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Parmênides

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Por:   •  25/8/2014  •  Tese  •  1.076 Palavras (5 Páginas)  •  319 Visualizações

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Dos fragmentos de filósofo grego Parmênides, surge a primeira exposição de um princípio lógico a partir do qual deveria ser conduzido o nosso raciocínio. Esse princípio se chamou:J.C. Avelino da Silva*, Cássia R. da Silva, Djalma Ribeiro, Evaldo Lira, José Amorim de O. Júnior, Magda M. Borges, Marcelo Mendes e Virginea L. S. Scartezini**

Resumo: este artigo examina a poesia ‘Sobre a Natureza’ de Parmênides, filósofo pré-socrático que floresceu por volta de 500 a.C. Fazendo abstração das informações trazidas pelos sentidos, Parmênides construiu sua teoria sobre critérios exclusivamente lógicos que lhe permitiram afirmar que “só o ser é”. O artigo começa bem ancorado na poesia, explicando a via da verdade: o ser; e a via da opinião: as aparentes mutabilidade e multiplicidade das coisas. Em seguida, abordando as críticas de Nietzsche, o artigo revela o referencial filosófico que orienta o texto, já que Parmênides pode ser analisado partindo de diferentes perspectivas. O artigo continua colocando nosso pensador em contato com outros pré-socráticos, em que se privilegiam Anaximandro e Heráclito e entra na temática da oposição entre o ser e o vir-a-ser, finalizando com uma bela poesia sobre o ser.

Palavras-chave: Parmênides, ontologia, filosofia antiga.

Parmênides de Eléia (530 - 460 a.C.) 1 viveu do final do séc. VI ao começo do séc. V a.C. Legislador, deixou suas idéias filosóficas em poema, Sobre a Natureza, que seria o discurso de uma deusa. Sua poesia é dividida em três partes: proêmio, em que ele descreve a experiência de ascese e de revelação; primeira parte, a via da verdade; e segunda, a via da opinião.

Na introdução de seu poema (Os pré-socráticos, 1978, pp. 141-145), ou Proêmio, Parmênides indica-nos que seremos levados a uma viagem, a mesma que ele percorreu quando lhe foi revelada a verdade: “As éguas que me levam onde o coração pedisse”. Certamente o que seu coração pedia era que superasse aquela oposição entre o ser e o devir, presente em Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.). As idéias que iria expor eram tão novas e difíceis, tão distantes do mundo das aparências, ao qual estamos habituados, que ele renunciou à paternidade delas e conta que uma viagem à ‘morada’ da deusa deu-lhe oportunidade de conhecê-las. Assim fazendo, ele nos conduziu a “esta via (pois ela está fora da senda dos homens)”.

Pode-se notar que é a própria deusa que revela a verdade. Podemos inclusive dizer que ela é a representação da verdade que, assim, garante a certeza e a seriedade do pensamento originado da “fé verdadeira”: a razão. Embora esse poema pareça pertencer ao universo dos místicos, tal a forma poética com que ele se apresenta, a fala da deusa não tem nada a ver com a linguagem dos mistérios. Pelo contrário, é a razão que fala, oferecendo argumentos compreensíveis, simples e objetivos.

A deusa indica que há apenas dois caminhos: “os únicos caminhos de inquérito que são a pensar: o primeiro, que é e portanto que não é não ser, de Persuasão é caminho (pois a verdade acompanha); o outro, que não é e portanto que é preciso não ser” (Os pré-socráticos, 1978).

Na ‘primeira via’, o homem se deixa conduzir apenas pela razão: “o que é é, e não pode deixar de ser”. Nessa primeira via, ele afirma – e é o primeiro em toda a história da humanidade – o princípio lógico-ontológico da identidade. Este princípio pode assumir a formulação:

“O ser é, o não-ser não é.”

Só por meio da razão é possível desvelar a verdade e a certeza. Isso quer dizer que a razão é instrumento fundamental e único com o qual o homem pode deixar-se conduzir à dupla evidência:

“O que é é”, e “O que é não pode deixar de ser.”

Nessa segunda formulação, o princípio evidenciado é o da imutabilidade: se ele não pode deixar de ser, ele não pode assumir nenhum vir-a-ser. O ser é

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