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Por:   •  12/3/2015  •  922 Palavras (4 Páginas)  •  439 Visualizações

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2.- CONHECIMENTO SENSORIAL E CONHECIMENTO INTELECTUAL.

Tanto o homem como os animais irracionais entram na posse cognitiva das realidades

sensoriais, tais como as cores, o movimento, as configurações, a dureza, o paladar, a

temperatura, o odor, o som, etc.

O homem, além de conhecer as realidades materiais na sua concreção factual, na sua

singularidade, tem a possibilidade de ultrapassar os limites do singular, aprendido pelos

sentidos corporais, e de aprender relações formais, de comparar, de analisar, de isolar

elementos, de generalizar.

Todo homem apreende, vagamente ao menos, os conceitos de bondade, de justiça, de

valores éticos convertidos em princípios de conduta, as verdades universais

intrinsecamente evidentes. Nesta forma superior de conhecimento, que ultrapassa as

limitações do conhecimento sensorial, o Homem define-se como racional, em

contraposição aos irracionais, que também conhecem, mas não raciocinam.

É claro que o conhecimento científico pertence ao grande gênero do conhecimento

intelectual. A ciência começa pela observação das coisas e termina pela demonstração

de suas causas. Por isso, dizemos que o conhecimento científico pertence ao gênero do

conhecimento intelectual.

Pergunta-se de que fonte tira principalmente os seus conteúdos a consciência

cognoscente. É a razão ou a experiência a fonte e a base do conhecimento humano?

Essa é a questão da origem do conhecimento.

3.- CONHECIMENTO VULGAR E CONHECIMENTO CIENTÍFICO.

Já ficou claro que existem duas espécies de conhecimento: conhecimento sensorial,

comum aos homens e aos animais, e o conhecimento intelectual que é privativo dos

seres humanos adultos normais.

Para que se possa caracterizar o conhecimento científico, convém que se o contraponha

a outros modos de conhecer.

O que distingue e caracteriza as diversas espécies de conhecimento são o modo de

conhecer e os instrumentos de conhecer.

Conhecimento vulgar.

O conhecimento vulgar, também denominado de conhecimento empírico, é o modo

comum, espontâneo, pré-crítico de conhecer. Conhecimento vulgar é conhecimento do

povo, conhecimento de oitava que atinge os fatos sem lhes inquirir as causas.

É evidente que todo homem comum bem informado é lógico nos seus arrazoados,

conhece psicologia e farmacologia; especialmente as mulheres que já tiveram filhos dão

consultas gratuitas e receitas “infalíveis” para as principiantes que lutam com o “gênio”

de seu primogênito e com as dores de barriga do recém-nascido.

Cumpre observar que, para qualquer homem, a porção maior de seus conhecimentos

pertencem à classe do conhecimento vulgar. Ninguém precisa ser teólogo para adotar

uma religião.

Conhecimento científico.

A ciência é fruto da tendência humana para procurar explicações válidas, para

questionar e exigir respostas e justificações positivas e convincentes. Este dinamismo

questionador peculiar ao espírito humano já se manifesta na primeira infância, quando a

criança multiplica seus “o quê” e seus “por que”, que chegam a embaraçar os adultos.

Conhecer perfeitamente é conhecer pelas causas; saber cientificamente é ser capaz de

demonstrar. O conhecimento científico difere do conhecimento vulgar e vai muito alem

deste, porque explica os fenômenos e não só os apreende.

Características que contrapõem o conhecimento científico ao conhecimento vulgar.

1. O conhecimento científico é privilégio de especialistas das diversas áreas das

ciências, enquanto o conhecimento vulgar é comum a todo ser humano, de

qualquer nível cultural.

2. O conhecimento científico é programado, sistemático, metódico, orgânico,

enquanto o conhecimento vulgar é ocasional, assistemático, ametódico, etc.

3. O conhecimento científico é critico, rigoroso, objetivo, enquanto o

conhecimento vulgar não questiona, não analisa, não procede com rigor de

método ou de linguagem, etc.

4.- CONHECIMENTO INTUITIVO E CONHECIMENTO CIENTÍFICO.

O fenômeno do conhecimento, embora pareça simples, envolve uma multiplicidade de

atos. Em primeiro lugar, os sentidos apreendem ou produzem ou evocam imagens, por

exemplo,

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