Biografia de Quino
Bibliografia: Biografia de Quino. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 29/10/2014 • Bibliografia • 2.270 Palavras (10 Páginas) • 893 Visualizações
Biografia de Quino:
Quino (1932) é um quadrinista argentino conhecido por ter criado o personagem Mafalda.
Seu nome de batismo é Joaquín Salvador Lavado. Nasceu na Argentina e é filho de imigrantes espanhóis. O apelido Quino foi dado pelos familiares por conta do seu tio, que tinha o mesmo nome. Quino aprendeu a desenhar cedo, aos 3 anos de idade.
Órfão de pai e mãe já na adolescência entrou na Faculdade de Belas Artes, mas o abandonou depois da morte dos pais.
Depois de várias frustrações, consegue finalmente em 1954 vender o seu primeiro trabalho para um jornal argentino. O primeiro livro de humor foi lançado em 1963, o "Mundo Quino". Mas o seu personagem principal viria no próximo ano: Mafalda. A menina contestadora, inteligente e que odiava sopa conquistou não só a Argentina, mas países como o Brasil, Portugal, Espanha e Itália, só para citar alguns.
Em 1976, Quino muda-se para a Itália, onde passa viver em Milão. Isso foi importante para aumentar a divulgação de seu trabalho.
Quino recebeu vários prêmios internacionais e publica seus desenhos pelo jornal Clarín.
http://www.e-biografias.net/quino/
Na Argentina aconteceram seis golpes de estado durante o século XX, em 1930, 1943, 1955, 1962, 1966 e 1976. Os quatro primeiros estabeleceram ditaduras provisórias enquanto os dois últimos estabeleceram ditaduras de tipo permanente segundo o modelo de estado burocrático-autoritário. O último levou a cabo uma guerra suja na linha do terrorismo de Estado, no que foram violados massivamente os direitos humanos, com dezenas de milheiros de desaparecidos.
Nos 53 anos que transcorreram desde o primeiro golpe de estado em 1930, até cair a última ditadura em 1983, os militares governaram 25 anos, impondo 14 ditadores com o título de «presidente», um cada 1,7 anos. Nesse período todas as experiências de governo eleitas democraticamente (radicais, peronistas e radical-desenvolvistas) foram interrompidas mediante golpes de estado.
Golpe de 29 de março de 1962[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: José María Guido
José María Guido, único ditador civil da série de golpes de estado na Argentina.
O golpe militar de 29 de março de 1962 teve elementos tragicômicos que determinaram que não fosse um militar, senão um civil, quem acedera ao governo logo de derrocar o Presidente Arturo Frondizi (radical intransigente).
Frondizi suportou durante o seu governo reiteradas insurreições militares, mediante as quais chegaram a impor mesmo o Ministro de Economia (Álvaro Alsogaray) e terminaram no golpe de 29 de março de 1962, liderado pelo general Raúl Poggi.
O fato que precipitou o golpe foi a ampla vitória do peronismo nas eleições realizadas onze dias antes, em dez das quatorze províncias, incluindo a estratégica Província de Buenos Aires, onde triunfou o dirigente sindical têxtil Andrés Framini. O peronismo fora banido pela ditadura militar de 1955, mas Frondizi voltou a habilitá-lo eleitoralmente, embora mantendo a proibição a Juan Perón de apresentar-se como candidato e voltar para o país. Frondizi imediatamente interveio as províncias nas quais ganhara o peronismo, mas o golpe era ineludível.
Produzido o levantamento militar a 29 de março de 1962, o Presidente Frondizi, detido pelos militares na Ilha Martín García, recusou renunciar («não me suicidarei, não renunciarei e não marcharei do país»).12 Isso levou a intermináveis movimentos, ameaças e gestões que esgotaram os líderes da insurreição, quem se foram dormir antes de assumir formalmente o poder. Na manhã do 30 de março, o general Raúl Poggi, líder da insurreição vitoriosa, dirigiu-se para a Casa Rosada para se fazer cargo do governo, e surpreendeu-se com o fato de os jornalistas comentar-lhe que um civil, José María Guido, jurara como presidente no palácio da Corte Suprema de Justiça.13
Guido era um radical intransigente que presidia provisoriamente a Câmara de Senadores, devido à renúncia do Vice-presidente Alejandro Gómez. Tendo em conta isto, a noite do golpe, alguns advogados relacionados com a Corte Suprema de Justiça da Nação, entre eles Horacio Oyhanarte, tomam o derrocamento de Frondizi como um caso de acefalia e assume a presidência Guido por se encontrar na linha sucessória.
Entre incrédulos, surpreendidos e indignados, os militares golpistas terminaram aceitando a contragosto a situação e convocaram a Guido na Casa Rosada para lhe comunicar que seria reconhecido como presidente, em tanto e enquanto se comprometesse por escrito a executar as medidas políticas indicadas pelas Forças Armadas, sendo a primeira delas anular as eleições ganhas pelo peronismo. Guido aceitou as imposições militares, firmou uma ata deixando constância disso e então foi habilitado por estes para se instalar com o título de «presidente», mas com a obrigação de fechar o Congresso Nacional e intervir as províncias.
Efetivamente Guido cumpriu as ordens militares, anulou as eleições, fechou o Congresso, voltou a proscrever o peronismo, interveio todas as províncias e designou uma equipa econômica de direita (Federico Pinedo, José Alfredo Martínez de Hoz, etc.).
Finalmente em 1963 voltou a convocar eleições limitadas, com proscrição do peronismo, nas quais resultou eleito presidente Arturo Illia (União Cívica Radical do Povo), sendo segundo o voto em branco, que muitos peronistas utilizaram como forma de protesto. Illia assumiu a presidência a 12 de outubro de 1963, sendo derrocado por um golpe militar a 28 de junho de 1966.
Golpe de 28 de junho de 1966
Generais Juan Carlos Onganía, Marcelo Levingston e Alejandro Lanusse, os três ditadores sucessivos da autodenominada «Revolução Argentina».
A 28 de junho de 1966 um levantamento militar liderado pelo GeneralJuan Carlos Onganía derrocou o Presidente Arturo Illia (União Cívica Radical do Povo). O golpe deu origem a uma ditadura autodenominadaRevolução Argentina, que já não se apresentou a sim mesma como «governo provisório», como em todos os golpes anteriores, mas que se estabeleceu como um sistema de tipo permanente. Este tipo de ditaduras militares permanentes, instalaram-se naquele tempo em vários países latino-americanos nesses anos (Brasil, Chile, Uruguai, Bolívia, Paraguai, etc.) e foi analisado detalhadamente pelo destacadopolitólogo Guillermo O'Donnell quem o denominou com a expressão deEstado burocrático autoritário.14
A Revolução Argentina ditou em 1966 um Estatuto que tinha nível jurídico superior à Constituição e em 1972 introduziu reformas constitucionais, algo que também a distinguiu das ditaduras anteriores. Em geral a ditadura adotou uma ideologiafascista-católica-anticomunista, apoiada abertamente tanto pelos Estados Unidos quanto pelos países europeus.15
A alta conflitualidade política e social gerada durante a Revolução Argentina e as lutas entre os diversos setores militares produziram dois golpes internos, sucedendo-se no poder três ditadores militares: Juan Carlos Onganía (1966-1970),Marcelo Levingston (1970-1971) e Alejandro Agustín Lanusse (1971-1973).
Economicamente a ditadura entregou o Ministério de Economia aos setores civis mais conservadores-liberais, cujo máximo expoente foi Adalberto Krieger Vasena, quem já fora ministro da Revolução Libertadora. Porém, durante a ditadura de Levingston, predominou um setor nacionalista-desenvolvista das Forças Armadas, que nomeou Ministro de Economia aoradical Aldo Ferrer.16 17
Acossada por uma insurreição popular crescente e generalizada, a ditadura organizou uma saída eleitoral com participação do peronismo (embora impedindo a candidatura de Perón), em 1973, na que triunfou precisamente o candidato peronistaHéctor J. Cámpora, com o 49,53% dos votos, assumindo a 25 de maio de 1973.
Cámpora renunciou para permitir eleições livres, nas quais ganhou Juan Perón com o 62% dos votos; porém, Perón faleceria menos de um ano após ter sido eleito, e o governo peronista, nas mãos agora da Vice-presidenta María Estela Martínez de Perón, seria também derrocado por um golpe militar em 1976.
Golpe de 24 de março de 1976
A 24 de março de 1976 uma nova sublevação militar derrocou a Presidenta María Estela Martínez de Perón instalando uma ditadura de tipo permanente (Estado burocrático autoritário) autodenominada «Processo de Reorganização Nacional», governada por uma Junta Militar integrada por três militares, um por cada força. Pela sua vez a Junta Militar escolhia um funcionário público com o título de «presidente», com funções executivas e legislativas.
Assim como a ditadura anterior, a Junta Militar sancionou em 1976 um Estatuto e duas Atas de caráter complementar com hierarquia jurídica superior à Constituição.18
O Processo foi governado por quatro juntas militares sucessivas:
• 1976-1980: Jorge Rafael Videla, Emilio Eduardo Massera e Orlando Ramón Agosti
• 1980-1981: Roberto Eduardo Viola, Armando Lambruschini, Omar Domingo Rubens Graffigna
• 1981-1982: Leopoldo Fortunato Galtieri, Basilio Lami Dozo e Jorge Isaac Anaya
• 1982-1983: Cristino Nicolaides, Rubén Franco, Augusto Jorge Hughes
Em cada uma destas etapas, as juntas designaram como «presidentes» de fato a Jorge Rafael Videla, Roberto Eduardo Viola, Leopoldo Fortunato Galtieri e Reynaldo Benito Bignone respectivamente, todos eles integrantes do Exército. Bignone, foi o único "presidente" que não pertenceu à junta.
O «Processo de Reorganização Nacional» levou adiante uma guerra suja na linha do terrorismo de Estado que violou massivamente os direitos humanos e causou o desaparecimento de dezenas de milheiros de opositores.19
Internacionalmente, a ditadura argentina e a violação de direitos humanos contou com o apoio ativo do governo dosEstados Unidos (salvo durante a administração de James Carter) e a tolerância dos países europeus, a União Soviética e aIgreja Católica, sem cuja inação dificilmente se podia suster. Assim mesmo, nesse momento instalaram-se com apoio norte-americano ditaduras militares em todos os países do Cone Sul da América (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Perue Uruguai) que coordenaram entre si e com os Estados Unidos a repressão, por meio de uma organização terrorista internacional denominada operação Condor.20
Em matéria econômica, a ditadura entregou formalmente os ministérios econômicos às associações empresárias mais conservadoras que impulsionaram uma política econômica abertamente desindustrializadora e neoliberal, com máxima expansão de uma dívida externa21 contraída de maneira fraudulenta e mediante mecanismos de corrupção, para benefício do setor privado:
• O Ministério de Economia a José Alfredo Martínez de Fouce, presidente do Conselho Empresario Argentino (CEA).
• A Secretaria de Pecuária à Sociedade Rural Argentina, representada por Jorge Zorreguieta (o pai de Máxima Zorreguieta, princesa de Holanda).
• O Banco Central à Associação de Bancos Privados de Capital Argentino (ADEBA).22
O Processo foi caracterizado por violência política e perseguição aos opositores, notadamente as facções de esquerda e direita do movimento peronista, sendo 30.000 pessoas desaparecidas aproximadamente. O governo militar sequestrou, torturou e assassinou milhares de dissidentes e suspeitos políticos de todos os tipos, incluindo médicos e advogados, que ofereciam apoio profissional aos perseguidos e estabeleceu centros clandestinos de detenção
Em 1982 o governo militar empreendeu a Guerra de Malvinas contra o Reino Unido, num acontecimento sobre o qual seguem muito obscuras as causas desencadeantes. A derrota infligida provocou a queda da terceira junta militar e meses mais tarde a quarta junta convocou eleições para 30 de outubro de 1983, nas quais triunfou o candidato da União Cívica Radical, Raúl Alfonsín, quem assumiu em 10 de dezembro de 1983.
Os chefes militares foram ajuizados e condenados, e muitos de eles levados a prisão, em complexos processos que se estenderam no tempo.
A ditadura militar chamada «Processo de Reorganização Nacional» foi a última. Se bem que entre 1987 e 1990 ocorreram várias insurreições militares, denominadas carapintadas, nenhuma delas conseguiu derrocar os governos democráticos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Golpes_de_Estado_na_Argentina
Mafalda é uma personagem de histórias em quadrinhos escrita e traduzida em imagens pelo cartunista argentinoJoaquín Salvador Lavado, mais conhecido como Quino. Ela animou as tiras cultuadas por fãs em todo o Planeta de 1964 a 1973. Esta personagem, que logo se tornou célebre entre os leitores de suas histórias, é uma garota constantemente inquieta com a trajetória do ser humano e a paz no mundo.
Esta menina rebelde, inconformada diante do contexto mundialrecente, tornou-se extremamente popular em todo o continente europeu e na América Latina. Inúmeras vezes ela foi comparada à criação do norte-americano Charles Schulz, Charlie Brown, especialmente pelo escritor Umberto Eco, em 1968, que via em ambos um temperamento triste e suave. Este autor também caracterizava Mafalda como uma protagonista propensa à ira, justamente por não aceitar as coisas como elas são.
As aventuras de Mafalda foram narradas em três veículos – Primera Plana, El Mundo e Siete Días Illustrados. Quino foi sempre um autor exigente, doando-se integralmente a sua criatura, com um estilo distinto de outros cartunistas, que dividiam sua produção com outros artistas e desenhistas. Ele fez questão de manter um vínculo direto com sua personagem, responsabilizando-se sozinho por ela. Assim, não foi difícil para o autor descobrir o momento exato em que ela deveria interromper sua trajetória e partir, antes que qualquer leitor pudesse se dar conta de que ela tinha completado sua jornada.
Mafalda foi provavelmente criada no contexto histórico conhecido como Pós-Guerra Fria. Seu criador, o cubano David Viñas, sob um regime ditatorial, encontrou nesta personagem uma forma de expressar suas meditações sobre um mundo recém-globalizado, integralmente capitalista, no qual o comunismo está quase totalmente ausente. Assim, ele podia criticar as leis cubanas e transmitir sua visão de mundo sem ser atingido pelas malhas da repressão.
Esta garota rebelde nasceu, portanto, em 1962, pronta para protagonizar um cartoon publicitário destinado a ser divulgado no jornal argentino Clarín, mas, devido a uma súbita ruptura do contrato, este trabalho foi inutilizado. Mafalda só se transformou em um cartoon concreto graças ao estímulo de Julián Delgado, amigo de Quino, então editor-chefe do Primera Plana, veículo semanal.
A tira de Mafalda foi lançada no exemplar de 29 de setembro de 1964, mas somente Mafalda e seus progenitores foram apresentados nesta edição; o personagem Filipe é acrescentado em janeiro de 1965. Mas uma divergência de natureza legal aparece em 9 de março deste mesmo ano e o quadrinho é suspenso. Uma semana depois, porém, Mafalda ressurge em versão diária no El Mundo de Buenos Aires.
Manolito e Susanita são elaborados em poucas semanas e, quando a mãe de Mafalda descobre que está esperando um bebê, o veículo no qual a tira circula entra em falência, no dia 22 de dezembro de 1967. Em 2 de junho de 1968 a história em quadrinhos renasce no jornal Siete Días Illustrados.
No dia 25 de junho de 1973 Quino encerrou a publicação das tiras de Mafalda. Depois disso ele raras vezes a ressuscitou, apenas em momentos muito vinculados à imagem da personagem, como as lutas pelos Direitos Humanos. Em Buenos Aires, capital da Argentina, uma praça foi batizada com seu nome, uma prova da importância desta personagem.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mafalda
http://www.mafalda.net/pt/geschichte.php
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