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O Bulling na Internet

Por:   •  8/6/2019  •  Artigo  •  1.773 Palavras (8 Páginas)  •  149 Visualizações

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Redes sociais e intolerância: O uso das redes sociais para expressar o ódio

A nova sociedade cresce com os olhos no celular, tablet, rede sociais e na opinião alheia está, muitas vezes desviando o olhar do amor. Essa nova maneira de opinar e não aceitar a opinião do outro criou um novo fenômeno que vem crescendo sem freio nas redes sociais: o ódio.

Vivemos em um tempo que a maioria das pessoas vivem ligados o tempo inteiro na internet, somos conectados o tempo inteiro com o mundo através de aparelhos com internet, sabendo o que estar acontecendo do outro lado do mundo na mesma hora. Vivemos na era digital.

Onde podemos descobrir tudo através da tela. Mas nesse artigo especificamente vamos falar de redes sociais? Você sabe o que é isso? O termo rede social é uma aplicação da web cuja finalidade é relacionar as pessoas. Assim, as pessoas que integram uma rede social podem conectar-se entre si e criar vínculos.

Elas permitem a criação de um perfil com limitações em sua acessibilidade que pode ser compartilhado ou não com quem solicite. As redes sociais tem mostrado um grande desenvolvimento nos últimos cinco anos, somando cada vez mais usuários e gerando constantemente serviços tangenciais que as tornam uma fonte de valor social como econômico. Começaram a desenvolver-se exemplos como MySpace, Linkedin, Facebook, Hi5 e Netlog. No ano de 2006 surgiu o twitter e nesta mesma época o Facebook se tornou um fenômeno e que teve ofertas multimilionárias para sua aquisição.

Desde então, o fenômeno das redes sócias se torna cada vez mais massivo e o Google decide integrar o desafio do Google+; esta plataforma consegue integrar diversos serviços que vão desde e-mail, chat, sites de hospedagem de arquivos, etc.

Nesse artigo vamos falar sobre duas redes sociais especificas: Facebook e Instagram e o seu lado negativo para a vida dos usuários.

2. Desenvolvimento

2.1 Sobre redes sociais

Vamos falar um pouco sobre o que alguns sociólogos falam sobre redes sociais.

O primeiro sociólogo que vamos falar é sobre Emile Durkheim. O autor fala solidariedade social. As relações que ligam todos em uma sociedade tendem, absolutamente, de acordo com o conhecimento coletivo de todos. Esse conhecimento, para o autor, é responsável por valores morais e sentimentos sociais, mais ainda: apresenta aquilo que precisamos como certo ou errado. A expressão aumentada das redes sociais força essa dualidade entre sim e não. O negativo, mais do que nunca, vem como algo ruim, inferior, capaz de destruir valores. Claramente que algumas mentiras terminam em processos na justiça, mas muita coisa continua impune.

A internet, com a variedade de veículos sociais que envolve, é o meio ideal para a maioria de princípios, ideias e valores. O problema reside na incapacidade que precisamos de compreender os efeitos e manter a razão. Afinal, a perfeição é uma avaliação inatingível para o ser humano.

O segundo sociólogo que vamos falar é sobre Manuel Castells. O autor Segundo Manuel Castells, sociólogo espanhol, na sua obra "Sociedade em rede", a internet se apresenta como principal agente de impactos sociais pelo seu forte papel influente.

 Nesse contexto, busca-se entender o crescimento das chamadas "Fake-News" - notícias falsas - viralizadas nas redes sociais devido a negligência dos indivíduos em difundirem informações sem bases confiáveis, ferindo a integridade de muitos, contribuindo para os crimes cibernéticos. Desse modo, nota-se a forte atuação desses boatos na contemporaniedade.

Em primeira análise, o avanço da tecnologia e a globalização são determinantes na rápida disseminação de informações, que, quando produzidas com perversidade, como calúnias e mentiras, afetam a integridade da vítima. Dessa maneira, retomando as ideias de Castells, as notícias se espalham pela rede, fazendo com que a vítima seja difamada e desprezada pela sociedade. Com isso, destaca-se que, pela falta de conhecimento, os usuários de rede tem sido verdadeiras "marionetes".

Ainda nesse contexto, nota-se o rápido giro das informações, sendo efêmeras e líquidas. Dessa forma, isso por ser embasado segundo a obra "Modernidade Líquida" do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, no qual retrata o mundo líquido moderno, onde tudo se esvai tão rapidamente. Nesse sentido, esse ideal de Bauman dá consistência no aumento das "Fake News" a partir de que os indivíduos não buscam informações mais sólidas e concretas.  

Logo, enfatiza-se a negligência da própria população na proliferação das mentiras na rede, sendo necessário medidas para resolver os entraves. Assim, urge que o Estado, nos âmbitos legislativo e executivo, reforce as leis vigentes quanto aos crimes cibernéticos, aumentando as punições aos propagadores das falsas mensagens. Ademais, poderia criar, através de investimentos da Receita Federal, um órgão exclusivo para controlar os falsos boatos. Com isso, seriam enxutos os perigos propiciados pela Fake News.

O terceiro sociólogo Zygmunt Bauman, que analisou o mundo contemporâneo de uma forma rígida. Um dos temas que ocupou seus pensamentos mais recentes é a Internet e as redes sociais. Ele não vê grandes virtudes nessas coisas. Pelo contrário, as define como armadilhas contemporâneas, nas quais as pessoas caem e se sentem satisfeitas. “O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, ganhou bilhões com sua empresa focando nosso medo da solidão. Isso é o Facebook”. Na verdade, não se refere apenas ao Facebook, mas a todas as redes sociais.

O sociólogo enfatizou que o grande mérito de Mark Zuckerberg foi perceber até onde chega o desejo humano de não estar sozinho. Em uma rede social, a solidão aparentemente não existe. Nas 24 horas do dia e nos 7 dias por semana há alguém “lá”, disposto a ler qualquer uma das nossas preocupações e a reforçar o fato de compartilhá-la, dar um “like” solitário.

As pessoas agora parecem dispostas a fazer parte de conversas totalmente inconsequentes, tudo para ficarem “conectadas”. Já não passam mais os dias acompanhadas por pessoas. Em seu dia a dia, o parceiro é um computador ou um smartphone. Para ele, são forças devastadoras às quais quase ninguém pode resistir. Têm um impressionante poder de congregação. Nunca antes na história havia existido algo assim.

No entanto, Zygmunt Bauman pensa que antes também não havia tanta comunicação que não conduzia a diálogo, que não dava frutos. Zygmunt Bauman diz que, no Facebook e redes sociais similares, o que as pessoas fazem é uma espécie de eco. Ouve-se apenas o que se quer ouvir. Fala-se apenas para aqueles que pensam o mesmo. As redes, então, são como uma imensa casa de espelhos. Permitem encontro, mas não diálogo. As redes sociais convidam você a se expor, a mostrar e demonstrar. Claro, escolhemos apenas os momentos mais apresentáveis ​​para mostrar. Somos pequenos ditadores no reino da nossa conta. Nós decidimos quem está e quem não está.

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