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Darwinismo contra o criacionismo

Relatório de pesquisa: Darwinismo contra o criacionismo. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/11/2014  •  Relatório de pesquisa  •  906 Palavras (4 Páginas)  •  264 Visualizações

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Darwinismo x Criacionismo

De onde vem a ordem que vemos no universo?

Contrariamente ao que pensa o senso comum "científico", sabemos pouco mais do que sabia Aristóteles. "Descobertas revolucionárias" se amontoam. O debate se dá hoje, como antes, ao redor da questão: como o acaso pode organizar o pó atômico e "fazer" o olho ver? Como demonstrar empiricamente esse processo ancestral? Os gregos usaram a palavra "lógos" para descrever a perceptível "racionalidade nos elementos". Os cristãos disseram que esse lógos era Cristo. Outras culturas supõem ritmos harmônicos que estabelecem continuamente essa ordem.

A pergunta pela origem eficiente das coisas (Aristóteles) implica outra, essencial: a origem define o destino? Origem e sentido da vida sempre se reuniram na contemplação do lógos eficiente (a ordem). A controvérsia que opõe o darwinismo ao criacionismo (que não significa mulheres de saia e cabelos compridos nem homens autoritários com a Bíblia na mão) - ou teoria do "design inteligente", herdeira direta da união entre o "primeiro motor" aristotélico e o Deus de Abraão - não é apenas uma querela sobre como a poeira cósmica começou a pensar, mas uma discussão acerca do sentido profundo da vida.

Darwinismo

O darwinismo nasce em meio ao naturalismo do século 19 (e seu positivismo e pânico malthusianos) e avança em direção à cosmologia e à psicologia. Na sua face cosmológica, o darwinismo ortodoxo é a forma mais séria de ateísmo que existe. Freud, Marx, Feuerbach e Nietzsche se batem contra as representações históricas de Deus, e só uma filosofia fraca leva esse ateísmo a sério. Atacar Deus "a sério" é enfrentar a herança aristotélica. É "derreter" o designer imaterial, "mostrando" como a mistura de pó, acaso e repetição inercial, ao longo de uma infinidade de tempo, foi capaz de atingir o ato de pensar. O darwinismo é a teoria da autossuficiência da matéria. A agressão sistemática sobre genes que têm resistido ancestralmente ao ambiente (adaptar-se é função dessa relação) e que, portanto, só podem se reproduzir a partir do que "sobrou" deles (essa é a tese do acúmulo de design cego) é a chave para a seleção natural, que produz, assim, uma ordem adaptada "sem querer". Essa é a cegueira, não há intencionalidade no processo. Em nós, o sonambulismo dos elementos naturais foi rompido. Somos "mais sofisticados" do que nossa origem, afirmação antirreligiosa por excelência. Os criacionistas afirmam (o óbvio) que falta muito em termos empíricos para saltar da biologia à astrofísica ou ao lógos molecular e, daí, à alma racional. E mais: a única "prova definitiva" da teoria da adaptação é seu produto, ou seja, os adaptados, que são, por sua vez, definidos como tal pela teoria que depende deles para se sustentar racionalmente. Qualquer cético reconhece a circularidade do argumento. Como tudo que é sério, isso vai além do que a ciência pode saber. Provar que Deus não existe é impossível. A teologia "científica" pode chegar, talvez, até um Darwin "profeta".

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