Os Mitos da Caverna de Platão e Meta Física de Aristóteles
Por: Luiz Eduardo Pereira • 15/10/2018 • Trabalho acadêmico • 867 Palavras (4 Páginas) • 304 Visualizações
DISCIPLINA: História da Filosofia I
Dissertação sobre os mitos de Platão
Na imagem do sol, Platão em A República faz uma analogia em que o Sol representa o bem, de modo que o sol representa o sensível no que diz respeito a visão e visível, e o Bem está conectado ao inteligível e o intelecto. No momento em que a escuridão da noite chega, os olhos pouco ou nada veem, no entanto quando o olhar se volta para a luz do Sol, sua visão se torna clara, assumindo sua função apropriada.
O Sol é o que possibilita a visão no mundo concreto, de modo que torne as coisas visíveis para que exista a possibilidade de conhecer a si, ao mesmo tempo em que faz com que as coisas sejam possíveis. Nas ideias de Platão, o Sol é o Bem, mas o Bem está além do mundo visível, portanto não pode ter algo de concreto. Por fim, o Bem proporciona a verdade dos nossos conhecimentos, e nos proporciona ter a dimensão da nossa existência, e está além do próprio conhecimento ou ainda da existência.
Na Alegoria da Linha, Platão dividirá em duas partes tanto o mundo visível quanto o inteligível. Platão para deixar de uma forma mais clara, no diálogo com Gláucon diz que: “Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corte novamente cada um dos segmentos segundo a mesma proporção, o da espécie visível e o da inteligível.” (A República – VI 509e).
No momento em que Platão sugere a divisão da linha, ele não obrigatoriamente divide o mundo em duas partes (sensível e inteligível), contudo em um mundo somente, dividido de forma proporcional, analógica e geométrica, em locais e sob sustentáculo do Bem.
Platão pondera que o conhecimento do Ser e do Inteligível poderia ser alcançado por meio da dialética, pois a ciência nos induz até a hipótese, sabendo que os estudos veem através do pensamento e não pelos sentidos. Assim, partindo de hipóteses, não se pode obter a inteligência, tendo então o entendimento, que de acordo com ele, é desta maneira o intermédio entre opinião e inteligência.
No Mito da Caverna, Platão expõe sobre os prisioneiros que passam suas vidas presos a correntes em uma caverna onde não se faz nada a não ser olhar para uma parede que há no fundo da caverna e que nela há projeções de sombras da luz produzida por uma fogueira localizada mais adiante na caverna. Na parece, projetam-se sombras de estátuas, animais, plantas e objetos, exibindo cenas do cotidiano, diante disso, os prisioneiros atribuem nomes as sombras, promovendo análises e julgamentos para o que seus olhos podem ver.
Partindo da ideia de que um dos prisioneiros se libertasse de suas correntes para então explorar o interior da caverna e o mundo além dela, ao se deparar com a realidade, iria perceber que durante toda sua vida, estava julgando e analisando nada mais do que sombras projetadas de objetos. No momento em que o prisioneiro entra em contato com a realidade, ele ficaria encantado com os seres reais e a natureza que o cercava.
Após esse contato, o prisioneiro então volta para a caverna na intenção de repassar sua experiência que adquiriu para seus companheiros prisioneiros que não se libertaram ainda. No entanto, seus colegas ficariam incrédulos com os relatos e o prisioneiro que esteve fora seria ridicularizado, pois os outros prisioneiros apenas poderiam crer naquilo
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