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Abordagem discursiva do racional e do raciocínio sobre a mente

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Por:   •  13/8/2014  •  Artigo  •  390 Palavras (2 Páginas)  •  386 Visualizações

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Na Filosofia clássica : "operaçäo intelectual que se efectua por uma sequência de operaçöes elementares e sucessivas". Um conhecimento discursivo opöe-se a um conhecimento intuitivo ou imediato. Pode-se assim assemelhar discursivo a racional, e discurso a razäo.

O discurso é a traduçäo normalmente aceite do termo grego - logos. A lógica é uma ciência reflexiva do discurso. O discurso é entäo uma sequência ordenada de enunciados de onde cada um extrai o seu valor a partir dos que o precedem, e dos quais é conclusäo. Um discurso verdadeiro encontra a sua verdade na sua coerência, mas também na evidência do seu ponto de partida. O discurso científico näo tenta fundar-se a si mesmo e encontra o seu ponto de arranque a partir de um domínio do real reconhecido como interessante em si, com tendência posterior a alargar-se. Do mesmo modo, o discurso matemático parte de axiomas ou decisöes sem se mostrar interessado ou capaz de os/as revelar.

Para a filosofia tradicional, a pluralidade dos discursos coerentes (aqueles nos quais näo é possível encontrar erros lógicos) constitui um escandalo.No entanto , a filosofia ambiciona constituir o seu discurso em sistema, eliminando todo o recurso a um conhecimento intuitivo, täo evidente a certos espíritos como duvidoso para outros. O discurso hegeliano constitui-se assim em discurso absolutamente coerente no qual o racional é efectivamente real (wirklich) e o efectivamente real - racional.

O ser possível uma revolta contra o discurso uni-total hegeliano mostra que o discurso näo pode deduzir a estrutura una do mundo. Deixando de lado como inessencial o que Kierkegaard (o individuo), Marx (a práxis real) ou Heidegger (o Da-sein) retêm como fundamental, o discurso uni-total (absolutamente coerente) mostra que ele ainda vai escolher entre um inessencial e um essencial em funçäo de um critério näo pensado.

O real é entäo o que se diz no discurso, o conjunto dos discursos, racionais ou näo, que os homens construiram sobre o real no curso da história. A filosofia poder-se-à fazer Arqueologia segundo Michel Foucault, tentando descrever as formaçöes discursivas, resultados de estratégias e de práticas, livrando a história do pensamento da sua "sujeiçäo transcendental"; uma vez que o real e o discurso säo um, é possível conseguir sobre os discursos humanos historicamente havidos o que a lógica formal conseguia por sobre o discurso racional e a lógica transcendental por sobre o

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