NOS COMEÇAMOS CONFUSOS E TERMINAMOS CONFUSOS

“Nós começamos confusos, e terminamos confusos num nível mais elevado”.

Quando Alan Chalmers cita este velho provérbio em um de seus livros, define com excelência o andamento da teoria da ciência ao longo da história. Porém, deixa no ar muitas outras coisas que poderíamos enxergar deste modo, visto que temos presente esse sentimento de confusão em vários âmbitos da nossas vidas. Nos deparamos com tal sentimento todos os dias, por exemplo, frente a Filosofia, o amor, as relações interpessoais, etc.

Essa confusão nos tira da zona de conforto nos coloca em constante questionamento a respeito das coisas do mundo, nos deixa inquietos. A confusão do adulto é, em certa medida, equivalente ao espanto e curiosidade da criança e é, portanto, ela que nos leva além. Talvez, em parte, essa confusão tenha se perdido no ser humano, bem como a humanidade, à vontade, o querer saber, a liberdade. Talvez o mundo esteja podando todos nossos desejos ao longo de nossas vidas Embora a teoria da ciência que pode ser extraída da última parte deste livro pretenda ser um aperfeiçoamento de algo que veio antes, ela não está, certamente, isenta de problemas.

Seu propósito é dar conta dos desenvolvimentos recentes, explicando tão clara e simplesmente quanto possível algumas teorias modernas sobre a natureza da ciência, e eventualmente sugerir alguns aperfeiçoamentos. É o conhecimento científico que possibilita prever quando vai ocorrer alguma coisa ou explicar algo que alguns não conseguem. O objetivismo remove os indivíduos e seus julgamentos de uma posição de primazia em relação a uma análise do conhecimento. Desse ponto de vista torna-se possível dar uma explicação de mudança teórica que seja não relativista em importantes aspectos