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A Republica Platão

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Por:   •  4/12/2014  •  5.364 Palavras (22 Páginas)  •  612 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: História Antiga

DOCENTE: Luiz Fernando

DISCENTE: Gustavo Felipe da Silva R.A.83255

A República de Platão

INTRODUÇÃO:

O presente trabalho visa discorrer a cerca de “A República”, um diálogo escrito por Platão, como se fosse Sócrates quem está a discursar, onde ele expõem suas ideias, principalmente o sonho de uma vida harmônica, fraterna, que dominasse para sempre o caos da realidade. Sua teoria política amadurecida defende a aristocracia intelectual e não a hereditária, nem nobiliárquica. Afirmava que: "Os sábios deverão dirigir e governar, e os ignorantes deverão segui-los." Ele descreve o Mito da Caverna, o que é um filósofo e como é uma sociedade justa entre outras ideias. 

Ele cria a sociedade ideal através de diálogos sobre leis e determinar como constituir uma sociedade justa, como determinar sua organização, seu governo e quais qualidades seus governantes deveriam ter. A educação avaliaria as aptidões de cada um. O Estado ideal se forma de acordo com as conclusões obtidas durante o diálogo. Platão apresenta uma reflexão sobre como deve ser governada uma cidade dentro do principio de justiça, usando o método de argumentação de Sócrates. É uma resposta aos defeitos da democracia ateniense do seu tempo. 

Platão idealiza uma cidade de pura racionalidade representada nas figuras dos dirigentes e guardiães. Os discípulos são dóceis e capazes de renúncias impostas pela razão. O príncipe é filósofo e personaliza perfeitamente o demiurgo terreno. Ele reconhece a utopia desse projeto no final do livro IX de sua obra. Os trabalhadores não eram cidadãos por não participarem da contemplação teórica da verdade nem da práxis política. Platão tenta ligar o destino das pessoas ao destino da cidade. 

A República se divide em dez livros onde Platão expõe seu pensamento do que seja o Estado ideal. Sócrates debate diversos temas, desde as vantagens e desvantagens da velhice, passando pelo tema central que é o discurso sobre justiça e injustiça, passando pela cidade ideal, os filósofos, o mundo sensível e inteligível, até as conclusões sobre o destino da alma. 

LIVRO I 

O Livro I começa com a ida de Sócrates ao Pireu para participar de uma festa religiosa em honra de Ártemis. Vai até a casa de Polemarco a seu pedido e encontra-se com o pai dele. A conversa entre Sócrates e Céfalo é a respeito das vantagens e desvantagens da velhice. 

Sócrates dialoga com Céfalo sobre a justiça, o qual afirma que justiça é ser justo é não adquirir bens ilícitos e nunca faltar com a verdade. Esse diálogo se transforma numa conversa a respeito da virtude da justiça.Com a saída de Céfalo, Polemarco entra no diálogo e afirmar que a justiça é fazer bem aos amigos e o mal aos inimigos, restitui a cada um, o que lhe é de direito, ao que Sócrates responde ser necessário distinguir, antes, entre os verdadeiros e os falsos amigos e inimigos, para não haver engano. O homem justo deve agir como tal e não apenas parecer justo. Sócrates tenta mostrar a deficiência da concepção da justiça defendida por Simônides, segundo a qual "é justo restituir a cada um aquilo que se lhe deve e que o justo é "fazer o bem a seus amigos" e o "mal a seus inimigos". O propósito de Sócrates é mostrar que as palavras não devem ser admitidas sem antes submetê-las ao exame do que nelas se diz. 

A partir da conversa inicial com Céfalo e Polemarco sobre o que é a justiça Sócrates expõe sua visão de que em nenhum caso é justo fazer o mal a alguém, seja amigo ou inimigo, seja justo ou injusto.O sofista Trasímaco entra no diálogo e desafia Sócrates a rebater o argumento de que a justiça consiste no interesse do mais forte, de quem possui o poder. O confronto entre Sócrates e Trasímaco é devido as suas posições antagônicas. Enquanto Sócrates procura discernir a essência da justiça, o sofista defende a posição de que não existe justiça independente das relações entre dominador e subordinado, e a justiça é estabelecida pelos interesses dos mais fortes sobre os mais fracos.

A justiça sendo arbitrária implicaria em que a injustiça ficasse esvaziada de todo conteúdo moral. Não se distingue entre real e verdadeiro, não cabendo qualquer dialética entre o ser e o parecer. A justiça seria aquilo que convém a quem detém o poder sendo a injustiça “aquela que dá o máximo de felicidade ao homem injusto, e a maior das desditas aos que foram vítimas de injustiças” como ressalta Trasímaco, não haveria razão para o justo ser sempre mais feliz. 

Na discussão Sócrates debate amplamente a questão sobre o que é justiça e se o exercício dessa virtude faz o homem feliz. Procura-se distinguir precisamente quem é justo ou injusto, feliz ou infeliz, progressivamente até sua formulação mais abstrata. Sócrates discursa sobre as diversas artes e afirma que cada uma defende o interesse daqueles a que ela se destinada. A justiça é um bem para os outros, pois também é uma arte, caso contrário se transforma em mercenária. 

Trasímaco defende a superioridade da injustiça sobre a justiça, ao passo que Sócrates argumenta de que a injustiça enfraquece a ação humana e gera discórdias, afirmando que somente o indivíduo justo é feliz, terminando assim o livro I. 

LIVRO II 

Insatisfeitos com o rumo da conversa, os mais exigentes obrigam Sócrates a começar uma discussão mais sólida sobre a verdadeira natureza da justiça e da injustiça e os efeitos que cada uma sobre a alma.

Glauco espera ver Sócrates empregar o máximo de sua refutação para provar que a justiça é infinitamente superior à injustiça. 

Sócrates tenta convencer Trasímaco que a justiça é superior a injustiça. 

A discussão que se segue com Glauco e Adimanto possibilita que Sócrates leve a discussão para o tema central da obra, ou seja, a justiça na “polis”. Da contradição entre o ser e o parecer justo ou injusto, feliz ou infeliz, Sócrates constrói uma dialética do ser e do parecer através da crítica à cidade injusta e através da ordem social justa. Após o elogio à

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