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O Que é Realidade

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Por:   •  23/2/2014  •  939 Palavras (4 Páginas)  •  390 Visualizações

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DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é realidade. São Paulo: Brasiliense, 2004. 10ª edição, 5ª reimpressão (1ª edição: 1984)

João Francisco Duarte Júnior é graduado em Psicologia pela PUC-Campinas (1975), possui mestrado em Psicologia Educacional (UNICAMP, 1981) e doutorado em Filosofia da Educação (UNICAMP, 2000). Professor do ensino superior desde 1976 possui várias outras atividades de importância, entre elas as publicações:

- Fundamentos Estéticos da Educação (Campinas, Papirus Ed.);

- O que é Beleza (São Paulo, Ed. Brasiliense);

- Itinerário de Uma Crise: A Modernidade (Curitiba, Ed. UFPR);

- O Sentido dos Sentidos: A educação (do) Sensível (Curitiba, Criar Edições).

O livro O que é Realidade, apresenta as diferentes percepções de realidade, com base nos muitos pontos de vista de pessoas, animais e etc, sobre um mesmo objeto de observação. Levando, assim, a uma análise mais a fundo sobre o que, em um primeiro momento parece óbvio para a grande maioria: O que é realidade? Nos seis capítulos, é mostrado tudo o que se deve saber sobre a realidade, de como o homem é o construtor dela, mas não se reconhece como tal e fica submetido a sua “obra” comparando isso ao romance de terror gótico Frankestein “Feito o monstro do dr. Frankenstein, a criatura volta-se contra o seu criador.” (p.13)

No primeiro capítulo o autor usa a gíria “Cai na real”, explicando o seu significado, que seria o de deixar as ilusões e voltar a ter os “pés no chão”. Partindo daí, fala sobre como rotineiramente utilizamos a palavra realidade, em vários momentos, mas não paramos de fato para pensar em seu significado e não fazemos isso porque parece evidente. Entretanto ao analisar mais profundamente percebe-se como é um tanto complexo, toma como exemplo um quadro pintado a óleo, que esta peça pode ter distintos significados se olhada por pessoas diferentes, adotando assim mais de uma realidade. Essa perspectiva aumenta ainda mais se tratando de fatos não concretos como, culturais e sociais.

No capítulo “No Princípio Era a Palavra” fazendo referência ao texto bíblico, mostra que por meio da linguagem surgiu o mundo e conseqüentemente o da realidade, faz essa citação para esclarecer que é pela palavra que se faz o mundo. A palavra é que designa tudo o que é existente, pois “só podemos pensar nas coisas através das palavras que as representam” (p.22), assim, as coisas passam a ser compreendidas a partir da interpretação que damos a elas.

“A Edificação da Realidade” acontece através da linguagem do dia-a-dia, é socialmente construída, os homens criam o conhecimento que é necessário e disseminam. Este conhecimento é tido como “não-problemático”, ali o saber é “mecânico” “no sentido de não serem necessários novos conhecimentos ou novas habilidades para resolver as pequenas questões surgidas” (p.30), como tudo é como se fosse automático, o problema seria facilmente solucionado. No entanto se um problema inesperado surge, é resolvido a partir do conhecimento já enraizado pelo cotidiano, adicionando essa nova realidade problemática à não-problemática.

No quarto capítulo, Duarte propõe a padronização de comportamento como um instrumento para manter a realidade, como uma forma de ter um controle social, para assim todos terem a mesma ideia de realidade. Uma segunda hipótese é o mecanismo de aniquilação, diferentes grupos com percepções de realidade distintas, estabelecem sua própria realidade com o objetivo de invalidar as idéias do “adversário”. Para a conservação da realidade pode-se observar a rotineira, voltando assim ao terceiro capítulo, uma realidade

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