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Introdução à Sociologia

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Por:   •  1/6/2014  •  Tese  •  508 Palavras (3 Páginas)  •  384 Visualizações

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Aula de Sociologia - Norbert Elias: Introdução à Sociologia.

De acordo com o sociólogo alemão Norbert Elias, para se compreender o objeto da sociologia é necessário nos distanciarmos de nós mesmos, considerarmo-nos como seres humanos entre outros seres humanos. Para ele, a sociologia trata dos problemas da sociedade e a sociedade é formada por nós e pelos outros. Nesse sentido, aquele que estuda e pensa a sociedade é ele próprio um dos seus membros.

Conceitos como “família” ou “escola” referem-se essencialmente a grupos de seres humanos interdependentes, a configurações específicas que as pessoas formam umas com as outras. Elias acredita que as pessoas, através das suas disposições e inclinações básicas são orientadas umas para as outras e unidas umas às outras de diversas maneiras. Elas constituem teias de interdependência ou configurações de muitos tipos, tais como famílias, escolas, cidades, estratos sociais ou estados. Cada uma dessas pessoas constitui um ego e entre essas pessoas colocamo-nos nós próprios.

Dessa maneira, uma das tarefas fundamentais da sociologia é a de alargar a nossa compreensão dos processos humanos e sociais e adquirir uma base crescente de conhecimentos mais sólidos acerca desses processos. Mas, ainda nesta esfera, as pessoas verificam que estão sujeitas a forças que a compelem. Quando isso acontece, procuram compreendê-las para que, com a ajuda deste conhecimento, possam adquirir certo controle sobre o decurso cego dessas forças compulsivas.

O objetivo da sociologia é, então, orientar essas forças de modo a encontrar-lhes significado. Por isso, é fundamental para o ensino da sociologia e para a sua prática de investigação, a aquisição de uma compreensão geral das forças que atuam na sociedade e um aumento de conhecimentos seguros das mesmas, através de campos especializados de investigação. Por isso, o autor se esforçou em conceituar essas forças sociais como forças exercidas pelas pessoas, sobre outras pessoas e sobre elas próprias.

Neste percurso, descobriu que o elevado grau de autocontrole na consideração dos fenômenos naturais, o realismo e a “racionalidade” de pensamento e ação nestes domínios, já não são exclusivos de investigadores especializados. Hoje, essas são atitudes básicas sustentadas por pessoas de todas as sociedades industriais. Nessas sociedades, a vida das pessoas, mesmo nos seus aspectos mais íntimos, foi sendo gradativamente invadida pela técnica e pelos seus princípios, que governam todos os nossos pensamentos e ações.

De acordo com Elias, cabe à sociologia a investigação sistemática da dinâmica das interconexões sociais, onde as configurações são formadas por grupos interdependentes de pessoas, organizados em estados e não por indivíduos singulares interdependentes.

Para o autor, o fato das sociedades humanas serem constituídas por seres humanos, ou seja, por nós próprios, faz com que esqueçamos muito facilmente do seu desenvolvimento, estrutura e funções dos domínios físico-químicos e biológicos. E chama a atenção para o quanto é importante que haja uma compreensão gradual e crescente de todos esses domínios. Nesse sentido, ele afirma que, os contatos que temos uns com os outros são tão banais e quotidianos, que facilmente escodem o fato de que somos atualmente o objeto de investigação

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