Razão
Trabalho Escolar: Razão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: VidaFAKE13 • 12/3/2015 • 316 Palavras (2 Páginas) • 192 Visualizações
Confundimos, por outro lado, pensamento original com pensamento
novidadeiro. E preciso insistir: ser novo é um acidente do
original. Original é o que lida com as origens, não o último no tempo.
Eis por que o rótulo de "ultrapassado" é puro equívoco. Faltando-nos
originalidade verdadeira, agarramo-nos à novidade na
ilusão de que nela se encontre a verdade. Mas não é nada disso.
O que constrói uma verdade é sua perspectiva. O dito por último
pode ser perfeitamente repetitivo. Este equívoco assume entre-nós
um caráter particularmente grave. A uma estrutura mental e social
fechada e conservadora, superpomos uma ornamentalidade
de novidadeiros, como se a verdade fosse, num leilão, algo a ser
arrebatado por quem desse o último lance.
s que são apenas
produtos de exportação, sem valor e significado na opinião literá-
ria dos seus próprios países, sem nada que corresponda ao tratamento
de autores incomuns ou singulares que recebem nos países
de tolo colonialismo, vivendo de 'transplantes literários' e 'enxertias
culturais'... Com efeito, não há autorzinho estrangeiro de segunda
ordem com algum sucesso, não há movimentozinho de SaintGermain-des-Prés
ou do Boulevard Saint-Michel, não há pequeno
ensaio de crítico inglês ou insignificante exercício para estudantes
de qualquer crítico universitário norte-americano -, não há nada,
de tudo isso, que deixe de receber aqui amplo noticiário, em
nossas revistas e jornais, enquanto tantos trabalhos de autores nacionais,
às vezes de valor equivalente ou mesmo de melhor categoria,
ficam na sombra, sem publicidade e sem repercussão".
Comentando. Primeiro: a posição de colonizado não se esgota
em mera dependência econômica, generalizando-se para todas
as áreas; e o brasileiro é o colonizado por excelência, aquele que
vive fazendo o europeu como o personagem de Machado fazia o
Alferes.
Segundo: ser culto, no Brasil, é avolumar erudição sobre um
outro, o não-brasileiro. Julgamos apenas exótico, ou até de mau
gosto, quem se dedique a coisas nossas - mas julgamos de alta erudição
saber alemão ou latim. Temos uma visão tipicamente arrivista
da
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