A república
Por: Ugo Rodrigues • 30/3/2015 • Dissertação • 306 Palavras (2 Páginas) • 212 Visualizações
Não temos como negar que Sócrates foi um grande filósofo, pois a partir de simples pressupostos ele encontra grandes conclusões, mas isso não que dizer que Sócrates sempre esteve certo, pois ele ainda é um humano, e como tal é fadado a erros.
A filosofia apresentada no Livro IV no diálogo A República é brilhante, mas suas bases não são “sólidas”, e como sabemos, se a base do pensamento lógico não for sólido, então todas as conclusões estarão na maioria das vezes erradas.
A lógica de Sócrates parte do pressuposto que uma cidade justa é uma cidade organizada e que uma cidade organizada é uma cidade feliz (justiça = organização = felicidade).
Para Sócrates uma cidade organizada será aquela cujos cidadãos fazem somente o trabalho que lhes convém sem interferir no trabalho dos outros, e o trabalho que devem fazer será o que for natural indicado.
O problema surge quando nos perguntamos: “Como definiremos qual o trabalho que alguém é naturalmente indicado?” Pois só sabemos que Beethoven e Mozart são grandes compositores porque eles tiveram a oportunidade de conhecerem e aprenderem sobre os instrumentos musicais, do contrario nunca teríamos conhecimento das suas existências.
Outra pergunta que nos deparamos é se quando alguém descobrir para o que é naturalmente apto ele desejará este trabalho. Um exemplo disso seria alguém nascer para ser soldado mas desejar ser fotografo. Então ele teria que passar o resto da sua vida exercendo uma profissão que não gosta?
A cidade perfeita de Sócrates só seria possível se os humanos fossem máquinas naturalmente destinadas a fazerem uma função e assim desejassem.
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