A Socialdemocracia
Ensaios: A Socialdemocracia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: diegobiteli • 24/10/2013 • 985 Palavras (4 Páginas) • 243 Visualizações
A socialdemocracia
Dois acontecimentos políticos marcaram o período posterior à Segunda Guerra Mundial: a guerra fria e o surgimento do Estado do Bem-Estar Social (Welfare State), ou a socialdemocracia. No final do século XX, instalou-se o neoliberalismo.
• A guerra fria
A guerra fria foi a divisão política, econômica e militar entre dois grandes blocos: o bloco capitalista, sob a direção dos Estados Unidos e o bloco comunista, sob a direção da União Soviética e da China. Uma das principais razões para essa divisão foi militar, isto é, a invenção da bomba atômica, que punha fim às guerras convencionais.
O símbolo dessa guerra foi a divisão da Alemanha em Ocidental e Oriental, e estava fisicamente concretizado no “Muro de Berlim”, para controlar a entrada e saída de pessoas da Alemanha Ocidental para a Oriental.
No começo, cada bloco julgava que a posse de armamentos nucleares lhe daria mais poder para eliminar o outro, pouco a pouco perceberam que por causa da “corrida armamentista” teriam armas para detonar o mundo todo. A guerra teria de ser portanto, guerra fria – espionagem, financiamento de guerras localizadas, apoio soviético a guerras anticoloniais, desestabilização norte-americana de regimes socialistas instituídos na área de poder dos Estados Unidos, etc.
Depois de quase 50 anos a guerra fria terminou com o fim do regime soviético.
• A socialdemocracia e o Estado do Bem-Estar Social
Desde muito cedo, entre os marxistas, surgiu uma indagação: a passagem do capitalismo ao comunismo deveria ser feita necessariamente por uma revolução ou poderia ser realizada por um conjunto crescente de reformas? A política socialista era proposta por partidos que se denominavam socialdemocratas, sendo que a expressão “socialdemocracia” indica a política da esquerda reformista.
Embora, antes da Segunda Guerra, várias experiências de tipo socialdemocrata tenham sido realizadas, pode-se falar numa presença mais firme e ampla da socialdemocracia somente a partir do final dos anos 1940. Por essa ocasião, a socialdemocracia instiuiu-se como política do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), implantada como defesa do capitalismo contra o perigo do retorno do nazifascismo e da revolução comunista nos países capitalistas avançados do hemisfério norte.
Inspirando-se nas idéias do economista inglês John Keynes, a socialdemocracia passou a combater a anarquia econômica liberal por meio do Estado, passando a intervir na economia. Além dos direitos sociais, também atende demandas de cidadania política, como o sufrágio universal.
A economia política que sustentava o Estado do Bem-Estar Social possuía, grosso modo, três características principais:
1. o fordismo na produção, isto é, as grandes plantas industriais que realizavam a atividade econômica desde a produção da matéria-prima até sua distribuição no mercado de bens e de consumo, controlavam por meio do planejamento e da chamada (“gerência científica”), a organização do trabalho, a produção de grandes estoques e o controle dos preços;
2. a inclusão crescente dos indivíduos no mercado de trabalho, orientando-se pela idéia de pleno emprego;
3. monopólios e oligopólios que embora, transnacionais ou multinacionais, tinham como referencia reguladora o Estado nacional.
Em suma, o Estado do Bem-Estar Social introduziu a república entendida estruturalmente como gestão dos fundos públicos, os quais se tornam pré-condição da acumulação, da reprodução do capital e da reprodução da força de trabalho por meio das despesas sociais.
Por meio da guerra fria e do Estado do Bem-Estar Social, o bloco capitalista procurou impedir, nos países do Terceiro Mundo, rebeliões populares que desembocassem em revoluções comunistas. O perigo dessas revoluções comunistas existia por dois motivos principais: ou porque os países do Terceiro Mundo eram colônias dos países capitalistas, ou porque neles a desigualdade econômico-social, a miséria e as injustiças eram de tal monta que, nas colônias, guerras de libertação nacional e, nos demais países rebeliões populares podiam acontecer a qualquer momento
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