O papel do positivismo
Seminário: O papel do positivismo. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: aldaale • 15/3/2014 • Seminário • 1.608 Palavras (7 Páginas) • 407 Visualizações
O papel do positivismo.
Uma grande importância na revolução Francesa e industrial foi o positivismo. Vários dos propagandistas republicanos eram positivistas. Toda a preparação teórica da implantação da república foi feita sobre o patrocínio do positivismo.
A influência da doutrina de Comte ficou marcada definitivamente na bandeira brasileira. Ordem e Progresso tem origem no positivismo. A fórmula sagrada do positivismo exposta por Comte em seu Catecismo Positivista(1852) afirma: “O amor por princípio, a Ordem por base, e o Progresso por fim”. Resumiu-se Amor, Ordem e Progresso.
Em 1876, Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos e Benjamin Constant fundam a primeira sociedade positivista do Brasil. Com suas ideias positivistas, tiveram grande influência no exército, divulgando os ideais republicanos.
Tempos depois, após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos projetam a nova bandeira com o desenho do artista plástico Décio Vilares, também positivista.
Aconteceram muitos protestos contra a nova bandeira apelidada de bandeira ¨marca cometa¨. A igreja católica protestava contra a inclusão do slogan dizendo ser uma ¨seita¨ religiosa em um símbolo nacional. Porém as tentativas de substitui-las esbarraram na resistências dos militares positivistas.
Comte estabeleceram as bases inicias do que seria uma ciência social. Outros filósofos ampliaram a metodologia da pesquisa social que estabeleceram regras metodológicas que são seguidas por aqueles que desejam se aprofundar nesses estudos. Um dos mais importantes foi o francês Émile Durkheim. Em 1895, com seu livro “Regras do Método Sociológico”, contribui para com a sociologia ao indicar como deveria ser a abordagem dos problemas sociais.
Utilizou também sua metodologia em outro estudo publicado em 1897, onde planejou o esquema de pesquisa sobre o suicídio, coletando os dados necessários sobre as pessoas que se suicidaram, desenvolvendo sua teoria sobre o suicídio.
Sendo assim, um dos aspectos mais polêmicos na época foi afirmar que os fatos sociais deveriam ser considerados como ¨coisas¨ no sentido de serem individualizados e observáveis.
Papel do Marxismo
O marxismo surgiu como uma crítica radical ao positivismo que se preocupava em preservar a sociedade capitalista. Foram Marx e Engels que desenvolveram o pensamento sociológico crítico da sociedade capitalista e elaboraram o pensamento mais significativo do marxismo.
Marx e Engels defendiam que o estudo da sociedade deveria partir da base material, ou seja, da estrutura econômica da sociedade que era a base da história humana. Defendiam a tese de que os níveis da sociedade: política, cultura, arte, religião apoiam-se nos fatos econômicos e que o conhecimento da realidade social deve se tornar em instrumento político para a transformação da sociedade.
Desta forma, criticavam o capitalismo por não contribuir para as mudanças radicais na sociedade, antes, defendiam a harmonia social. O contrário acontece com o pensamento marxista, que defende os conflitos já existentes na sociedade industrial para o desenvolvimento de sua teoria.
A importância da obra de Marx é evidente no texto de Ralf Dahrendorf. Vejamos:
“(...)A discussão nas ciências sócias tem estado, já por um tempo demasiado longo, dominado seja por tentativas de rejeitar por inteiro a doutrina de Marx, seja no sentido de sustenta-la sem qualificações. Implicitamente, se não explicitamente, essas tentativas ficam expostas a controvérsias infindáveis a respeito do ‘que Marx realmente quis dizer’. Não é difícil perceber por que isso aconteceu. Em primeiro lugar existem a atração ou a repulsa política, conforme seja o caso, pelo trabalho de Marx; há também a promessa profética de suas previsões; e, sobretudo, existe o que Schumpeter denominou a ‘síntese imponente’ da doutrina de Marx. Nossa época se revolta contra a necessidade inexorável da especialização e por isso anseia por uma síntese, mas que tudo nas ciências sociais, em que elemento não profissional é tão importante. Mas, acrescenta Schumpeter, com igual exatidão, neste ponto, o sistema de Marx ilustra bem o fato de que, embora a síntese possa significar uma nova luz, pode representar novos grilhões”. (...)
Ignorar Marx é não ser sábio. Nenhum físico ignora Einstein por não aprovar sua política ou aspectos teóricos. Aceitar Marx pode ser fidelidade, mas cientificamente é perigoso. Iniciamos a pesquisa examinando a teoria de Marx porque é a única em gênero. Ela foi contestada, mas não foi superada.
Principais nomes da Sociologia
Não poderemos incluir os nomes do considerados pioneiros ou fundadores da Sociologia. Mas citaremos alguns que marcaram a história dessa ciência. Contudo, citaremos alguns e apresentaremos suas contribuições.
Auguste Comte (1798-1857)
Filosofo e matemático, foi o fundador do Positivismo. Seus estudos iniciais ocorreram no Liceu de Montpellier. Logo após ingressa na Escola Politécnica de Paris, sendo expulso em 1816 por desavenças com o professor.
Em 1846 volta sua vida e obra para as questões religiosa, o que lhe faz deixar a carreira do magistério.
Seu pensamento teve grande influência nas teorias já existentes e eles provocaram mudanças significativas. Seu pensamento influenciou tanto como filósofo social como reformador social.
Principais obras: Curso de Filosofia Positiva (1830-1842); Discurso sobre o espírito positivo (1844); Sistema de política positiva (1851-1854); Síntese subjetiva (1856).
Morre em 5/07/1857.
Herbert Spencer (1820-1903)
Com as obras de Spencer a Sociologia surge como disciplina autônoma. Ele desenvolveu uma ciência global da sociedade.
Na Inglaterra de 1876, Spencer aplicou os Princípios da Sociologia. Desenvolve a teoria da “evolução social”, sendo aceita por um tempo. A teoria comparava a sociedade com o organismo humano.
Em 1860, desenvolve Filosofia Sintética. Neste trabalho Spencer aplica princípios do processo evolutivo para os campos de conhecimento. Spencer defendia a estruturação de toda produção científica, centralizada na ideia da evolução. Resumidamente, sua ideia seria se apresenta assim: “a evolução se processo do mais simples para o mais complexo, do mais homogêneo
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