O Mito da Caverna

Alegoria da Caverna ou O Mito da Caverna

O que é?

Alegoria da caverna ou também conhecido como o mito da caverna, é mais uma alegoria do que um mito. Alegoria é uma passagem da obra A República, escrita pelo filósofo Platão. Ela narra o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato, e também é um dos textos mais lidos no mundo filosófico.

Essa passagem fala sobre prisioneiros desde o nascimento, que vivem presos acorrentados pelos pés e pelo pescoço, sem poderem olhar nem para um lado nem para o outro, e que passam todo tempo olhando para as paredes da caverna, que são iluminadas pela luz gerada por uma fogueira externa.

 Entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho, onde homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de todos os tipos, como figuras de seres humanos, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia a dia. Assim os prisioneiros viam as sombras das estatuetas projetadas pela luz, nas paredes da caverna. Os prisioneiros ficam dando nomes ás imagens, que são as sombras que eles viam, e ficam analisando e julgando as situações.

Um dia um dos prisioneiros saiu das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo fora da caverna. Entrou em contato com a realidade e percebeu que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por sombras. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficou encantado com a natureza, com os animais e etc...

        Ele voltou para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna e tudo que foi visto, para seus colegas ainda presos, mas ele foi ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam nas paredes iluminadas da caverna, só no que eles vêem. Os prisioneiros chamavam ele de louco e o ameaçava de morte caso ele não parasse de falar daquelas idéias consideradas absurdas e das coisas que ele viu.

O que Platão quis passar?

Platão quando escreveu Alegoria da Caverna/ O Mito da Caverna, ele quis passar que os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. Na Alegoria, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas nas imagens criadas pela cultura, conceitos, crenças e informações que recebemos durante a vida. A caverna seria o mundo em que vivemos, pois nos apresenta a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influencias culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.

Segundo a analise de CHUAI, Marilena. Convite á filosofia. São Paulo, Editora Ática, 2003.

• O que é a caverna?

O mundo de aparências em que vivemos

• Que são as sombras projetadas no fundo?

As coisas que percebemos

• Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna?

O filósofo

• O que é a luz do sol?

 A luz da verdade

• O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade?

 A realidade.

“A metáfora de Platão define a realidade como sendo composta de dois domínios, os quais são o domínio das coisas sensíveis e o domínio das idéias. Para ele a maioria da humanidade vive na infeliz condição da ignorância, ou seja, vive no mundo ilusório das coisas sensíveis as quais são mutáveis, não são universais e nem necessárias e, por isso, não são objetos de conhecimento. Este mundo das idéias, percebido pela razão, está acima do sensível (dominado pela subjetividade) que só existe na medida em que participa por primeiro, sendo apenas sombra dele. Mais tarde Aristóteles criticaria Platão dizendo que ele não havia questionado o que é participar.