ANÁLISE DA SÉRIE SHERLOCK
Ensaios: ANÁLISE DA SÉRIE SHERLOCK. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Renatad.123 • 10/6/2013 • 1.290 Palavras (6 Páginas) • 577 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
Renata Karine de Souza
São Luís – MA
2012
Renata Karine de Souza
ANÁLISE DA SÉRIE SHERLOCK
Objetivo: Trabalho apresentado à disciplina de metodologia científica para obtenção da segunda nota
1. Introdução
O pensamento analítico tem como objetivo explicar as coisas através da decomposição em partes mais simples, que vão ser mais fáceis de ser explicadas ou solucionadas, sendo, dessa forma, melhor entendidas, e assim, proporcionar um melhor entendimento do todo. De uma forma mais simples, o comportamento do todo vai ser explicado pelo comportamento das partes.
Este tipo de pensamento é central na solução do problema, para solucioná-lo é preciso subdividi-lo em problemas menores, que vão receber soluções particulares e uma vez solucionado os problemas menores, estará solucionado o maior. Ele pode ser subdividido nos seguintes métodos: Método da concordância ( positiva e negativa), método da diferença, método da combinação de concordância e diferença, método dos resíduos e método das variações concomitantes.
Sherlock Holmes faz uso desse método para solucionar vários tipos de crimes, o seu cérebro funcionaria como um mecanismo sofisticado que havia sido programado para decifrar crimes. Desta forma, fora do campo criminal, a capacidade mental de Sherlock é comum e, em muitos aspectos, deficiente e sem penetração. Fora de sua especialidade ele seria um homem desamparado, que quando não se ocupa de um caso, cai em estados depressivos, isso pode ser percebido no início do terceiro episódio da primeira temporada, onde ele se encontra entediado por não estar solucionando nenhum crime, que a seu ver seja interessante.
Sherlock possui as seguintes habilidades: capacidade de observação e dedução; raciocínio retrospectivo ou analítico; conhecimentos específicos; imaginação para alternativas de investigação e estratégia; paciência (nunca teoriza sem ter todos os indícios possíveis); separa sempre o essencial do acidental; elimina tudo o que é impossível; cria hipóteses que deverão ser provadas; e tem o cuidado para não criar uma solução complexa tendo uma mais simples à mão.
Tendo como base o conhecimento sobre o pensamento analítico conseguimos fazer a análise de algumas cenas, da primeira temporada, da série britânica Sherlock, incluindo-as em cada uma das subdivisões desse raciocínio.
2. Desenvolvimento
Método da Concordância:
Cânone 1.
“Se dois ou mais casos do fenômeno objeto da investigação têm apenas uma circunstância em comum, essa circunstância única em que todos os casos concordam é a causa (ou o efeito) do fenômeno.” (J. S. Mill, A system of Logic, L. III, c. 8, § 1, ano 1843).
Ou seja, o primeiro exemplo desse método a ser ilustrado é o caso dos suicídios em série, onde o único fator que ligam todos eles é o uso do mesmo veneno. Já que todos ocorreram em lugares, com pessoas e situações distintas. Cenas do primeiro episódio.
Método da Diferença:
Cânone 2.
Se um caso em que o fenômeno sob investigação ocorre e um caso em que não ocorre têm todas as circunstâncias em comum menos uma, ocorrendo esta somente no primeiro, a circunstância única em que os dois casos diferem é o efeito, ou a causa, ou uma parte indispensável da causa, do fenômeno.
(J. Stuart Mill, Ibidem, § 2)
Em uma parte interessante da série (no terceiro episódio), o Moriarty sequestra vítimas e as usa para falar com o Sherlock. As vítimas devem repetir exatamente o que ele fala, ou então serão mortas se Sherlock não resolver um enigma. Mas acontece que uma das vítimas é uma idosa que mesmo após o caso solucionado, morre, pois o fator que a fez morrer não foi à falha na resolução do caso, mas sim porque ela descreveu a voz do Moriarty. Ou seja, a única exceção foi o fator causal da morte.
Outro exemplo que pode ser usado é um caso também do terceiro episódio, onde um homem havia supostamente se matado se jogando de cabeça em um trem. Partindo de um pressuposto que todas as pessoas que se matam se jogando de cabeça em um trem, deixam uma quantidade substancial de sangue nos trilhos. Mas nesse caso, o fator diferencial foi justamente o fato de haver pouco sangue nos trilhos, o que levou à conclusão de que a vítima havia morrido em outro lugar.
Método da Combinação de Concordância e Diferença:
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