O Principe Maquiavel
Monografias: O Principe Maquiavel. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nine_g3 • 21/2/2014 • 1.059 Palavras (5 Páginas) • 687 Visualizações
O Príncipe de Maquiavel - aplicações, nos dias atuais, do conteúdo da obra.
A obra de Maquiavel denominada “O Príncipe” criou o conceito de que o objetivo de deve ser alcançado a qualquer preço e de que os fins justificam os meios. Realizando uma análise de sua obra podemos notar que muitos conceitos por ele descritos são observados e aplicados nos dias de hoje.
Sobre as qualidades do príncipe a que mais me chama a atenção é a questão de ser amado ou temido. De acordo com Maquiavel, como na maioria dos casos não é possível ter ambos ao mesmo tempo é melhor ser temido do que ser amado. No mundo corporativo, esta estratégia também é frequentemente adotada. Por melhor que o gestor seja, o ambiente corporativo é muito hostil e a competição entre as pessoas é fortemente incentivada e devido à natureza ambiciosa do homem, a sua posição pode continuar sendo ameaçada. Como muitos gestores que alcançaram essa posição não tem preparo para realizar uma boa gestão o caminho aparentemente mais simples é estabelecer o temor como autodefesa.
Quando o poder é o único objetivo do individuo realmente esta é a melhor estratégia. Muitos do que estão em posições estratégicas, enxergam o poder como único fim. Por este motivo muitas organizações sucumbem e não conseguem se manter sustentáveis ao longo dos anos, porque os que as governam momentaneamente querem apresentar resultados a qualquer custo, sem pensar no impacto de suas decisões a longo prazo, deixando consequências para o futuro que muitas vezes são irremediáveis.
Esses gestores que são cobrados a apresentar números, que muitas vezes não são avaliados por sua forma de atuação, precisam apresenta-los a qualquer custo e normalmente a maior das consequências notadas é a insatisfação das pessoas que estão subordinadas a eles, que muitas vezes são obrigadas a trabalhar sob pressão extrema causando muitas vezes a perda de talentos preciosos para a organização.
Porém quando um gestor é movido por outras razões que não o poder (que são raras exceções), pela satisfação de formar pessoas sabe que quando se tem a admiração e o amor de seus subordinados, os melhores resultados são extraídos da equipe, um ambiente altamente motivado, onde a colaboração é prezada ao invés da competição é o que garante a entrega de bons resultados e manutenção deste ambiente ao longo do tempo.
Maquiavel fala ainda sobre outra característica que é a fé. Diz que o príncipe deve ser semelhante a raposa e ao leão, a raposa pois conhece os laços e o leão pois se defende dos lobos. Sobre estas características o mesmo afirma que não é necessário realmente tê-las mas parecer que as tem. Em relação a palavra ele deve guarda-la para demonstrar confiança a seus subordinados, porém se ao fazer isso prejudicar os seus próprios interesses ele não deve mantê-la. Maquiavel assim diz por conta da natureza má dos homens. Sendo assim o mais importante para manter se no poder é dissimular, portanto ele deve parecer piedoso, confiável, integro, humano e religioso, já que poucas pessoas discernem quem realmente se é, basta-se apenas parecer ter tais qualidades. Utilizando-se destas qualidades assim o príncipe evitará ser odiado e desprezado, pois isto pode incentivar que seja engando ou traído.
No mundo corporativo esta estratégia é aplicável para a manutenção do poder pois em casos onde um gestor é odiado ou desprezado por sua equipe existem grandes chances de perder seu posto.
Outro ponto muito interessante exposto pelo autor é a distração do povo utilizando-se de festas e espetáculos como uma forma de evitar tornar-se odiado pelas maiorias e com isso desestimular iniciativas conspiratórias. Esta estratégia é muito utilizada atualmente principalmente na política, onde os governantes se utilizam destes artifícios para que o povo não note a falta de capacidade de administração pública, as deficiências de seu governo em questões
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