Mészaros
Por: Anelise Moreira • 27/8/2016 • Ensaio • 282 Palavras (2 Páginas) • 151 Visualizações
Nesta parte, intitulada A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a velhice, István Mészaros discorre sobre a importância de haver nos indivíduos uma concepção de educação e intelectualização mais amplas, em todos os aspectos da vida, incluindo dentro e fora da escola. Para Mészaros, é preciso que a educação trabalhe também de um modo mais amplo, ajudando assim a superar certa “alienação” inspirada de uma ordem social capitalista existente, ele coloca um argumento de Gramsci como exemplo de sua opinião, defendendo a posição de que é possível sim reconhecer que se pode haver mudanças de nossas visões no∕sobre o mundo, independente da opinião capitalista existente na sociedade. Gramsci diz:
[...] fora do trabalho, todo homem desenvolve alguma atividade intelectual; [...] portanto contribui para manter ou mudar a concepção do mundo.(p. 49)
Essa citação mostra a chamada “conclusão bifacetada” de Gramsci, entretanto uma posição, como dita no texto em questão, democrático.
É possível tornar essa educação sugerida pelo autor, de cunho emancipatório, possível desde que haja então uma “contra-internalização” ou “contra-hegemonia” da educação formal que segundo o autor, é preocupada em induzir certo conformismo nas classes menos abastadas, proletariado.
Em síntese, é preciso haver uma práxis, capaz de ajudar o indivíduo a pensar de forma que ele seja o agente de sua realidade, não tão somente voltada ao capitalismo, trabalhando de forma consciente desde sua infância até a velhice, tornando uma sociedade mais intelectualizada e consequentemente igualitária, no que se refere ao âmbito educacional.
REFERÊNCIAS
MÉSZAROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Bomtempo, 2005. 128 p.
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