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FILOSOFIA MODERNA – QUESTÃO DO CONHECIMENTO

Por:   •  27/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.241 Palavras (17 Páginas)  •  372 Visualizações

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FILOSOFIA MODERNA – QUESTÃO DO CONHECIMENTO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        

1.        John Locke (1632-1704)        

2.        Iluminismo, a Luz da Razão (1650-1800)        

3.        David Hume (1711-1776)        

4.        IMMANUEL KANT (1724- 1804)        

CONCLUSÃO        

REFERÊNCIAS        

INTRODUÇÃO

Nosso trabalho se inicia no fim da transição do feudalismo para o capitalismo, com o homem dando continuidade à busca da razão para o entendimento de si mesmo e do mundo ao seu redor.
             Como vocês poderão observar; essa busca por novas maneiras de compreender o mundo leva a criação de novas teorias com relação ao conhecimento e de novas tecnologias produtivas que moldarão a sociedade de forma radical, na política, na economia e na cultura.
             Tais transformações só foram possíveis graças ao trabalho de bravos e corajosos homens, que desafiaram a maneira de pensar da época e acima de tudo, amavam a sabedoria.

  1. John Locke (1632-1704)

Nascido na cidade pequena de Wrington, Inglaterra, foi criado em Pensford nas proximidades de Bristol. Vindo de uma família puritana da religião anglicana, religião está de denominação cristã.

Estudou em Westminster School, posteriormente, em Oxford que era considerada como centro cultural mais moderno da Inglaterra, na época. Foi lá que teve contato com o pensamento de John Owen (1616-1683) e René Descartes (1596-1650), que o influenciaram em sua trajetória filosófica.

Locke atuou em diversos campos, como medicina, teologia, anatomia, filosofia e política.

Na política iniciou a partir de 1665, onde tinha a função de secretário para a Apresentação de Benefícios, cuidando de todos os problemas eclesiásticos.

Como médico chamou a atenção de Lord Anthony Ashley Cooper (1621- 1683). Na França, onde inicialmente se exilou, devido a problemas políticos que teve no seu país em 1675, foi secretário do Conselho do Comércio e Agricultura que Ashley havia criado.

Foi através de Lord Ashley que Locke novamente na política participou da elaboração de uma constituição para a cidade de Carolina/ Estados Unidos, que mais tarde se tornou estado americano.

Nesta mesma época que começou a redigir o Ensaio Sobre o Entendimento Humano, no qual trabalhou por mais de 20 anos.

Após um período na França e na Holanda, voltou ao seu país em 1688 e participou de forma atuante da Revolução Burguesa Gloriosa, movimento político que levou ao trono da Inglaterra Guilherme de Orange, revolução esta, que deu fim ao absolutismo monárquico, instituindo o parlamentarismo, estabelecendo a superioridade das leis sobre as vontades dos reis.

A partir de então, pode se dedicar livremente as atividades intelectuais, publicando diversas obras, dentre elas podemos destacar as de maior contribuição: Cartas Sobre a Tolerância, Ensaios Sobre o Entendimento Humano e os Dois Tratados Sobre o Governo Civil.

Locke foi considerado um dos pais do empirismo inglês, movimento que acreditava nas experiências, como a base do conhecimento, o ponto inicial de análise, desqualificando o pensamento das ideias inatas, que seriam aquelas que nascem com a pessoa.

Contrário ao inatismo, Locke defendia a teoria de que o conhecimento deriva da prática, em sua obra Ensaio Sobre o Entendimento Humano, ele afirmava que no instante do nascimento nossa mente é como uma “tabula rasa” (tábua lisa), como uma folha de papel em branco.

O filósofo defendia que as experiências sensíveis e seu processamento interno são de onde se originam as ideias que possuímos, e que são adquiridas ao longo da vida.

Sendo assim, para Locke, o intelecto humano não pode surgir do nada, nem o espírito traz em si memórias e conceitos, e sim as experiências que são a fonte e o limite do intelecto. Com este pensamento, podemos afirmar que mesmo uma pessoa que na sua infância tenha vivido em meio à sociedade, e por algum motivo na sua adolescência venha viver isolado no deserto, irá mesmo estando sozinho estabelecer horários pré-determinados, para comer, dormir, utilizaria pedras e troncos para sentar, fazendo de suas experiências adaptações ao seu novo meio em que vive.

Locke dividiu, basicamente em dois tipos de ideias:

  • Ideias da sensação: que são nossas primeiras ideias, aquelas que vêm das experiências sensoriais, das sensações, ele entendia por sensação, as ideias de quente, frio, mole, duro, amargo, doce etc. Ideias moldadas pelas qualidades próprias dos objetos externos.
  • Ideias da reflexão: Combinações e associações das sensações por reflexão, fazendo com que a mente desenvolva uma série de ideias não obtidas de coisas externas, como a percepção, o crer, o raciocinar, etc., sendo o nosso sentido interno, onde nossa mente olha para si mesma, analisando suas próprias operações.

Com este pensamento, o filósofo transportou suas teorias para o campo sociopolítico, se não existiam ideias inatas, também não poderia existir poder inato (ou de origem divina), como antes era defendido pelos adeptos do absolutismo.

Ele foi um dos primeiros dos tempos modernos a se ocupar com a questão dos papéis sexuais, expressando pensamentos liberais, que vieram durante o Iluminismo francês, na política chamou a atenção para o fato de termos que separar o Poder Legislativo do Poder Executivo, defendendo o princípio da divisão de poderes, Montesquieu (1689-1775), inspirou-se nele para formular a teoria da separação dos três poderes, evitando a tirania e o abuso do poder.

Defendeu também os direitos que constitui a natureza humana (liberdade, vida, bens), e a criação de leis capazes de proteger essa natureza, estes direitos inalienáveis.

Com todo este pensamento e ideias políticas, Locke foi considerado por alguns filósofos, o pai do Empirismo e do Iluminismo, tornou-se um dos inspiradores para a criação de várias constituições, seu pensamento exerceu influência na fundamentação ideológica da democracia liberal burguesa, divisão de valores iluministas como a tolerância religiosa, o respeito pela liberdade individual, o sistema educacional e a livre iniciativa econômica.

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