AVA DPP 4
Por: nhcz • 9/4/2015 • Relatório de pesquisa • 644 Palavras (3 Páginas) • 366 Visualizações
Pubalgia
A pubalgia, também conhecida como pubeíte ou osteíte púbica, é em uma condição dolorosa da sínfise púbica ou na origem adutora que se agrava gradativamente com o esforço físico e melhora com realização de repouso e exercícios fisioterápicos. É um quadro que gera dor na virilha e na região central do osso púbis. Ela é mais frequente em jogadores de futebol, mas também acomete corredores de longa distância e geralmente atrapalha bastante a rotina de treinos e competições.
A pubalgia pode ser do tipo aguda (pubalgia traumática) ou crônica (pubalgia crônica) sendo sua causa movimentos repetitivos, o mecanismo de lesão engloba movimentos de hiperextensão repetitiva do tronco em associação com hiperabdução da coxa, com tração do periósteo na inserção do músculo reto abdominal ou na origem do músculo adutor longo da pelve. Acredita-se que o excesso de tração muscular com vetores multidirecionais leve a degeneração da sínfise púbica.
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Podemos pensar no osso púbis como um cabo de guerra. Acima dele se inserem os músculos abdominais e abaixo os músculos adutores do quadril (que fecham o quadril). A pubalgia acontece quando um dos lados do cabo puxa mais forte do que o outro, ou seja, quando um dos grupos musculares se sobrepõe de forma exagerada sobre o outro. Em geral os músculos adutores levam a vantagem sobre os abdominais, o que também gera inflamação na inserção dos músculos adutores no púbis.
O diagnóstico da pubalgia é realizado através de uma avaliação dos sintomas, juntamente com uma avaliação biomecânica. No exame clínico, observa-se a presença de uma exacerbação de sensibilidade no tubérculo púbico anterior. A dor também pode ser minimizada pela flexão do quadril, rotação interna e contração da musculatura abdominal. O importante no diagnóstico é estabelecer uma relação entre o histórico e o exame físico. Pelos exames de imagem, a radiografia simples pode mostrar a degeneração da sínfise púbica e a ressonância magnética, mostra edema ósseo característico da lesão. Para diferencial diagnostico nota-se que a lesão ocorre em 12% dos casos bilateralmente, 40% dos casos, inicia-se na região são os adutores; 6% dos casos ocorrem na área perineal; 70% dos casos, ha um aumento gradual da dor; e em 30% dos casos, tem início traumático e doloroso.
O tratamento da pubalgia deve incluir medidas anti-inflamatórias e restauração do equilíbrio muscular da região. Para isso os músculos abdominais devem ser treinados a ficarem contraídos durante toda a prática de qualquer atividade física. Visa basicamente o fortalecimento, alongamento e reequilíbrio dos grupos musculares envolvidos na lesão. Em associação com a questão abdominal, os músculos adutores também podem estar “puxando” o osso púbis com muita força devido à falta de atividade adequada dos músculos extensores do quadril. É um mecanismo compensatório do corpo: quando um músculo não trabalha direito outro músculo tem que fazer o trabalho em dobro.
Outra alternativa de tratamento é a cirurgia que envolve basicamente a tenotomia (liberação tendinea) dos tendões adutores e do reto abdominal em sua inserção comum na púbis, com o paciente posicionado em mesa de tração, seguida da curetagem (“raspagem”) e perfuração do tubérculo púbico a fim de se estimular a migração de células-tronco para a revitalização da área da lesão. Tudo isso através da incisão clássica de Pfannenstiel e, preferencialmente, auxiliada por um medico urologista a fim de se evitar a lesão da uretra, bexiga e demais estruturas do aparelho geniturinário.
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