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PODER DA TECNOLOGIA E IRRESPONSABILIDADE HUMANA

Por:   •  31/3/2021  •  Resenha  •  379 Palavras (2 Páginas)  •  163 Visualizações

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O PODER DA TECNOLOGIA E IRRESPONSABILIDADE HUMANA

        O poema Rosa de Hiroshima, escrito pelo poeta Vinícius de Moraes em 1946 foi baseado no trágico bombardeio atômico ocorrido no Japão durante o fim da 2ª Guerra Mundial em 1945 provocado pelos Estados Unidos. Little Boy e Fatman, nomes dados as bombas, revelaram as suas potências nucleares devastando as cidades de Hiroshima e Nagasaki. O acometimento causou a morte de centenas de milhares de vítimas e aos que sobreviveram restou apenas ruínas e os danos, físicos, emocionais, psicológicas e biológicos de grande escala.

        Apesar de muitos anos já decorridos, as marcas dessa ferida ainda pulsa na população e em suas gerações. Inúmeros inocentes nasceram enfermos, com cânceres, deficiências físicas, cegas e com doenças respiratórias. Também foram grandes os danos ambientais como a devastação da flora e fauna e a contaminação das águas e plantações através das chuvas ácidas, tudo isso consequências do bombardeio.

        O nome Rosa de Hiroshima dado ao poema faz referência a gigantes nuvem formada ao se explodida a bomba na cidade de Hiroshima, que remeteu a imagem de uma rosa se desabrochando, porém a rosa geralmente sinônimo de beleza e delicadeza nesse contexto vem como forma de protesto e de metáfora demonstrando o imenso, horrível e devastador confronto entre países durante  a guerra.

        Nesse sentido, fazendo uma amarração entre o fato citado no poema, o poder da tecnologia gerenciada sob a ganância e irresponsabilidade do homem, podemos referenciar o pensamento crítico da autora Hanna Arendt exposto no seu livro A Condição Humana. Por meio de seu olhar minucioso e já de futuro, Arendt chamou nossa atenção para o fato de que a humanidade aliado aos avanços científicos e tecnológicos, sem dúvidas, seria capaz de destruir toda a vida orgânica na Terra. E com a indagação " o que estamos fazendo? " questionou se pretendemos seguir com mal uso dos novos avanços técnico-científicos, fabricando o artificialismo, automatizando os trabalhos, alienando a sociedade, repleta de inovações e algoritmos. Embora o tempo diferente entre as épocas da publicação do livro e do poema um se torna complemento e comprovação do outro.

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