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O HIPERTEXTO : UMA ABORDAGEM DE UNIDADE INTRODUTÓRIA COM BASE NA OBRA INFOTOPIA DE C.R.SUNSTEIN

Trabalho Universitário: O HIPERTEXTO : UMA ABORDAGEM DE UNIDADE INTRODUTÓRIA COM BASE NA OBRA INFOTOPIA DE C.R.SUNSTEIN. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/10/2013  •  7.941 Palavras (32 Páginas)  •  472 Visualizações

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DOUTORANDA JOANA D’ÁRC DE SOUZA

O HIPERTEXTO: UMA ABORDAGEM DE UNIDADE INTRODUTÓRIA COM BASE NA OBRA INFOTOPIA DE C.R.SUNSTEIN

Porto Alegre, novembro de 2012.

DOUTORANDA JOANA D’ÁRC DE SOUZA

O HIPERTEXTO : UMA ABORDAGEM DE UNIDADE INTRODUTÓRIA COM BASE NA OBRA INFOTOPIA DE C.R.SUNSTEIN

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Porto Alegre, novembro de 2012.

O HIPERTEXTO : UMA ABORDAGEM DE UNIDADE INTRODUTÓRIA COM BASE NA OBRA INFOTOPIA DE C.R.SUNSTEIN

O intento deste ensaio limita-se a um aspecto da profunda transformação das formas de compreender e aprender na era das redes, a assim chamada sociedade da informação digital. O tópico escolhido para esse intento, ressalta-nos que há um enorme leque de outros temas importantes e relevantes ligados à sociedade da informação que não serão abordados neste texto. Vários deles são tão presentes e relevantes, que interferem, enquanto parâmetros epistêmicos, na própria validação do tema específico que se escolhe para abordar.

Para encaminhar o assunto, divide-se a presente exposição em dois momentos fundamentais. No primeiro deles, apresenta-se uma descrição breve de um projeto maior de pesquisa de tese sobre o qual desenvolvo leituras sobre hipertextos e redes sociais. Um segundo momento, ensaio uma abordagem de unidade introdutória para esta pesquisa a partir da hipótese de um quadro referencial que reside na obra do professor C. R. Sunstein, "Infotopia: How Many Minds Produce Knowledge "Infotopia: How Many Minds Produce Knowledge” [Infotopia: Como muitas mentes produzem conhecimento].

Esta presente mostra traz um dos principais argumentos metodológicos que venho desenvolvendo no interior de um projeto integrado à pesquisa, que tem como ideia central, discutir, a partir da hipótese de um quadro referencial que residirá na compreensão sobre o que é relevante ao suporte de texto filosófico, ao tratar-se a nova natureza de gênero textual, carregada de hiperlink e cenários digitais possíveis, que usa como ferramenta tipos textuais sequencias e estruturas subjacentes à composição de um gênero específico, o hipertexto filosófico.

Estes suportes, efeito das mudanças que começam a transformar o modo como se organiza a cultura que vivemos, enquanto estamos imersos nela, aponta-nos a priori um conjunto de marcas e de mudanças que atingem a especificidade do texto filosófico. Porém, não podemos definir um texto filosófico por meio de uma cláusula do tipo texto filosófico é A, B ou C, e somente aquilo que seja ABC poderá ser chamado de texto filosófico. Embora, estudar as distinções canônicas de um texto filosófico escrito em papel nos remete ainda a um estado de nostalgia sobre um conhecimento, mas esse feito não mais existe sem estar conectado ao digital. O que se propõe com o uso do hipertexto, como uma ferramenta tecnológica avançada que veicula ideias, é compreender a desterritorialização dos textos cristalizados, hierárquicos em sua autoria, sequencial e linear, desmontadas nas experiências hipertextuais, o que as torna potencialmente capazes de novas construções de sentido. Este suporte físico em formato específico que suporta, fixa e mostra um texto é um suporte de gênero, o hipertexto.

Neste compendio, as tecnologias digitais estão provocando uma revolução na própria construção e elaboração da escrita do texto filosófico, estabelecendo hábitos aos novos suportes de conhecimento de gênero hipertextual, através de um novo modelo cognitivo de contexto. Isto porque a sociedade da informação precisa tornar-se uma sociedade de aprendizagens permanente, pois as novas tecnologias da informação e da comunicação assumem, cada vez mais, um papel ativo na configuração cognitiva e nas relações de testemunho. Configuração (topos) à linguagem semântica socialmente interligada em um texto de base filosófica, fonte e lugar de informações para se crer ou não, em verdades, pois a nova maneira de compreender o espaço de novas tecnologias nos comunica uma nova maneira de compreender a realidade da qual fazemos parte.

Nesta configuração, o hipertexto não é uma simples técnica. É uma ação epistemológica aberta à interatividade de redes e de conectividade solidária que cria novas chances para as formas do conhecimento, i.é., nova dinâmica de pesquisa-aprendizagem. Todo este aparato é estranho, ou não ter nenhum sentido, para quem usa as novas tecnologias como máquinas de escrever e de redigir programas com alguns recursos a mais. Porém, começará a fazer sentido para quem redige textos com abundante manejo de mixagem redacional que inclui deslocamentos de porções textuais, recurso constante a muitos arquivos, abertura de multitelas, uso simultâneo da Internet, e de buscas. Àqueles que navegam nos robôs de busca do ciberespaço e cada vez mais ilimitado, encontram-se em um caminho sem retorno. Do ponto de vista técnico, o hipertexto é a passagem da linearidade da escrita para a sensibilização de espaços dinâmicos e abertos, estabelecendo um vasto conjunto de interfaces comunicativas, disponibilizadas nas redes telemáticas.

No interior de cada hipertexto, há um conjunto de nós interligados por conexões, nas quais os pontos de entrada podem ser palavras, imagens, ícones e tramações multidirecionais (links). No entanto, o hipertexto contém garantias de retorno para que os sujeitos interagentes, nessa navegação de cooperação coletiva, não se percam e se sintam seguros em sua navegação? A construção do conhecimento não é produto do ser humano isolado, mas da ação cognitiva cooperada entre sujeitos a partir de seus objetos, ou melhor, de sistemas cognitivos artificiais. Assim, quando redes de indivíduos estão conectados por intermédio de redes artificiais, estão conectados a relações de redes sociais. Uma rede social é sempre o conjunto de sujeitos e suas relações. Por exemplo, a internet é uma rede de redes, ela abriga agrupamentos sociais cuja relação de sujeitos

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