasão dos ouvintes sobre o assunto tratado, mesmo que os ouvintes dominem determinado assunto, sendo assim a maior das artes, pois é capaz de promover poder a quem a bem utiliza. Sócrates então constata que a retórica não se dispõe a servir a real verdade, instigando a crença, e não o conhecimento verdadeiro. A conversa prossegue e entra no âmbito da justiça e injustiça, no qual Górgias começa se contradizer, e Polo interfere no diálogo.
Polo faz a mesma pergunta a Sócrates, “(...)que achas que ela (a retórica) seja?”, e Sócrates responde que nem sequer a considera uma arte, mas sim rotina, baseada na adulação o "simulacro de uma parte política", uma prática movida pelo prazer próprio, Polo pergunta se Sócrates não acha belo o fato da retórica poder proporcionar tal prazer e realização ao indivíduo, Sócrates discorda, diz que o poder político conquistado com a retórica não seria usado para o bem da sociedade, pois no momento em que conflitasse com os interesses do próprio político em comparação aos interesses da sociedade, a escolha mais justa não seria tomada, sendo então injustiça, uma forma de tirania.
Isso gera uma discussão na qual Sócrates apresenta um argumento que diz que o maior dos males é cometer uma injustiça, e não sofrê-la, o qual Polo discorda, mas Sócrates consegue sustentar o argumento, mostrando a sua crença de que é feliz quem age de forma honesta e boa, infeliz quem faz o contrário, que o ato de cometer uma injustiça é menos belo do que o de sofrer uma injustiça. Nesse ponto Polo passa a concordar com Sócrates.
Neste ponto Cálicles entra no diálogo, questionando Sócrates, tentando desqualificar seus argumentos. Afirma que o argumento na tal discussão sobre justiça não é correto pelo fato de que as leis naturais não são as leis que regem o povo, as leis da democracia. Estas, no caso, foram estipuladas pelos fracos e pela maioria, e para eles convém o interesse próprio, de que uns não tenham mais do que outros, mas pelas leis que regem a natureza o contrário acontece, os mais fortes possuem mais do que os mais fracos. Cálicles assim afirma o poder da nobreza sobre o povo.
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