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HOMEM CULTURA E SOCIEDADE

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Por:   •  4/3/2014  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  721 Visualizações

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Os racionalistas (Descartes) diziam que o conhecimento vinha da razão.

Os empiristas (Locke, Hume) diziam que o conhecimento vinha da experiência

Kant resolve a briga dos dois grupos dizendo que as duas coisas tem que andar juntas para a produção do conhecimento. Que temos juízos a priori na nossa cabeça e que os aplicamos depois que vivemos a experiência sensível com os objetos a conhecer.

INATISMO PLATÔNICO: aplica a teoria da reminiscência. Que nascemos com a razão e as ideias verdadeiras, e a filosofia nada mais fazem do que relembrar essas ideias. Existem dois filósofos como exemplo a falar do inatismo: Platão e Descartes.

O inatismo afirma que ao nascermos trazemos em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras, que, por isso, são ideias inatas. Sem experiências sensoriais.

A tese central dos inatista é a seguinte: se, desde nosso nascimento, não possuirmos em nosso espírito a razão com seus princípios e leis e algumas ideias verdadeiras das quais todas as outras dependem, nunca teremos como saber se um conhecimento é verdadeiro ou falso, isto é , nunca saberemos se uma ideia corresponde ou não a realidade a que ela se refere. Não teremos um critério seguro para avaliar nossos conhecimentos.

O empirismo, ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas ideias, é adquirida por nós pela experiência. Antes da experiência, dizem eles (os filósofos empiristas), nossa razão é como uma folha e branco, onde nada foi escrito. A razão é uma maneira de conhecer e a adquirimos (por meio da experiência sensorial) no decorrer de nossa vida.

O CRITICISMO KANTEANO COM RESPOSTA AO RACIONALISMO E AO EMPIRISMO

Inatistas e empiristas, isto é todos os filósofos parecem ser como astrônomos geocêntricos, buscando um centro que não é verdadeiro. Parecem, diz Kant, “como alguém que, querendo assar um frango, fizesse o fogo girar em torno dele e não o frango em torno do fogo”.

Qual o engano dos filósofos? Considerar que o conhecimento se inicia tendo como ponto de partida a realidade: no caso dos inatistas como Descartes, a realidade inicial é o interior, o espírito, a alma humana, que Descartes chama de “coisa pensante”, ou “substancia pensante” no caso dos empiristas, a realidade inicial é exterior, o mundo ou a natureza. Ora, diz Kant, “o ponto de partida da filosofia não pode ser a realidade (seja interna, seja externa) e sim o estudo da própria faculdade de conhecer ou o estudo da razão”. De fato os filósofos anteriores, em lugar de, primeiro e antes de tudo, estudar o que é a própria razão e indagar o que ela pode e o que não pode conhecer, o que é a experiência e o que ela pode e não pode conhecer; em vez, enfim, de procurar saber o que é conhecer, o que é pensar e o que é verdade, preferiram começar dizendo o que é a realidade ( a natureza e o espírito humano), afirmando que ela é racional e que, por isso, pode ser inteiramente conhecida pelas ideias da razão. Colocaram a realidade (tanto a do mundo exterior como a da alma humana) ou os objetos do conhecimento no centro e fizeram a razão, ou o sujeito do conhecimento, girar em torno dela.

Façamos, pois, uma revolução copernicana em filosofia, escreve Kant em sua obra crítica da razão pura: até agora, julgava-se “que nosso conhecimento devia ser regulado pelos objetos”, Copérnico, escreve Kant, “não completou sua explicação, ela foi completada e corrigida por Kepler e Newton, que mostraram que o que ele julgava ser uma boa hipótese era, realmente, a verdadeira e necessária explicação astronômica”. À maneira copernicana (isto é, do heliocentrismo como teoria cientifica demonstrada), prossegue Kant “demonstremos, também de maneira universal e necessária, que os objetos se adaptam ao conhecimento e não o conhecimento aos objetos”. Ou seja, comecemos colocando no centro a própria razão.

Não é a razão a Luz Natural? Não é ela o Sol que ilumina todas as coisas e em torno do qual tudo gira? Comecemos, portanto, pela Luz Natural no centro do conhecimento e indaguemos: “O que é ela?”, “O que ela pode conhecer?”, “Quais as condições para que haja conhecimento verdadeiro?”, “Quais são os limites que o conhecimento humano não pode transpor?”, “Como a razão e a experiência se relacionam?”

Comecemos, então, pela razão porque, por meio de seu estudo, compreenderemos o que são o sujeito do conhecimento e o objetivo do conhecimento. Comecemos pela crítica da razão pura.

Por que crítica? Com essa palavra, Kant quer dizer que não serão examinados os conhecimentos que a razão alcança e sim as condições nas quais o conhecimento racional é possível. Por que pura? Porque se trata do exame da razão antes e sem os dados oferecidos pela experiência, tal estudo não é empírico. Ou seja, é a priori (tem prioridade com relação à experiência é anterior à experiência e não provem dela) e não a posteriori ( é posterior à experiência e depende da experiência). Kant diz que ele é transcendental dizendo que chama de transcendentral “todo conhecimento que, em geral, se ocupa menos dos objetos e mais de nosso modo de conhecer, na medida em que este deve ser a priori”.

O que é razão?

A razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdos. Essa estrutura (e não os conteúdos) é que é universal, a mesma para todos os seres humanos, em todos os tempos e lugares. Essa estrutura é inata, isto é, não adquirida pela experiência e independente da experiência, portanto, a estrutura da razão é a priori.

Porem, os conteúdos que a razão conhece e nos quais ela pensa, esses sim dependem da experiência. Sem ela, a razão seria sempre vazia, inoperante, nada conheceria. Assim, a experiência fornece a matéria (os conteúdos) do conhecimento e esta, por sua vez, fornece a forma (universal e necessária) do conhecimento. A matéria do conhecimento, por ser fornecida pela experinecia, vem depois desta e poor isso é, no dizer de Kant, a posteriori.

Qual o engano dos inatistas? Supor que os conteúdos ou a matéria do conhecimento são inatos quando o que é a estrutura da razão.

Qual o engano dos empiristas? Supor que a estrutura da razão é adquirida por experiência não é causa das ideias.

Dessa maneira, a estrutura da razão é inata e universal, enquanto os conteúdos são empíricos e podem variar no tempo

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