Resenha do filme 36
Por: Jean Rodrigues • 10/4/2016 • Resenha • 979 Palavras (4 Páginas) • 1.052 Visualizações
POLICIA MILITAR DE MINAS GERAIS
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ATIVIDADES DE POLICIA OSTENSIVA
Sidney Pereira Avelino - SD 2ª CL PM – 169.069-2
RESENHA : “36 QUAI DES ORFÈVRES”
Belo Horizonte
2016
Resenha sobre o filme “36”
Podemos observar que o diretor, Oliver Marchal, especialista em filmes policiais, que curiosamente já foi um detetive no passado, aborda em uma trama de ação policial a qual envolve desvios de ética e conduta policial, destacando a disputa de dois policiais que têm em comum antipatia e rivalidade que no desenrolar do filme, envolvem vida pessoal e profissional.
No filme, o Diretor Geral de Polícia, Robert Mancini (André Dussollier), vê-se em um dilema nas investigações frustradas a procura de uma quadrilha de assaltantes de carros-fortes que já causava grande alarme na população francesa pelas suas violentas atuações. Prestes a receber uma grande promoção, o Diretor Mancini, propõe a seus dois subordinados de maior confiança, o Tenente Léo Vrinkis (Daniel Auteuil), Chefe da Divisão de Repressão ao Banditismo, que é conhecido por não seguir as regras da conduta Ética e legal de um policial e o Tenente Denis Klein (Gérard Depardieu), Chefe da Divisão de Pesquisa e Intervenção, que leva consigo uma rivalidade pessoal com o Tenente Vrinkis pela história de uma amizade passada separada pelo amor de uma mulher em comum, travando uma disputa a cerca do cargo que logo estaria vago, proposta esta que consiste em prender os assaltantes de carros-fortes.
Os candidatos à vaga de Diretor Geral do 36, no filme, passam por diversas situações que vão contra ao Código de Ética e Disciplina dos policiais. O Tenente Vrinks, por exemplo, faz o uso da força arbitrariamente e ilegal, como no tratamento com um criminoso, personagem interpretado pelo ator Ivan Franek, que pratica estupro contra sua amiga, ex prostituta, que ao prendê-lo, motivado por razões sentimentais, com requintes de crueldade, mata-o com um tiro na cabeça, ato este que deveria ser tratado levando o criminoso ao conhecimento da justiça, para o mesmo ser julgado e punido respeitando a dignidade da pessoa humana e cumprindo as leis estabelecidas. Seus métodos de investigação, também, são um tanto quanto questionáveis, pois usa de informantes de conduta criminosa, ficando assim devendo favores aos mesmos. Apesar de sua fama de usar de artifícios antiéticos e ilegais para a solução de crimes, o Tenente Vrinkis é bem quisto por todos de sua repartição. Já o Tenente Klein tem vários problemas de convivência harmônica. Até mesmo em sua repartição não consegue criar vínculos de amizade. Fica obsecado com a ideia de ser sempre superior ao Tenente Vrinkis, fato esse que o leva a cometer vários desvios de conduta como tomar atitudes impensadas e sob efeito de álcool ocasionando a morte do melhor amigo do Vrinkis, o Tenente Eddy Valence (Daniel Duval) e ferindo vários outros policiais, prejudicando a operação do seu rival na prisão da quadrilha de assaltantes.
Com o desenrolar do filme, podemos observar que estas atitudes resultam em um desfecho trágico para ambos. O Tenente Vrinkis, por dever favores ao seu informante, leva-o à cena de um homicídio triplo, e inesperadamente, ficou assim como cúmplice do mesmo. Fato este que quando chega aos conhecimentos do Tenente Klein, que se aproveitando da informação, denuncia o mesmo à Corregedoria de polícia, que é julgado e condenado à 8 (oito) anos de prisão e consequentemente a perda do Cargo.
O desfecho pior, porém, se deu ao Tenente Klein. Depois da morte do Tenente Eddy foi montado uma Comissão de Ética, a pedido do Vrinkis, para avaliar se Klein teve responsabilidade no desfecho desastroso de sua Operação policial para prender os assaltantes. O processo citado foi arquivado pelo fato do requerente estar preso e ter perdido seu cargo, ficando assim isento de ser responsabilizado. Consequentemente, por não haver mais concorrência, o Tenente Klein é designado ao posto de Diretor Geral do 36, causando revolta por parte dos amigos do Vrinkis.
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