O ACESSO DA CLASSE C AOS BENS E CONSUMO

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

RIVANDA ANDRADE DE OLIVEIRA

O ACESSO DA CLASSE C AOS BENS DE CONSUMO

Ilhéus

2012

RIVANDA ANDRADE DE OLIVEIRA

O ACESSO DA CLASSE C AOS BENS DE CONSUMO

Trabalho de graduação em Serviço Social: 2º semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, módulo II das disciplinas: Sociologia, Filosofia, Psicologia Social e Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social II.

Orientadoras: Sergio de Goes Barbosa

Márcia Bastos de Almeida

Lisnéia Aparecida Rampazzo

Adarly Rosana Moreira Goes

Ilhéus-Ba

Maio/2012

INTRODUÇÃO

Para compreendermos todo o processo de acesso da classe C aos bens de consumo se faz necessário analisar e compreender o comportamento e o perfil do consumidor desta classe.

No Brasil, o perfil do consumidor na hora de adquiri um produto ou serviço pode variar de acordo o grau de complexidade e o nível de envolvimento. É esse envolvimento que influenciará o consumidor no processo de tomada de decisão para compra. Podendo ser essas influências ambientais, psicológicas, diferenças individuais e culturais bem como fatores sociais.

Os projetos e programas que permitiram a acessibilidade dos indivíduos aos produtos e serviços, bem como, a tomada de consciência do seu poder de compra foram fatores determinantes para esta ascensão da classe C.

Além desses aspectos é preciso levar em conta que cada indivíduo é único e seu comportamento como consumidor será resultado da forma como o indivíduo se vê, e vê a vida no contexto histórico.

O acesso da classe C aos bens de consumo

Na última década o perfil sócio econômico do país mudou muito e uma dessas mudanças foi em reação ao crescimento e fortalecimento da classe C pela busca de produtos e serviços de qualidade no mercado.

Em tempos de Globalização, competitividade, informatização, crise financeiras entre outras coisas que abalam os mercados econômicos, sociais e financeiros podemos observar que as classes sociais crescem cerca de 4% ao ano, sendo que mais da metade dessa classe é formada de gente da classe C, ou seja, são ex-pobres que estão a cada dia que passa melhorando a sua qualidade de vida pois, essas mesmas pessoas antes não tinham a chance de terem uma conta em banco, não freqüentavam shopping , cinemas, não tinham acesso à internet, entre outras tantas coisas que só faziam parte do mundo daquelas pessoas consideradas ricas. Esses ex-pobres só consumiam o que realmente era necessário para sua sobrevivência, mas hoje a realidade deles já é diferente, pois os mesmos já podem usufruir além dos serviços acima mencionados, outros como: saúde; educação (fazer uma faculdade); lazer (viagens de avião, navio) e cultura em geral. Também podem adquirir produtos como: carros, casa própria, aparelhos eletrônicos (televisões de última geração, telefones celulares); eletrodomésticos (geladeira, fogão).

Sabemos que essas mudanças não acontecem da noite para o dia e sim resultado de múltiplos fatores como: mudanças demográficas, estabilizações de preços entre outros. Dados apontaram que classe C em 1992 era composta por 34,96% da população, em 2009 chegou a 50,5% e em 2011 passou a englobar mais da metade dos brasileiros. Se compararmos essa mudança a um bolo, essa migração alterou o rumo da divisão historicamente desigual do bolo no Brasil proporcionando o surgimento de um grupo com característico sócio cultural próprio. Em 2009 no Brasil a classe C foi responsável por R$ 881 bilhões de reais gastos em consumo de produtos e ou serviços sendo a maior fatia do total de R$ 2,2 trilhões do país.

Só na área da educação foram gastos com pagamentos de escola, material escolar, livros cerca de R$ 15,7 bilhões, sendo que em 2002 esse gasto foi de R$ 1,8 bilhões.

E como podemos analisar o essa mudança no comportamento do consumidor? Podemos analisar da seguinte