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Kaufmann - o religioso herda a Terra

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Por:   •  18/11/2014  •  Artigo  •  2.432 Palavras (10 Páginas)  •  442 Visualizações

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Kauffman – shall the religious inherit the Earth

Kauffman acha que o fundamentalismo é uma coisa boa para o mundo e esta vindo para acabar com o secularismo. É o tempo dos homens e não de Deus. Uma sociedade secular é aquela que não considera valores dogmáticos religiosos, são decisões sociais e politicas que agem de forma imparcial em relação a influencia religiosa.

Kauffman diz que o secularismo esta a beira de um colapso e os fundamentalistas estão prestes a dominar o mundo.

O que construiu o secularismo foram 2 acontecimentos na historia europeia:

• Surgimento da técnica  Ciência: as pessoas passaram a levar em conta a ciência, se o seu carro quebra, você leva ao mecânico.

• Surgimento do estado moderno: quando acontece um problema entre você e alguém, você procura resolver na justiça.

Esses 2 acontecimentos, levaram a religião para o 2o plano. Essa sociedade secular normalmente esta vinculada a um estado laico  que não tem uma religião como oficial

A vida secular abraça modos modernos de vida; emancipação feminina, casamento gays, divorcio, etc.

A vida secular se desvincula da vida religiosa; as pessoas valorizam a vida universitária, levam em conta a ciência. Nos anos 60, achava-se que a vida secular iria tomar conta do mundo.

Características da vida secular: individualismo, autocentrada, quer realizar seus próprios sonhos, investimentos em vínculos pouco duradouros, principal sonho é a vida profissional, quer ter poucos filhos, voltada para o consumo de bens imediatos.  vida imediata, não ha preocupação com a vida após a morte. Acreditam na misericórdia de Deus, que serão perdoados, ou então, nem creem em Deus.

Daí surge o termo “fundamentalista” que surgiu positivamente entre os protestantes. Os fundamentalistas tem valores que não são pautados pela vida secular, eles pregam por dogmas de seus livros sagrados e são seguidos a risca. A principal arma no arsenal fundamentalista é a demografia, o mundo esta passando por uma mudança no crescimento da população em declínio. As mulheres sendo educadas, prosperidade, urbanização e a taxa de natalidade tem contribuído para a taxa global de diminuição da população.

Os fundamentalistas estão contrariando essa tendência global, Kauffman argumenta que todo lugar que você olha, os fundamentalistas religiosos estão se multiplicando. Por exemplo, os judeus ultra ortodoxos, antes eram uma minoria em Israel, hoje ja representam quase 1/3 da população. O mesmo crescimento pode ser notado nos muçulmanos e os mórmons. Tudo isso se da por causa do fundamentalismo religioso, diferente dos materialistas que abraçam o aqui e agora, estão felizes em fazer sacrifícios, estão satisfeitos com o seu estilo de vida não-consumista.

Eles vivem em grupos, então isso faz com que eles trabalhem duro para construir um mundo paralelo como suas próprias escolas, casas, universidades, hotéis, etc. Para manter os grupos sempre unidos para se procriar dentro desses grupos.

Kauffman não acha que o problema dos fundamentalistas venha a ser uma violência num futuro. A maior ameaça, segundo ele, é cultural: os fundamentalistas que poderiam substituir a razão e a liberdade com puritanismo moral. Essa ameaça é uma questão de percepção mais do que realidade, porque os fundamentalistas são contra qualquer noção de razão e liberdade. Puritanos são aqueles que vivem em condições e regras estabelecidas por uma moral rigorosa.

Os fundamentalistas vão renovar a cultura decadente da sociedade contemporânea. Ele acredita que a religião precisa ser mais racional do que a irreligião. As pessoas que acreditam em Deus são mais felizes do que os ateus.

Para os pobres, a religião não é apenas uma fonte de significado, mas sim um símbolo de resistência. Critica a sociedade arrogante e materialista secular. Diz que nao se pode acreditar que a ciência, arte ou humanismo podem substituir Deus. Kauffman afirma que é hora de pararmos de ter medo dos puritanos.

Geertz – A interpretação das culturas

Geertz dá uma definição bastante operativa de religião. Busca um denominador comum das religiões. Diz que as religiões são sistemas simbólicos, característica peculiar.

Símbolos  tem um significado além dele (é um significado simbólico é religioso) ganha uma densidade que quem não participa desse sistema não sente ou não reconhece a eficácia simbólica em si mesmo, apenas no outro que esta participando. Quem esta fora não sente nada, mas é capaz de reconhecer o sistema simbólico.

Ex: para os católicos, o Papa é um símbolo. Para os Judeus, a Torah nao é só um livro.

Há símbolos ancorados em lugares, objetos, pessoas e datas.

É um sistema simbólico que você enxerga racional e fisicamente. Você enxerga o sistema simbólico numa ligação entre o gesto e o conhecimento que tem aquilo. Os símbolos sao invisíveis, mas existem.

Nós somos animais simbólicos  a vida só ganha significado quando você reconhece os símbolos. Somente os ser humano é capaz de atribuir, tirar e interpretar significados.

As religiões são grandes sistemas simbólicos. Segundo Geertz, é um sistema de símbolos que gera poderosas, penetrantes e duradouras disposições e motivações nos homens através da formulação de conceitos. Neste aspecto o autor coloca a necessidade do aprofundamento sobre o real significado de cada símbolo, tanto quanto de cada ato simbólico, dos rituais religiosos, dos seus valores individuais para que se possa, a partir daí, julgar a desempenho do papel religioso de forma contundente na vida do homem.  religião é um sistema simbólico que te dispõe e te leva a fazer determinadas coisas.

O símbolo nos motiva. Esse sistema simbólico funciona devido a formulações gerais sobre a existência. Essas formulações gerais podem ser cosmopolicas.

Formulações gerais  assumem uma aura de fatualidade; esses sistemas simbólicos vestem essas concepções com a tal aura que as deposições e motivações parecem singularmente realistas.

Hoover – Rethink media, religion and culture

Como a religião vai mudando numa sociedade de atuação da mídia.  como ela vai influenciar dentro da religião? Ex: bola de neve escrevendo a bíblia numa nova linguagem  novas espiritualidades

1- o problema das aparições das religiões

2- pressão hermenêutica

3- comoditização

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