Resumo Filme Arquitetura da Destruição
Por: José Machado • 21/5/2019 • Artigo • 377 Palavras (2 Páginas) • 214 Visualizações
Filme “Arquitetura da destruição”: observa o padrão estético na propaganda nazista. Os ideais de limpeza da raça estão a questão da beleza e da saúde. A ideia de purificação nazista trouxe a perseguição e eliminação dos judeus. A estética nazista propunha criação de uma raça pura ariana. A arte nazista prega a volta aos ideais clássicos, às formas perfeitas e à escultura no estilo grego.
Nesse sentido, a estética nazista se contrapõe a arte moderna e original que nascia na época. Traduz a arte moderna como algo degenerativo, na qual retratam obras com formas torcidas e desproporcionais, relacionando-a a pessoas degeneradas e com doença mental. Os artistas modernos foram combatidos por usarem a arte como instrumento de protesto politico com tendências marxistas. A arte moderna passa a ser questionada e é atrelada a grupos revoltosos como judeus e bolchevistas.
O ideal nazista buscava um símbolo de perfeição e beleza para a Alemanha, utilizando para tal propósito a propaganda de purificação da raça, com ataque aos judeus como forma de oferecer saúde e limpeza. Nesse momento questiona-se como o nazismo, servindo-se de uma propaganda ideológica e alienante, angariou a confiança do povo para um regime tão violento.
Para responder isso, há que se recorrer a tese trazida no texto “A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica”, de Walter Benjamin. Segundo o autor, a reprodução de obras de arte sempre foi passível de reprodução, sendo que com as novas tecnologias permitiu-se a massificação da reprodução das artes. A fotografia e o cinema, entre outros, capitanearam mudanças que teriam retirado da arte elementos como o espaço-tempo (ou aqui e agora). O aqui e agora se torna coletivo, possibilitando uma produção em série. A arte passa a ser pensada nos moldes de reprodução e não mais no espaço-tempo. A perda da autenticidade gera mudanças na função social da arte que passa a se fundar na política.
Benjamim cita o cinema como elemento de massificação e de forte difusão, reforçando a sua função politica. E os nazistas como poucos utilizaram dos instrumentos difusores para disseminar as suas concepções de beleza e arte: a estética nazista. O Estado controla a cultura de massa. O filme de Peter Cohen enfatiza como a arte e sua reprodutibilidade técnica amplificaram o regime nazista.
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