Melanina
Ensaios: Melanina. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nyule • 11/3/2015 • 1.946 Palavras (8 Páginas) • 339 Visualizações
introdução
O melanócito é uma célula dendrítica, especializada na produção de melanina, um pigmento de coloração marrom-escura. Estas células encontram-se na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme, além de estarem presentes também na retina. Originam-se da crista neural embrionária, apresentando um citoplasma globoso, de onde partem prolongamentos que penetram em reentrâncias das células das camadas basal e espinhosa, transferindo, deste modo, melanina para as células presentes nestas camadas.
A melanina é uma proteína produzida com o auxilio da enzima tirosinase, pois através dela o aminoácido tirosina é transformado primeiro em 3,4-diidroxifenilalanina, agindo também sobre este composto, convertendo-a em melanina. Esta enzima é produzida nos polirribossomos, introduzidas nas cisternas do retículo endoplasmático rugoso e acumulada em vesículas produzidas pelo sistema de Golgi, que recebem o nome de melanossomos, onde é iniciada a produção da melanina.
Quando o melanossomo está cheio de melanina, passa a receber o nome de grânulo de melanina. Este último migra pelos prolongamentos dos melanócitos e são depositados no citoplasma dos queratinócitos, que por sua vez, servem como depósito de melanina. Os grânulos de melanina irão se fundir com os lisossomos dos queratinócitos, sendo assim, as células mais superficiais da epiderme não possuem melanina. Nas células epiteliais os grânulos de melanina ficam em localização supernuclear, protegendo, deste modo o DNA contra os danos causados pelos raios solares.
Existem alguns distúrbios que podem afetar os melanócitos, gerando doenças, como: vitiligo, melasma ou cloasma, hipercromias, nervos melanocíticos e melanoma.
Desenvolvimento
O nevus melanocítico congênito (NCG), lesão cutânea que tem como características uma superfície elevada, rugosa, pilosa, com bordos irregulares e com pigmentação acastanhada, de acordo com a classificação mais utilizada mundialmente, deve possuir, pelo menos, 20 cm de diâmetro no adulto ou 8 cm na criança. São morfologicamente redondos ou ovais com bordas regulares ou irregulares e bem definidas e com o tempo adquirem pelos tornando-se nais escuras..
Corresponde ao nevo melanocítico presente desde o
nascimento ou que se desenvolve durante a infância a partir
de células névicas preexistentes. O nevo congênito está presente
em aproximadamente 1% dos recém-nascidos.
Enquanto os nevos pequenos e médios são relativamente
comuns, o nevo gigante, conhecido como nevo em "calção de
banho" em sua localização mais típica é uma condição rara,
com incidência estimada em 1 para cada 20 mil nascimentos
Classicamente apresenta as seguintes características
microscópicas:1
- presença nos 2/3 inferiores da derme, ocasionalmente
se estendendo até o subcutâneo.
- células névicas individuais distribuídas entre as fibras
colágenas.
- associação com apêndices cutâneos, nervos e vasos
localizados na derme reticular.
O envolvimento da derme está
presente desde o período neonatal, contradizendo a hipótese da
migração das células névicas no decorrer da infância. Estas
células profundas não se modificam com o decorrer da idade.3
O nevo melanocítico congênito pode ser classificado de
uma forma arbitrária conforme a medida do seu tamanho na
infância: pequeno (< 1,5 cm de diâmetro), médio (1,5 - 20 cm
no maior diâmetro) e gigante (> 20 cm de diâmetro). Porém
o mais racional é estabelecer a proporção da superfície cutânea
acometida pelo nevos, pois acredita-se que o risco de desenvolvimento
de um melanoma seria diretamente proporcional
ao tamanho do nevos.
Pode-se afirmar que os três principais problemas
relacionados com o nevo melanocítico congênito, sobretudo o
nevo gigante são: a possibilidade de transformação maligna, o
acometimento neurológico e as implicações relacionadas com
o aspecto estético. De todas sem dúvida alguma o mais preocupante
é o potencial de malignização.
Geralmente o nevo melanocítico pequeno apresenta
células névicas confinado as camadas superiores da derme, ao
passo que o nevo melanocítico gigante possui as características
histológicas clássicas já descritas. Dessa forma o melanoma
que se origina do primeiro tem freqüentemente origem epidérmica.
Em contra partida, mais de 2/3 dos melanomas oriundo
do nevo gigante se desenvolvem a partir da derme. A origem
desses pode ser de melanocíticos localizados em qualquer
nível entre a junção dermo-epidérmica e as meninges. Tanto
isso é importante que 3/4 dos tumores relacionados com os
nevos gigantes não se desenvolvem a partir dos nevos cutâneos,
mais sim de melanócitos localizados nos tecidos profundos,
notadamente nas meninges. 20% dos portadores de nevo
melanocítico gigante localizado no dorso superior e no segmento
cefálico apresentam alterações ao eletroencefalograma4,
bem
...