O Método Dedutivo e Dialético
Por: ClariceMarque • 19/4/2018 • Trabalho acadêmico • 881 Palavras (4 Páginas) • 490 Visualizações
MÉTODO DEDUTIVO
CONCEITO
Método dedutivo é um processo de análise da informação que utiliza o raciocínio lógico e a dedução para obter uma conclusão a respeito de um determinado assunto. Ou seja, é o ato de concluir/enumerar minuciosamente fatos e argumentos (verdadeiros), para então chegar a uma conclusão verdadeira sobre os fatos específicos, onde toda a informação ou conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas.
ORIGEM
O método dedutivo tem origem atribuída aos antigos gregos, como Aristóteles, que contribuiu para a definição do método por meio do que ficou conhecido como lógica aristotélica, pautada na doutrina do silogismo (raciocínio dedutivo). Depois, o método dedutivo foi sendo desenvolvido por Descartes, Spinoza e Leibniz.
ESTRUTURA DO MÉTODO
Este método normalmente é usado para testar as hipóteses já existentes, para assim, provar teorias. Por isso, ele é também denominado de método hipotético-dedutivo.
Funciona a partir da condição de, se todas as premissas são verdadeiras, os termos são claros e as regras da lógica são seguidas, a conclusão é necessariamente verdadeira, o que equivale a dizer que tal conclusão permanecerá verdadeira sob todas as possíveis reinterpretações dos seus componentes, exceto se as constantes lógicas tenham qualquer situação que nos faça rejeitar sua verdade.
No método dedutivo, o pesquisador parte de princípios reconhecidos como verdadeiros, chamados de premissa maior, e estabelece relações com uma segunda proposição, chamada de premissa menor. Desta forma, a partir do raciocínio lógico, chega-se à verdade daquilo que se é proposto, a conclusão.
Exemplo:
- Todo mamífero tem um coração. (Premissa racionalmente verdadeira (maior))
- Ora, todos os cães são mamíferos. (Premissa menor (enuncia de modo explícito a informação já contida na premissa anterior))
- Logo, todos os cães têm um coração. (Conclusão derivada das premissas)
APLICAÇÃO
É um método muito utilizado nas pesquisas científicas e em diversas áreas, como Filosofia, Educação e Direito, por estar relacionado com as distintas formas de raciocinar.
MÉTODO DIALÉTICO
CONCEITO
A dialética, considerada arte do diálogo, (também pode ser utilizada em sentido pejorativo, como um uso exagerado de sutilezas) é uma forma de a investigação da realidade através da contraposição de elementos conflitantes, teses, hipóteses ou teorias, e a compreensão do papel desses elementos em um dado fenômeno. Ou seja, é uma forma de discurso entre indivíduos com diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto, mas que pretendem estabelecer a verdade através de argumentos fundamentados e não simplesmente vencer um debate ou persuadir o opositor.
ORIGEM
Tem origem na Grécia antiga, com filósofos clássicos, dada por Sócrates como encontro da verdade através da razão e lógica em uma discussão, semelhante a parir crianças, que dialética era “parir” ideias, penetrar em novos conhecimentos. Considerada também uma maneira de filosofar seu conceito foi debatido ao longo de décadas por diversos filósofos, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Hegel, Marx, e outros.
ESTRUTURA DO MÉTODO
No método o pesquisador deve confrontar qualquer conceito tomado como “verdade” com outras realidades e teorias para se obter uma nova conclusão, uma nova teoria. Assim, a dialética não analisa o objeto estático, mas contextualiza o objeto de estudo na dinâmica histórica, cultural e social.
A forma mais comum atualmente utilizada é a que foi apresentada por Johann Gottlieb Fichte, também adotada por Georg Wilhelm Friedrich Hegel, que consiste em abordar a questão a ser discutida na forma de tese e antítese, com objetivo de chegar-se a transcendência de ambas, na síntese, que seria uma terceira tese. Segundo estes autores, o objetivo da dialética não seria interpretar a realidade, mas refleti-la.
A dialética Fichteana/Hegeliana é baseada em quatro conceitos:
- Tudo existe em um tempo médio, ou seja, tudo é finito e transitório (ação recíproca).
As coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento, em transformação.
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