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Resenha Crítica Do Filme Alexandria

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Por:   •  2/5/2014  •  819 Palavras (4 Páginas)  •  4.796 Visualizações

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB

DFCH - PSICOLOGIA

Discente: Diêgo Barbosa de Almeida

Docente: Jana Maruska

ALEXANDRIA. Direção: Alejandro Amenábar. Intérpretes: Rachel Weisz; Max Minghella; Oscar Isaac; Rupert Evans; Ashraf Barhom; Sami Samir e outros. Roteiro: Mateo Gil e Alejandro Amenábar. Espanha, 2009. 1 DVD.

Alexandria é um filme espanhol dirigido por Alejandro Amenábar que relata a história da filósofa e professora Hipátia (Rachel Weisz), no fim do século IV d.C no Egito, em meio aos conflitos religiosos da época. Nele várias discussões são abordadas, tanto de ordem filosófica e científica, quanto de ordem religiosa.

No primeiro momento destacam-se os enfrentamentos entre os seguidores cristãos e os chamados pagãos (Greco-romanos). Com o Edito de Milão, o direito das religiões protestarem fez com que politeístas e monoteístas lutassem entre si.

Hipátia em uma de suas aulas presencia as opiniões, em tom de disputa, entre seus discípulos Orestes (Oscar Isaac), que era pagão, e o cristão Sinésio (Rupert Evans) e lhes interrompe citando o 1º Teorema de Euclides: “Se duas coisas são iguais a uma terceira, as três são iguais entre si”. Embora sendo uma filósofa de grande sabedoria e conhecimento, coisa que a sociedade machista da época não via com bons olhos, podemos perceber atitudes de menosprezo em relação aos seus próprios escravos. Essa realidade é vista quando ensinando sobre intolerância ela diz serem as lutas e guerras “coisas de escravos e canalhas”.

A tensão aumenta quando Ammonius (Ashraf Barhom) desafiando um grego pagão, o joga dentro do braseiro para provar o poder do Deus Cristão. Em resposta, os pagãos atacam os cristãos à espada causando inúmeras mortes. Nesse momento os escravos deveriam atacar os cristãos, mas alguns deles aproveitam a oportunidade para se declararem cristãos e atacarem seus senhores, fato que ocorre com Théon (Michael Lonsdale), pai de Hipátia, que não resiste aos ferimentos causados por um de seus escravos e morre após o contra-ataque dos cristãos que invadem e destroem a Biblioteca de Alexandria (a maior biblioteca do mundo). Depois disso o imperador Theodósio, buscando amenizar o conflito, perdoa os pagãos e oficializa o cristianismo.

Num segundo momento do filme acompanhamos a “troca” de liderança do cristianismo, simbolizado pelo anel do líder morto que agora é posse do novo representante, Cirilo (Sami Samir), e a grande quantidade de pagãos que começam a se passar por cristãos, inclusive na busca pelo poder, como foi o exemplo de Orestes, ex-aluno de Hipátia que se torna prefeito de Alexandria. Como prefeito, no entanto, não tomava decisões sem antes se consultar com sua “amada professora”.

Em meio a todos esses acontecimentos destaca-se também a transformação da figura do então escravo submisso da filósofa, Davus (Max Minghella), que se descobre apaixonado por sua senhora e simpatizante de alguns valores do cristianismo, como piedade e solidariedade, e durante o ataque à biblioteca deixa sua senhora e se mistura com os cristãos. Em seguida retorna à casa dos seus senhores na tentativa de satisfazer seus desejos em relação à Hipátia, violentando-a, mas se arrepende antes

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