História da Filosofia Moderna: Perspectivas Racionalistas
Por: misis • 4/3/2018 • Relatório de pesquisa • 973 Palavras (4 Páginas) • 280 Visualizações
Universidade Federal do ABC
História da Filosofia Moderna: Perspectivas Racionalistas
Prof.ª Luciana Zaterka
Isis Mustafa de Assis - 21042715
DESCARTES, René - São Paulo: Martins Fontes, 1996. Discurso do Método.
Primeira Parte - considerações acerca das ciências (páginas 5 a 14)
p. 5
§ 1 Descartes começa seu discurso apontando que todos os homens possuem o chamado bom senso, ou seja, a capacidade de distinguir o verdadeiro do falso, e este é igualmente dividido entre todos. No entanto, o fato de haver multiplicidade de pensamentos e ideias advém do método que utilizamos para guiar nossa razão, como aplicamos o bom senso que nos é natural.
p. 6
§ 1 Humildemente o filósofo reforça que não há nele qualquer diferenciação do restante dos mortais no que refere ao seu espírito/bom senso, justificativa para o seu argumento de que a diferença está somente nos caminhos que seguem nosso pensamento.
“[...] pois, quanto à razão ou senso, visto que é a única coisa que nos torna homens e nos distingue dos animais, quero crer que está inteira em cada um.”
§ 2 Descartes mostra o quanto está convencido de que sua descoberta progrediu e muito na busca pela verdade e na construção de uma nova filosofia.
p. 7
§ 2 É importante observar que ele se coloca à disposição de ser julgado e de reconhecer, se assim lhe for apresentado, seus erros e progredir com eles.
§ 3 cito:
“Assim, meu propósito não é ensinar aqui o método que cada um deve seguir para bem conduzir sua razão, mas somente mostrar de que modo procurei conduzir a minha.”
p. 8 - 10
Descartes descreve nestes parágrafos suas experiências no colégio La Flèche.
Atenção especial às palavras dele sobre aquilo que aprendeu como filosofia:
§ 2 p. 9 “Que a filosofia proporciona meios de falar com verossimilhança de todas as coisas, e de se fazer admirar pelos menos sábios.”
p. 11
No entanto, de todas as coisas que aprendeu nos anos de colégio, Descartes destaca a matemática pela certeza que confere naquilo que se aplica, diferente da verossimilhança proposta pela filosofia com seus fundamentos nada sólidos e neblinosos.
§ 2 “Comprazia-me sobretudo com as matemáticas, por causa da certeza e da evidência de suas razões; mas não percebia ainda seu verdadeiro uso e, pensando que só serviam para as artes mecânicas, espantava-me que, sendo tão firmes e sólidos os seus fundamentos, nada de mais elevado se tivesse construído sobre eles.”
p. 12 e 13
Se debruçando sobre quais eram suas percepções acerca da filosofia e das ciências todas outras, percebe que desconfiava de todas por saber que suas bases não são sólidas, embora não tivesse a presunção de fazê-las melhor uma vez que foram pensadas pelos mais excelentes espíritos da história.
p. 13
Quando atinge a idade que lhe permite sair dali, René se coloca a procurar as verdades no mundo, saindo para viajar e conhecê-lo além daquilo aprendido até ali através dos livros e professores.
§ 2 “E, resolvendo-me a não mais procurar outra ciência além da que poderia encontrar-se em mim mesmo, ou então no grande livro do mundo, empreguei o resto da juventude em viajar [...] Pois parecia-me que poderia encontrar muito mais verdade nos raciocínios que cada qual faz sobre os assuntos que lhe dizem respeito, e cujo desfecho deve puni-los logo depois, se julgou mal, do que naqueles que um homem de letras faz em seu gabinete, sobre especulações que não produzem nenhum efeito.”
p.
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